Blank Space [Tom Hiddleston × You]

Limonada?

Eu achava que não poderia ficar pior, mas depois da chuva sempre vem a tempestade.

Senhor Hiddleston amanheceu irritado por simplesmente existir. Não sei como alguém poderia odiar tanto tudo e a si mesmo como ele. Eu preparei o café da manhã dele, tudo bem saudável para ele ter energia o suficiente para o seu treino. No fundo da casa tinha uma academia, onde ele ficava cerca de uma hora treinando. E nesse período ninguém, eu disse ninguém, nobody, pode ir incomoda-lo. Senhor Hiddleston necessita de um físico em forma para poder tirar fotos sensuais apenas para se exibir e aumentar sua conta bancária.

Nesse período de tempo, eu iria preparar o banheiro, dele. Senhor Hiddleston odeia chuveiros, por isso a sua casa não possui nenhum a não ser aqueles que ficam presos na banheira. Ele odeia barulho, odeia atrasos, odeia não receber atenção, odeia bichos na casa, odeia risadas altas, odeia suor, odeia água fria, odeia ser incomodado, odeia sair de casa, odeia crianças, odeia calor, odeia frio, odeia ser desafiado e principalmente odeia sujeira. De qualquer tipo. Odeia também outras série de coisas, mas eu não irei citar por que seria uma lista infinita. Desde farelos, pó, pratos sujos, sujeira na roupa, ou em qualquer coisa. Descobri depois do episódio da camisa manchada de batom. Ele só tinha usado apenas uma vez, uma camisa tão cara e perfeita qualidade. Passei a juntas as roupas para a caridade, jamais iria jogar fora uma coisa tão boa.

Assim que ele saiu do treino foi correndo até o banheiro e tirou todo o suor do corpo. Deixei ele sozinho, não queria ter que ficar esperando ele ali. Ele é tão do contra sair de casa, que ele paga massagistas profissionais para virem até a sua casa cuidarem do seu corpo. Assim que saiu do banheiro, apenas vestiu uma sunga e foi diretamente.

"Prepara um lanche para mim. Com frutas". – é a única coisa que ele diz a mim.

Preparei uma salada de frutas, é leve e fácil. Coloquei na geladeira para ficar bem gelado, e refrescar ainda mais seu corpo. Sentei-me na cadeira e observei ele ser tocado por mãos profissionais. Vi tantos óleos serem passados em seu corpo, que ele poderia ser assado como um frango temperado. Massagens nos pés, no rosto, no corpo, braços e pernas e até mesmo no bumbum. Sempre achei o bumbum dele uma graça, deve ser por isso.

Assim que a sessão massagem acabou ele se dirigiu até mim ainda de sunga. Eu o desejava tanto que as vezes eu chegava a babar. Ele é de fato o cara mais gato que eu já conheci.

"Onde está o meu lanche?" – a você dele preenche meus ouvidos.

"Vou buscar senhor".

"Já devia estar aqui com ele, irresponsável". – disse de forma grossa. Ele se sentou na espreguiçadeira e eu entreguei a salada. Ele comeu um pouco depois me olhou. "Isso está uma porcaria!"

Ele jogou no chão e saiu furioso. Não entendi o motivo da raiva. Não sei quem estava mais puto, se era ele ou eu por ter que limpar aquela bagunça desnecessária. Depois de limpar fui até ele perguntar o que a majestade queria, e ele estava no quarto, lendo um livro.

"O que o senhor quer comer?"

"Perdi a fome". – disse frio.

"O senhor precisa comer".

"Eu preciso que você suma da minha frente antes que eu te ponha no olho da rua". – disse concentrado no livro.

"Sim senhor".

Me retirei e ouvi ele me chamar.

"Quero limonada bem gelada".

Ele é assim mesmo.

"Sim senhor".

Quando eu voltei com a limonada, ele parecia estar de bom humor.

"Pensando bem, prefiro suco de abacaxi".

Quase chorei.

"Senhor, eu já fiz a limonada. Prove pelo menos, está uma delícia". – disse cansada.

"Como sabe? Você bebeu a minha limonada?"

"Não senhor, é que eu fiz com tanto esforço".

"Esforço?" – ele riu. "Você só teve que espremer limões na água e por açúcar. Deixe de ser preguiçosa!" – ele toma das minhas mãos e toma de uma vez. "Está horrível, azedo e aguado. Agora sai do meu quarto por que você está atrapalhando a minha leitura".