32. Por enquanto

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Uma calça folgada e uma blusa vermelha é o que eu vou usar para sair com o Tyler.

Eu não sei para onde ele vai me levar e esse look dá para ir em quase todos os lugares. Tomara que não seja um casamento ou aniversário de alguém.

Estava pensando, essa saída pode se  considerar um encontro? Posso estar muito precipitada, mas Tyler não convidaria uma mulher se não estivesse com outros planos. Mas eu posso estar viajando nesse pensamento.

Pelos boatos que ouço e leio dele, Tyler é um homem sem compromissos. Não se envolve com qualquer mulher, e pior, não pensa em casar e ter uma família. Ele quer farra, festa, bebedeira... Coisas que eu não quero pra mim.

As vezes penso em me afastar de Tyler, afinal, quando ele falar na minha cara que isso tudo não passa de uma diversão, vai doer. Por que eu descobri que estou apaixonada por ele. Apaixonada por seu sorriso. Seu olhar. A forma como ele consegue me entender.

O seu beijo.

Por mais que eu tenha beijado ele só uma vez, foi incrível. O jeito que ele me apresentou o céu em poucos segundos, foi diferente.

Ouço batidas na porta, olho rapidamente para o relógio e caramba! Já se passaram mais de meia hora.

Já estava pronta, enquanto pensava em bilhões de assuntos eu me vestia.

– Pronta?

Tyler pergunta para mim assim que abro a porta. Sorrio para ele, e giro devagar para lhe mostrar o meu look.

– Eu sei, estou extremamente... – Paro de falar ao ver ele sorrir. E então ele completa:

– Linda.

Abaixo a cabeça sentindo minhas bochechas queimarem. Cristo, fico sem jeito perto dele e ainda faz questão de me elogiar.

– Nem começa a mentir agora, Tyler. – Faço graça. – Você nunca foi disso.

– Exatamente. Nunca fui disso, por que mentiria agora, e ainda mais pra você?

Sorri, enquanto ele me olhava de cima a baixo.

– Tá bem, vai me dizer agora para onde vamos? – Fui para o meu quarto pegar a bolsa, que tinha todos os meus documentos caso precisasse.

– Já disse que é surpresa. – Revirei os olhos. Virei para voltar mas tombei no Tyler, ele estava bem atrás de mim. Acabei caindo na cama por ter me desequilibrado. – É tão fraca assim para cair apenas por encostar no meu peito?

– Vai se ferrar, Tyler.

Levanto e saio do apartamento, Tyler vem logo atrás de mim.

– O que você acha que vamos fazer? – Tyler fala de repente assim que entramos no elevador, me fazendo pensar.

– Parque? – Pergunto, o olhei para confirmar mas ele apenas negou.

– Muito clichê, e hoje está lotado. Não gosto muito de lugares cheios.

– Então, vamos pra sua casa?

– O que iríamos fazer lá? – Tyler me responde com outra pergunta, parecendo curioso e com um sorriso malicioso no rosto.

– Ridículo. – Dou uma cotovelada nele que começa a rir. – Eu não faço ideia, dá uma pista.

– É o meu lugar favorito.

– Assim não vale, não sei do que você gosta. – Tyler dá de ombros me puxando para entrar em seu carro.

– Eu não posso fazer nada.

Estava indo para abrir a porta do carro para mim, mas Tyler toma a minha frente abrindo-a para mim. Me surpreendendo.

– Pensei que em você não havia um lado cavalheiro. – Bati palmas para ele quando entrou no carro.

– Tem muitos lados em mim que você não conhece... Baby.

Tyler deu partida e saímos da garagem. Um silêncio gostosinho havia se instalado dentro do carro, e nem eu e nem ele tinha coragem de quebrar isso. Por que sabíamos que não precisava de nada para preencher aquele lugar.

– Aahh, Tyler. – Sorri animada ao lembrar da melhor notícia que recebi hoje. – Recebi uma ligação do hospital.

– Aconteceu alguma coisa com o seu pai? – Tyler falou rapidamente com um pouco de desespero na sua voz.

– Está realmente preocupado?

– Claro. Por que não estaria? – Ele perguntou confuso ao me ouvir.

– Por que não é nada seu.

– Por enquanto. – Tyler jogou a frase no ar, me deixando tensa.

A viagem continuou e eu coloquei o rádio para tocar, por que agora sim o silêncio estava agonizante. Tyler cantarolava agora uma música que passava. Ele parecia tranquilo.

– Que cara é essa?

Tyler quebra todo o silêncio, e aquela pergunta me fez perguntar para mim mesma se eu estava sendo uma péssima companhia para ele.

– Estou curiosa e ansiosa, só isso. – Sorri para ele quando se virou rapidamente para me ver.

– Falando em ansiedade. Teve mais alguma crise? – Ele se virou para a estrada, suas mãos apertaram o volante com força e seu maxilar estava trincado.

– Não. – Respondi, com tom leve para lhe acalmar. – Creio que não terei mais nada.

– Mas você já sabe, eu disse que... – Resolvo interromper ele e completar a sua frase.

– Estará sempre comigo. Eu sei Tyler, e te agradeço por isso.

Ele leva a sua mão a minha cruzando nossos dedos. O seu polegar faz carinho na palma da minha mão. Tyler leva nossas mãos a sua boca, assim depositando um leve beijo. Sorrio com o seu ato.

Tyler não sabe, mas eu acabei de me apaixonar um pouco mais por ele.

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