14 - Acidente

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Hj o inferno lota

1987

Los Angeles

Victoria Alysson

Nem acredito que realmente vou sair com um cara. Geralmente minha vida amorosa eh bem balanceada, então eu não saio muito, a não ser que eu tente algo. Mas Izzy deixava bem claro que era só uma saída.

Ouço a buzina do seu carro e corro pra fora, vendo uma caminhonete em bom estado. Me surpreendo, Izzy não tinha cara de ser um mimadinho.

- Você está linda. - ele sorri, beijando minha mão e abrindo a porta pra mim.

AAAAAAAH.

- Obrigada... - digo e entro, completamente sem jeito.

- Não me pergunte de quem é esse carro, porque nem eu sei. - ele diz.

- Eu pensei que era seu. - digo.

- É do Duff. Quer dizer... bom, ele diz que é dele, né. - Izzy diz e eu não evito rir.

- Bom, ele é esperto. Roubar uma caminhonete não deve ser algum feito fácil. - digo.

- Você usa muitas palavras difíceis. - ele diz.

- É, talvez.

Izzy era um cara legal. Fomos o caminho inteiro conversando sobre música e sinceramente, ele tinha um estilo musical muito apurado. Ao chegar no restaurante, ele abre a porta pra mim.

- Obrigada. - agradeço, sorrindo.

Izzy beija a minha mão novamente.

- Você é romântico com todas? - pergunto.

- Exclusivo pra você. - ele brinca e toma uma expressão séria. - Vamos.

Ele tranca o carro e entramos no restaurante. Era um lugar chique. Chique pra mim e pro Izzy também. Ele estava como sempre, vestido de preto e com sua boina.

Nos sentamos e o garçom aparece.

- O que vão querer? - ele pergunta.

- Tem frango aí? - pergunto vendo o cardápio.

- Empanado? - Izzy acrescenta outra pergunta.

- Sim. - o garçom responde.

- Então pode ser um. Com refrigerante. - digo.

●●●

- Sério que todas te confundiam com o cara de outra banda? - pergunto rindo.

- Sim. - Izzy responde e começo a rir, o que fez ele torcer o nariz, mas logo ri também.

- Meu Deus, eu nunca me diverti tanto. - digo.

- Acho que já está na hora de ir embora. - ele diz.

Éramos os únicos no restaurante.

- Concordo. - digo.

Por um segundo acho ter visto um cabelo preto e um sobretudo, mas logo desaparece. Abano a cabeça, afinal, era só meu pai me espionando mais uma vez. Ou não.

Fomos pra fora do restaurante ainda rindo e entramos no carro.

- Bom, c'mon. - Izzy dá partida.

Intensamente olho pra trás e percebo um carro nos... nos perseguindo?

- Qual é, pai, o senhor já espionou todo o meu encontro! - grito com a cabeça pra fora da janela.

- O que? - Izzy continua dirigindo.

- Meu pai, ele é um idiota. - digo.

- Ah... seu pai costuma querer bater no carro em que você está? - Izzy pergunta e percebo o carro do meu pai a nos atingir.

- PAI, O QUE PORRA É QUE O SENHOR TÁ FAZENDO!? - pergunto gritando e ele bate mais uma vez no nosso carro. Ok, não era o meu pai.

- Adeus, Alysson. - aquele rosto. Aquela voz. É tudo que ouço antes de uma batida forte me fazer perder a consciência.

My Sweet Rocket QueenOnde histórias criam vida. Descubra agora