1- O baú púrpura

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No entardecer da tarde sentado em uma cadeira de balanço juntamente com seu velho cachimbo, um senhor de meia idade com cabelos brancos olhar fundo e uma barba longa, fitava o horizonte imaginado mais um dia sem suas crianças.

O pensamento voava para longe, o olhar azul se tornou escuro e sem vida ao notar pequenas nuvens cinzas indicando uma bela chuva que naquela noite se tornaria uma tempestade avassaladora.

O velho homen se inclinou dando a última tragada em seu cachimbo marron desgastado pelo tempo vivido. Observou o vento cheio de segredos naquelas terras distantes com belas árvores dançando em um sintonia perfeita antes de se levantar e ir para dentro de sua antiga casa.

Era um lar feito com madeiras resistentes e fortes feita para aguentar uma vida longa, assim pensando que duraria para sempre.

Vinetta o aguardava sentada em seu velho sofá feito a tábuas que outrora era lustrosa e vinil para um a admirar perfeito em frente a janela.

A cadela ao vê-lo balançou o rabo e como se já soubesse preparou-se para mais uma de suas histórias antes do escurecer da a noite belas estrelas que naquela noite não seriam vistas.

O senhor sentou-se junto a Vinetta que já estava enrolada em sua coberta cor verde escuro pronta para uma bela história antiga. Ao encostar as contas em um amontoado de lençóis e embrulhar-se com os os mesmo posse a narrar uma bela e triste história de seu tempo passado.

Em algum lugar no porão duas pessoas conversavam entre si.

—Hora, papai contará nossa história outra vez. Aquela cadela já está roncando e ele nem se da conta da mesma babando em sua calça nova, agora cheia de baba e remendos.—Suspirou a moça com uma pontada forte em seu peito viajando na narrativa do velho senhor que antes fora risonho e límpido.

Com isso ouviu-se uma voz abafada e puxada contando a história de sua falecida mãe.

—Eu tinha uns 20 anos quando em um passeio a Mirabela do norte, em Priames na Itália conheci uma jovem moça por nome Nally. Estava caminhando apressadamente pois iria perder o barco para São Nicolaus no qual estava indo em consonância para um departamento da guarda real italiana.

Naquela época as flores estavam caindo em decorrência do inverso que já se aproximava feroz mente, dando um ar gélido e opaco para as flores marrons caídas no chão de terra da pequena cidade de Priames.

Respirando pesadamente, uma lágrima rolou seguida por outra lembrando do dia mais lindo e nítido em sua vida.

Fungando encarou o céu agora fechado por nuvens cinzas e trovões ferrozes, levantou-se dirigindo-se a janelas abertas pondo-se a fechar as mesmas pois seria uma noite chuvosa e turbulenta.

Votou se a Vinetta mas a mesma estava em um sono profundo com a boca aberta roncava profundamente sobre o velho sofá.

Respirou fundo fechou os olhos e desejou que sua velha senhora estivesse com ele como nos tempos passados. Com suas duas filhas cheias de vidas e risonhas, mas o que restava era só Vinetta que já estava quase indo-se por conta da velhice precose da mesma.

Arrastando os pés cheios enrugados por se a ir beber água pós a muito sua garganta estava seca e não percebeu tal ato que certamente levaria uma bronca por parte da esposa.

Olhando em volta viu a mesa quadrada e sem vida encostou-se na parede e observou-a voltando a exata 15 anos atrás quando Elisa e Anny eram ainda vivas.

Com um sorriso viu se com a barba feita e um sorriso maroto no canto dos lábios bebendo uma chicara de café poué feita por sua esposa que agora estava retirando os pães da redoma em cima do fogão a lenha e colocando na mesa para deliciarem de um café da manhã explendido.

Elisa desceu correndo como de costume. No auge de seus 14 anos era a mais energética das duas. Anny um ano a mais que Lisa desceu assobiando e com um olhar distante como sempre.

As duas jovens eram únicas.
Uma puxará a mãe e a outra mim . Elisa com seus cabelos cacheados e olhos verdes esmeraldas se parecia mais comigo uma versão feminina do menino que outrora fui. Já Anny saiu com sua mãe, reservada olhos azuis esmeralda quieta e delicada uma versão mini de minha esposa que naquele momento sorriu um belo sorriso que se foi....

Um estrondo forte e uma rajada de chuva foram ouvidas. Trazendo de volta a realidade do velho senhor Ananias.

Subiu as escadas e com uma forte sensação no peito dirigiu-se ao quarto das meninas no pequeno lado oeste da casa.

Como forma de se acalmar foi aos poucos abrindo a porta antes brilhante agora enferrujada recordando das mesmas fazendo bagunça em cima da cama.

Um sorriso escapou e se alinhou na cama de casal das moças. Olhou em volta e permitiu-se lembrar dos raios de sol que entravam na pequena janela do porão em que costumavam chamar.

Lembranças viam a tona e recordou-se de um dia em especial.

Era época de natal as meninas estavam vibrantes com o assunto de bailes, presentes, comida, música e uma enorme árvore de natal.

Elisa era a mais energética correndo em torna da cama se agachou e pegou um pequeno baú púrpura onde costumava guarda seus pertences mais preciosos junto de Anny.

Anny por sua vez, estava na pequena mesinha ao lado da cama escrevendo em seu pequeno diário verde escuro que demos a elas em um natal passado.

Com essa recordação abriu os olhos e olhou em volta procurando o pequeno baú com os pertences das meninas. Sabia que as mesmas não gostavam que pegassem em suas coisas. Mas seu coração doia de tanta saudade.

Levantando-se por a procurar pelo mesmo olhou em volta e recordou-se que poderia se encontrar de baixo da cama.

Levantou os lençóis e viu o pequeno baú agora empoeirado e esquecido.

O Diário Elisa and AnnyWhere stories live. Discover now