Floresta proibida

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Roxanne respirou fundo e fechou o livro com um baque. Sentou no nicho e conjurou outro, fazendo o anterior desaparecer.

— Alguém confere se você realmente está aqui? – Sirius perguntou. – Oi, Rô.

— Não monitoram os monitores-chefe – Roxanne respondeu, olhando-o e o puxando para um selinho. – Oi.

Ele sentou ao lado dela.

— Então você pode sair daqui, não é?

— Posso, mas não vou.

— Por que não?

— Por que faria?

— Porque tem lugares mais particulares onde ninguém aparece para interromper.

— Você não tem autocontrole, é bom que interrompam.

Ele sorriu malicioso e apoiou o rosto no ombro dela.

— E você não consegue me parar sozinha? – Perguntou calmamente, vendo o rosto dela corar e ela revirar os olhos.

— Eu não devia precisar. – Replicou se afastando e se virando para ele. – Você sabe os limites.

— Não costumo fingir que não quero o que quero como você, Roxy. – Ele respondeu, se inclinando e selando os lábios no dela sem muita pressão, seu corpo esquentando no segundo em que ela se aproximou dele também.

Sua pele formigou quando ela segurou sua nuca, obrigando-o a repetir o mantra. Calma. Ele a beijaria assim. Com calma. Roxanne apoiou os braços em seus ombros e se inclinou mais. Com toda a calma, mesmo que estivesse conseguindo ouvir seu coração disparado...

Com calma, mesmo que ela estivesse se pressionando mais contra ele e sua mão estivesse um pouco abaixo da cintura dela.

— Você está dificultando, Roxanne – Ele arquejou, quase perdendo o mantra quando ela riu.

— Eu sei – Respondeu a sonserina, um pouco desnorteada. – Então quer que eu pare?

— Não – Mas aquilo realmente era tortura. Ele segurou a cintura dela ainda com calma. – Pode fazer...

As palavras morreram quando Roxanne avançou em Sirius e sentou em seu colo, beijando-o novamente e fazendo o corpo dele entrar em combustão. Soltou a blusa da saia devagar, atacando o pescoço exposto dela e ouvindo a respiração baixa e descompassada que ela tentava controlar.

— Não – Ela o impediu de desabotoar sua blusa, com o rosto mais vermelho e assustado do que jamais estivera. Continuou, arfando: – Chega... Vamos parar por aqui... E-eu... – Ela se afastou depressa, quase saltando do nicho. – Não deu muito certo.

Ela talvez tivesse exagerado um pouquinho ao provocá-lo.

— Merlin, Rô... – Ele replicou se inclinando sobre o próprio corpo, respirando o mais fundo que podia e tentando controlar algumas coisas que não podia. Como os pensamentos. Esperava que ela não os lesse. Por Deus, que ela não os lesse.

— Entendeu porque eu não quis sair então?

Ele riu ainda sem ar e com o corpo quente.

— Não teria me parado se fosse um lugar mais reservado?

— O que importa é que aqui não é. – Ela devolveu, sabendo que em um caso não pararia mesmo tendo a marca. – Acho melhor você ir dormir.

— Não... – Ele dispensou, se ajeitando no nicho e sorrindo para ela, tentando olhá-la nos olhos. – Eu definitivamente não vou conseguir dormir.

Sirius Black e Roxanne MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora