Hj o inferno lota
1987
Los Angeles
Victoria Alysson
Nem acredito que realmente vou sair com um cara. Geralmente minha vida amorosa eh bem balanceada, então eu não saio muito, a não ser que eu tente algo. Mas Izzy deixava bem claro que era só uma saída.
Ouço a buzina do seu carro e corro pra fora, vendo uma caminhonete em bom estado. Me surpreendo, Izzy não tinha cara de ser um mimadinho.
- Você está linda. - ele sorri, beijando minha mão e abrindo a porta pra mim.
AAAAAAAH.
- Obrigada... - digo e entro, completamente sem jeito.
- Não me pergunte de quem é esse carro, porque nem eu sei. - ele diz.
- Eu pensei que era seu. - digo.
- É do Duff. Quer dizer... bom, ele diz que é dele, né. - Izzy diz e eu não evito rir.
- Bom, ele é esperto. Roubar uma caminhonete não deve ser algum feito fácil. - digo.
- Você usa muitas palavras difíceis. - ele diz.
- É, talvez.
Izzy era um cara legal. Fomos o caminho inteiro conversando sobre música e sinceramente, ele tinha um estilo musical muito apurado. Ao chegar no restaurante, ele abre a porta pra mim.
- Obrigada. - agradeço, sorrindo.
Izzy beija a minha mão novamente.
- Você é romântico com todas? - pergunto.
- Exclusivo pra você. - ele brinca e toma uma expressão séria. - Vamos.
Ele tranca o carro e entramos no restaurante. Era um lugar chique. Chique pra mim e pro Izzy também. Ele estava como sempre, vestido de preto e com sua boina.
Nos sentamos e o garçom aparece.
- O que vão querer? - ele pergunta.
- Tem frango aí? - pergunto vendo o cardápio.
- Empanado? - Izzy acrescenta outra pergunta.
- Sim. - o garçom responde.
- Então pode ser um. Com refrigerante. - digo.
●●●
- Sério que todas te confundiam com o cara de outra banda? - pergunto rindo.
- Sim. - Izzy responde e começo a rir, o que fez ele torcer o nariz, mas logo ri também.
- Meu Deus, eu nunca me diverti tanto. - digo.
- Acho que já está na hora de ir embora. - ele diz.
Éramos os únicos no restaurante.
- Concordo. - digo.
Por um segundo acho ter visto um cabelo preto e um sobretudo, mas logo desaparece. Abano a cabeça, afinal, era só meu pai me espionando mais uma vez. Ou não.
Fomos pra fora do restaurante ainda rindo e entramos no carro.
- Bom, c'mon. - Izzy dá partida.
Intensamente olho pra trás e percebo um carro nos... nos perseguindo?
- Qual é, pai, o senhor já espionou todo o meu encontro! - grito com a cabeça pra fora da janela.
- O que? - Izzy continua dirigindo.
- Meu pai, ele é um idiota. - digo.
- Ah... seu pai costuma querer bater no carro em que você está? - Izzy pergunta e percebo o carro do meu pai a nos atingir.
- PAI, O QUE PORRA É QUE O SENHOR TÁ FAZENDO!? - pergunto gritando e ele bate mais uma vez no nosso carro. Ok, não era o meu pai.
- Adeus, Alysson. - aquele rosto. Aquela voz. É tudo que ouço antes de uma batida forte me fazer perder a consciência.
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My Sweet Rocket Queen
FanfictionUma das guitarristas mais aclamadas do mundo em plenos anos 80/90 se envolve com o rockeiro trevoso ruivo, mal sabe o que a aguarda.