PREPARATIVOS PARA A GUERRA 2

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Acordo com uma dor de cabeça infernal, sem nem mesmo conseguir me levantar. Decido ficar parada até alguém aparecer, o que não demora muito.

ー Bella ー E para minha surpresa quem aparece é Bea com uma bandeja, que contém uma vasilha com água. Depois de reparar no objeto, volto meus olhos para seu rosto, seus olhos estavam vermelhos prontos para chorar, seu cabelo que sempre estava em um coque perfeito, estava bagunçado e solto. A sua roupa molhada, provavelmente de suor.

ー Sim, meu amor ー Eu falo com todo carinho e amor que eu tenho por ela, na tentativa de acalmá-la, mas não acontece, na verdade tem o efeito contrário.

ー Por favor não me assuste mais daquele jeito, você não tem noção de como eu fiquei preocupada.

ー É claro, mas apenas se você me prometer ser você mesma ー Falo tentando não chorar ー Eu sinto falta daquela Bea que não seguia as ordens, daquela que ria quando eu caia, daquele que cuidou de mim quando precisou, eu sinto sua falta Beatrice ー Eu finalmente consigo falar o que estava entalado na minha guarguana a anos.

Ela pega a minha mão e a aperta tentando falar sem desmoronar, ela começa:

ー Você sabe que eu não posso lhe prometer isso ー Ela começa eu já sinto meus olhos lacrimejarem ー Eu apenas posso tentar ser quando estivermos a sós, apenas nós duas ー Eu apenas concordo, afinal, ter a antiga Bea mesmo que por pouco tempo, já é ótimo.

Secando minhas lágrimas eu penso no diário e logo pergunto:

ー Beatrice, aonde você guardou o diário que estava comigo?

ー Bella, que diário? eu apenas achei você desmaiada na cadeira, mais nada ー Mas o quê? Como? Eu tenho certeza de que estava lendo ele. Com esse pensamento eu varro o quarto com meus olhos. O achado no chão da sacada, mas se ele estava ali, como que Beatrice não viu?

Decido deixar isso de lado e me focar em outras coisas.

QUEBRA DE TEMPO

Finalmente acabou a aula dele, não aguentava mais. Lembrando do diário, decido perguntar algo para o meu querido professor.

ー Professor?

ー Sim?

ー É possível esconder algo dos olhos dos outros através de um feitiço? ー Ele parece estranhar minha pergunta, mas, prontamente responde.

ー Sim, sim, é capaz, mas a pessoa que fez isso teria que ser uma maga ou bruxa muito forte.

ー Oh, okay obrigada.

ー Ao seu dispor, alteza ー Após falar isso o homem sai porta a fora. Ainda pouco convencida da resposta, decido ir até a biblioteca do palácio.

Após passar por alguns corredores com um salto altíssimo e fino, acho a porta da biblioteca. Como se tirasse algo de um bolso inexistente do meu vestido amarelo, que é bem menor e mais leve que os outros, eu conjuro para "dia" e "riven" virem na forma de leque, desde aquele sonho estranho e o súbito desmaio de hoje, não ando mais sem elas.

Abrindo a porta de madeira entalhada de ouro eu adentro o local, como sempre ela é majestosa, meu olhar se perdia em tantas estantes, todas de madeira negra, nela tinha história de vários deuses, de história, de ficções...

Continuo andando e observo o segundo andar, nele já continha feitiços de magia das bruxas e a mais antiga e inexistente, a dos humanos, a das sereias não está pelo simples fato de não ser magia o que a gente faz, mas isso eu falo depois, afinal, encontrei alguém bem mais interessante.

ー Castiel ー Eu falo sussurrando no ouvido do cuidador da biblioteca, um humano gato com sede de conhecimento, por causa disso ele era muito ingênuo e muito fácil de se provocar, e isso só me deixava com mais vontade de provocar ele, e para nenhuma surpresa ele se arrepia e começa a falar:

ー Pr-rr-incesa, eu já lhe falei por favor, pare de me provocar ー Sim, ele já havia me falado isso mas eu não perco a chance de deixar aquela pele morena ficar corada de vergonha.

ー Sim, meu caro Castiel ー Falo passando meus dedos pela bochecha dele, enquanto olhava nos olhos cor de terra ー Mas eu amo ver você assim a minha mercê.

Ele não reclama, apenas fica mais vermelho e vira o rosto para o lado, me fazendo dar uma risada gostosa, o que apenas o faz ficar mais vermelho.

ー Mas o que você veio fazer aqui? Você nunca vem aqui. Ainda mais depois daquilo ー Ele não devia ter falado, eu apenas o olho sentindo minha pupila mudar para a de uma felina junto com a cor, de um verde claro para um Violeta escuro.

ー Castiel, Castiel, você sabe sobre o que você pode ou não falar, afinal você não é burro e até por isso você é o meu futuro conselheiro, mas eu pensava muito bem antes de falar sobre aquele incidente ー Eu falo isso sem raiva na voz mais sim irritação e mágoa, após isso, saio da bliblioteca e me enfio no quarto procurando o diário e começo a ler:

Eu posso sentir a sua respiração na minha nuca, o que me deixa com borboletas no estômago.

ー Tudo que você tem que fazer é focar, mas primeiro segure com firmeza a flecha e a mire com o dedo ー Ele levanta os braços e segura a minha mão, me guiando até que por fim eu solto, ela foi melhor obviamente, afinal, consegui acertar o alvo ficando muito feliz, mas quando eu ia abraçar Carlos, ouço algum guarda gritar que o rei iria fazer um discurso e percebi a deixa.

Deixando o arco na mesa, eu respiro fundo, coloco minhas mãos nas costas e com a voz mais controlada possível eu falo:

ー Bom, então eu preciso ir, discurso do rei, eu sou filha dele, então... ー Com um sorriso eu falo me afastando dele, que ainda está sem entender, vou para o castelo.

Como eu vim correndo, vou direto para o banheiro querendo tomar meu banho o mais rápido possível, por causa disso, sem querer crio uma bolha de água que paira sobre minha cabeça, eu nem ao menos sei como fiz isso, mas eu pelo menos não precisei me preocupar em desfazê-la, já que ela cai sobre mim me encharcando, bom agora eu não ligo muito pra isso.

Afinal, tenho que participar de um discurso e eu dou graças a Lili quando acho Bex, parada no meu quarto já com um vestido em mãos.

Ele é lindo, ele tem uma cauda mediana, é verde água e não tem nenhuma alça o segurando, mas como eu não tenho muito tempo para o apreciar, apenas o visto o mais rápido que posso, logo Bex já começa a fazer um coque no meu cabelo e por fim colocando a tiara que combina com a cor do meus salto branco. Cravejado em peridotos, esmeralda e lápis lazuli, representando a cor do reino e da bandeira.

Esquerda, direita, reto, virá. Depois de muito andar, finalmente consigo chegar à sacada que irá ocorrer o discurso. Meus pais já estão aqui, ele com uma roupa preta para não ficar três pessoas com as mesmas cores, junto com coroa que é de ouro e circunda toda a cabeça dele, já minha mãe está com um vestido quase igual o meu, mudando apenas o tamanho da cauda e a cor que é azul bebê.

Como se estivessem me esperando, ele começa a falar.

Hello gente, o capítulo termina assim mesmo, eu não queria colocar o discurso porquê o capítulo já esta maior do que o normal, só isso mesmo.

Revisado por: lia3783

My Mom Is A QuennWhere stories live. Discover now