Epílogo

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6 meses depois.

Abro meus olhos, cheia de preguiça.

Graças a Deus hoje é sábado e eu não preciso trabalhar.

Me espreguiço bem lentamente, esticando cada membro do meu corpo ainda sem me levantar da cama.

Estou um bagaço depois de ontem, preciso voltar para a academia se eu quiser continuar com essas maratonas de sexo com aquele safado.

Meu telefone toca e eu corro pra atender, mas no caminho acabo batendo com o meu dedo mindinho na quina do armário, dou um grito de dor e caio na cama com o celular nas mãos.

- Ai...alô. – eu atendo sem nem ver quem estava ligando.

- Hihihi parece que eu estou interrompendo alguma coisa, melhor eu lugar depois. – Gabi diz já fazendo graça.

- Para sua boba, não está interrompendo nada, eu só bati com o meu dedinho na quina do armário. – eu falo ainda com a voz chorosa de dor.

- Humm...gostei dessa sua desculpa, vou usá-la na próxima vez que alguém nos interromper aqui. – ela fala ignorando a veracidade da minha explicação.

- Gabi você não tem jeito né? Em minha defesa eu estou sozinha em casa nesse momento. Só fui desastrada mesmo. – digo me sentando na cama, já que a dor do meu dedo já está passando.

- Acredito, só estou te zoando. Cadê o Sr. Irritadinho? Já foi tocar fogo em alguém cedo hoje? – Gabi pergunta fazendo referência ao temperamento do Arthur, já que não deu muito certo o encontro que eu promovi entre nós quatro aqui em casa, umas semanas atrás. Arthur não foi nada amistoso com eles num primeiro momento, ainda por conta da história da nossa viagem e como eles me ajudaram a engana-lo.

 No fim, tudo ficou bem entre a gente, e ele até gostou deles, mas Gabi o apelidou de Sr. Irritadinho, ele odeia, é claro.

- Ele está com o filho esse final de semana. – eu explico.

- Haha que fofo. Você já conheceu o pestinha?

- Já, ele é uma gracinha, muito bem humorado, nem parece filho do Arthur. – digo me lembrando do dia que Arthur me apresentou o Bruno, seu filho, um menino realmente adorável, eu estava super preocupada de como seria esse encontro, mas deu tudo certo, principalmente quando ele descobriu que eu conhecia todos os jogos de vídeo game, que ele jogava. Claro que eu pesquisei previamente os jogos que estavam badalados no momento, assisti até algumas game players pra me preparar caso ele me convidasse pra jogar, o que realmente aconteceu, nos divertimos horrores.

- Deve ter puxado pra mãe, graças a Deus! Já pensou num mini Arthur por aí? – Gabi fala me tirando do meu devaneio.

- Hahaha Deus me livre, um Arthur só já faz um bom estrago no mundo, não precisamos de mais um. – eu brinco.

- Mas me conta amiga, como estão indo as coisas com vocês? Já falou com o ele sobre aquela proposta. – ela me pergunta e eu rio revirando os olhos lembrando da proposta indecente dela e do Roberto, de nós irmos com eles a uma festinha de troca de casais. “Esses dois, são dois safados incorrigíveis!”

- Só se eu quisesse arrumar confusão pra minha vida né, amiga. O Arthur não curte essas coisas, ele até gosta que eu o provoque ciúmes, mas chegar a vias de fato, já é demais pra ele. Só ia dar em briga feia, isso. – eu digo a ela, jogando toda a culpa no Arthur, mas na verdade acho que eu também não me sentiria a vontade com isso.

- Poxa, que chato! Era a minha oportunidade de te dar uns pegas de verdade, você sabe que eu ainda tenho esperanças, né? – ela diz, me cantando novamente na cara de pau.

Domine quem for capazOnde histórias criam vida. Descubra agora