Capítulo 3

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O dia estava nublado no Beco Diagonal

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O dia estava nublado no Beco Diagonal. Os prédios faziam pouco para impedir o vento que sacudia a capa de Draco e açoitava seu rosto. As nuvens escuras ameaçavam chuva, e a enxurrada de neve suja e lamacenta que havia caído no dia anterior estava empilhada de cada lado da estrada. As botas de Draco deslizavam nas pedras congeladas sob seus pés.

O Beco Diagonal era agora um mero esqueleto do que havia sido antes da Guerra. Prédios abandonados e pilhas de destroços alinhavam-se nas ruas de pedra, suas janelas quebradas encarando a alma de Draco como olhos vazios. Elas espelhavam os olhos dos bruxos e bruxas que passavam, os olhos que ele manteve cuidadosamente afastados de si, os olhos que pareciam sussurrar acusações em seu ouvido. Elas ressoavam dentro de sua cabeça a cada passo: Comensal da Morte. Comensal da Morte. Você é responsável por isso.

Draco tentou enxotar as vozes. Ele já se acostumara com elas nesta altura.

Ele caminhou pelas ruas quase vazias, passou pelos rostos magros e cansados ​​dos bruxos e bruxas que varriam os escombros e reconstruíam o outrora grande Beco Diagonal. Draco manteve a cabeça baixa.

Cartazes do indesejável ​​nº1 foram colados nas paredes do Beco. Draco conhecia o rosto que piscou para ele quase tão bem quanto o seu próprio: cabelo escuro bagunçado, olhos verdes como as árvores da floresta proibida, óculos redondos - e uma cicatriz em forma de raio. Um rosto que ele odiava profundamente, mas ainda assim Draco não conseguiu desviar o olhar.

Sacudindo-se, Draco estendeu a mão e arrancou o pôster mais próximo da parede, amassando-o em sua mão antes de jogá-lo nas pedras úmidas.

Draco não tinha a menor ideia de onde encontrar a Ordem da Fênix. Esse era o problema de enviar um lobisomem de dezesseis anos sozinho para rastrear alguns dos oponentes mais poderosos de Voldemort - ele era profundamente, vergonhosamente subqualificado. Mas, felizmente para Draco, alguns membros da Ordem eram menos honrados do que outros, e acabou que Severus Snape soube exatamente onde encontrar um dedo duro.

Foi assim que Draco acabou vagando pelo esqueleto do Beco Diagonal em sua melhor capa, lançando olhares nervosos por cima do ombro enquanto segurava algo no bolso do casaco.

Se você quiser pegar um rato, primeiro você deve montar a ratoeira.

— Com licença, senhor, acho que você deixou cair algo!

Draco se virou. O homem parado à sua frente era baixo e sujo, com uma barba desgrenhada que aderia a seu queixo frouxo. Seu cabelo ruivo estava coberto com tanta gordura que parecia molhado ao toque, e seu nariz avermelhado e marcado pela acne era grande demais para o resto de seu rosto.

Ele certamente combinava com a descrição que Snape havia lhe dado. Draco franziu o nariz.

— O que deixei cair? — Draco perguntou, endireitando os ombros e erguendo o queixo.

blood moon risingWhere stories live. Discover now