E SE...? - MIRACULOUS LADYBUG AU

Adrien

Adrien Agreste era um cara azarado.

Ele tinha pais maravilhosos e uma melhor amiga incrível, mas por algum motivo toda vez que tentava acordar mais cedo para finalmente chegar no horário no primeiro dia de aula, algo sempre acontecia que fazia o loiro se atrasar.

Sua mãe foi logo acordá-lo, arrancando-o de debaixo das cobertas. Adrien resmungou, tentando voltar a dormir, mas a Sra.Agreste não desistiria  tão fácil assim.

— Adrien, isso é sério, você vai chegar atrasado – Ela lhe lançou um olhar reprovador, e ele se ergueu, semi-acordado – Preciso que você leve algumas encomendas pra mim antes da aula começar.

Adrien se vestiu, e desceu as escadas. Ele e seus pais moravam acima da loja de roupas, onde sua mãe e seu pai trabalhavam. Emílie e Gabriel Agreste eram designers de moda, e se conheceram na faculdade. De vez em quando Adrien servia de modelo, mas eles não o obrigavam a fazer isso, nem mesmo o forçaram a seguir seus passos, o que Adrien não pensava em fazer de qualquer maneira.

Seu pai mexia em uma peça inacabada, e sorriu ao vê-lo.

— Ei, Adrien, o que você acha dessa peça? – Perguntou Gabriel, e Adrien deu de ombros. Era um protótipo de terno, feito com um tecido preto e detalhes na cor verde. 

— Tem...potencial? – Tentou ele,  incerto, e seu pai de risada.

— Verdade, mas ainda tem um longo caminho até ficar pronto – Comentou, animado, e Emílie sorriu, colocando os braços ao redor de Gabriel.

— Um dia suas criações estarão no tapete vermelho, tenho certeza disso.

— Nossa, eu vou morrer de diabetes – Ironizou Adrien, e o casal riu. Uma mulher de cabelos escuros e óculos retangulares entrou na loja – Bom dia, Nathalie!

Nathalie trabalhava na loja desde sempre, e era praticamente o cérebro da operação. Ela que lidava com a parte financeira e de marketing da loja, além de sempre negociar os melhores preços.

— Bom dia, Adrien – Ela sorriu, já com um caderno na mão e o telefone na orelha – Tenha um bom dia de aula.

— Obrigado.

Adrien pegou sua mochila, pegou a caixa com as encomendas e se despediu de seus pais, correndo para fora da loja. Usava uma blusa verde e um casaco preto, além de jeans desbotados. Seu pai era contra aqueles jeans, mas ele usava mesmo assim. Ele até tinha penteado os cabelos, mas correr sempre os desalinhava levemente.

Ele parou no correio e deixou a caixa lá, pagando com os trocados que tinha no bolso. Ele ia atravessar a rua, mas teve que desacelerar, quase batendo a testa no poste, e esperar o sinal fechar.

Porém um velhinho estava atravessando a rua, e um carro vinha em alta velocidade em sua direção.

Sem pensar duas vezes, Adrien puxou o homem para trás, tirando-o da rua, e os dois caíram. As outras pessoas continuaram andando. Ele se levantou, e o velhinho sorriu.

— Muito obrigado, meu jovem.

— Disponha – Disse Adrien, sorrindo, e depois de se assegurar de que ele estava bem, saiu correndo. Logo o sinal tocaria e ele ainda não havia chegado na escola.

* * *