MEDO

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Atordoados demais, para falarem qualquer coisa eles se separam cada um para seu reino.

ANABELLA

Eu acordo mais cedo que o normal, então decido olhar para o pingente, me lembrando do que minha mãe me falou, me levanto e pego o diário, decidida a entender como minha mãe se tornou uma deusa?

Com isso em mente, me enclausuro dentro do meu quarto, pegando o diário logo começo a ler.

Por falar nele, logo o acho, na porta da sacada surpreso igual todos com a guerra, após alguns longos e torturantes minutos meu pai termina o discurso.

Indo em direção a ele, que logo pergunta.

ー Então era por isso que você queria aprender qual arma combina contigo? Mas mesmo assim isso não faz sentido, você não poderia ir à guerra ー Ele fala enquanto a gente ia em direção a lugar nenhum.

ー É mais ou menos isso ー Falo indo para a frente dele ー Mas você errou uma coisa, já que eu irei sim, participar.

O choque nele era óbvio até que ele desce o olhar, procurando saber para onde ele olha eu sigo o olhar e percebo que o meu vestido caia junto com meu corpo que estava inclinado pra frente.

Percebendo isso eu logo me inclino para trás arrumando minha postura e mesmo sem ser a culpada minhas bochechas coram, ele percebendo o que fez fica sem graça e vira o olhar.

Me aproveitando disso eu saio de perto e vou atrás de um lugar para me acalmar.

ー Não me siga! ー Eu não estava exatamente com raiva, mas também não estava com um bom humor.

Perdida em pensamentos, venho parar em uma área pouca habitada do Castelo.

Os fundos dele, como o castelo ficava perto do mar, era ótimo pra sair às escondidas para nadar, mas não é como se eu tivesse feito isso.

Eu nunca tive coragem para tal coisa, mas bem, eu sou a peça mais importante numa guerra de 4 reinos eu acho que posso passar uma tarde fazendo porra nenhuma.

Ou era o que eu imaginava, já que assim que eu pulo da grama para o mar, eu percebo algumas coisas diferentes.

Começando por minha cauda, que estava maior que o normal, junto do meu cabelo que antes ruivo, se tornava preto e o mais impressionante, eu sentia toda a vida marinha em pelo menos 50 metros de onde eu estava.

Essas coisas junto da bolha gigante que eu fiz no meu banheiro, quer dizer que eu realmente sou fundamental nessa guerra, ai minha deusa.

Após algumas horas, eu recapitulei tudo que eu fiz, primeiro eu tentei manipular a água igual antes, mas sem sucesso, eu também tentei controlar os animais marinhos, mas sem sucesso também, pelo visto eu só posso sentir nada mais.

Mas mesmo assim isso já é bem estranho. Eu consigo sentir cada peixe, caramujo, coral entre tantas outras coisas no mar, além de sentir que se eu realmente quiser poderia submeter todos eles ao meu controle, mas eu não sei o que isso quer dizer.

Assim que eu saio do mar, chego numa área com grama, que dava a mini montanha que eu pulei do Castelo, enquanto meu cabelo ia lentamente voltando a cor habitual, minhas roupas apareceram.

E quando eu ia virar a página eu noto algumas palavras estranhas no final da página.

Lateat veritatem semper

ー O que diabos é isso?

Tá bom, eu não faço ideia do que é isso, mas deve ser importante se não fosse não estaria aqui né?

Decidida a não fazer nada o resto do dia, eu vou para o meu quarto, encontrando uma agradável surpresa.

ー Elias, o que faz aqui?

ー Ah, com uma guerra iminente e a chance de um dos dois morremos, pensei que poderia ter uma última aula com você princesa ー Olho para o homem de quase quarenta anos, ele provavelmente estava no auge da sua beleza, olhos dourados encantadores, cabelo castanho rente à cabeça, junto do corpo em forma o deixava muito bonito.

Espera aí, esse não é o Roberto?

Ele sempre me tratou muito bem, se eu tivesse que dizer eu acho que ele me considera uma filha, bom ele me dá aula desde os meus quatro anos, eu não ligo na verdade até gosto eu acho, nunca estive muito em contato com o carinho e amor que as pessoas geralmente têm.

E espera aí, ele a considerava uma filha, mas é uma pedra sem sentimento comigo? Há isso é uma afronta a mim, só pode.

Depois de pensar nisso, não consigo enxergar ele com nada além de afeto.

ー Claro Eli.

ー Então que tal um resumo sobre a história dos quatros reinos? Começando por Pretium?

ー Sim senhor, bom o Reino Das Bruxas ou Reino Pretium, tem a cultura de sua "rainha" ser sempre uma mulher independente de idade, já que lá eles consideram o quão forte e quanto de domínio da sua própria magia elas têm.

ー A sua atual rainha é a Dominique uma das mais poderosas da história de Pretium, o reino nasceu de humanos que ainda não tinham perdido a magia, o que era algo raro, por isso esse reino durante muito tempo foi um dia menores, mas diferente dos outros três eles ainda tinham magia e a humana o que os faziam o mais forte.

ー O Reino Fulgur, é o mais antigo mas também o mais fraco reino, ele é composto de humanos que perderam a magia deles, o que é bem triste pra falar a verdade.

ー Por que você acha?

ー Isso não é óbvio? ー Ele apenas balança a cabeça negando ー Bom, eles tinham a magia, o bem mais precioso para eles e do nada esse bem lhes é tirado, eu pelo menos ficaria arrasada se minha cauda fosse tirada de mim.

ー Hmm, interessante.

ー E agora o último deles é o mais misterioso o Reino Lacus, não se sabe muito sobre esse reino, apenas que os habitantes são elfos seres de orelhas pontudas com um dom para a natureza, o rei e a rainha atual eram neutros e bem bonzinhos até, ou era isso que eu achava.

ー Você não precisa falar sobre Ghvatans, isso nós dois sabemos de cor e salteado ー Falando isso o homem se levanta do banco que ele havia sentado e eu da cama, olhando pra ele eu o abraço, afinal é como ele disse é uma guerra e eu posso morrer nela.

Pego de surpresa ele demora um pouco, porém, retribuiu o abraço.

ー Tome cuidado, cachinhos de fogo ー Ele fala com a voz falha, logo após isso ele sai do quarto me deixando sozinha com meus pensamentos.

Princesa, hora do jantar.

ー Está bom, já vou ー Falo pra empregada

Revisado por: lia3783

My Mom Is A QuennWhere stories live. Discover now