Meu passado.

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DRACO MALFOY
5 anos atrás

Uma explosão seguida de uma porta batendo foi o motivo de eu estar sentado desesperado contra a cama, meus olhos buscaram pelo quarto encontrando a mulher alta e esguia contra a porta, seu corpo pressionado na esperança de mantê-la fechada o quanto pudesse.

- Mamãe. - Apertei meus olhos para acostuma-los ao escuro. - Mamãe, é você?

- Preciso que fique em silêncio lobinho. - O barulho de uma possível briga do andar de baixo começou a ficar mais alto, no meio dos gritos Draco conseguiu ouvir o comando do Lord. - Venha cá amor, precisamos ir para a sala.

- Não gosto de ir pra lá. - Falei me aproximando dela, passei meus braços ao redor da sua cintura, e sua mão repousou contra meu cabelo. - Nunca è bom quando saímos de lá.

- Eu sei. - Ela se abaixou, suas duas mãos ao redor do meu rosto. - Mas precisamos, tudo bem? - Assenti e um sorriso singelo formou em seus lábios. - Vamos.

Mamãe abriu a porta devagar, checando o exterior, o corredor estava vazio, ela me pegou pela mão saindo rápido em direção a sala.

- Mais rápido meu amor.

A sala era um quarto grande no fim do corredor da ala norte da mansão, só mamãe conseguia abrir e só mamãe conseguia fechar, foi um presente de papai de aniversário depois de uma das reuniões que deram errado.
Mamãe nos tranca lá e passamos horas, dias, tocando piano, lendo ou reforçando alguma área de estudo, ela acha que eu não sei que só faz isso para que eu não veja as mortes, e os corpos sendo retirados, me trata como uma criança, mas não sou, já tenho 13 anos, posso ajudar o papai a limpar, è o que ele espera de mim.

- Vamos entre. - Ela me empurrou para dentro fechando a porta atrás de si, agora na luz do quarto eu podia ver sua camisola rasgada, os cabelos bagunçados e o rosto assustado.

- Papai vai te punir por fugir. - Minha voz chamou sua atenção e ela me olhou assustada.

- Não diga isso Draco.

- Mas ele vai mamãe, da última vez a senhora ficou de cama por quase um mês.

- Eu tinha caído da escada meu amor.

- Ele te empurrou. - Ela me olhou assustada, negando com a cabeça, indo até o piano e se sentando.

- Toque pra mim meu amor.

- Não.

- Draco, por favor.

- Abra a porta, vou ajudá-lo.

- Não posso deixar que faça isso.

- Por que?

- Por que, que mãe eu seria se deixasse meu menininho ter sangue nas mãos? - Ela respirou fundo, batendo a mão ao seu lado, me chamando para me juntar até ela, e eu fui. - Essa vida, seu pai, foram erros meus, e eu devo pagar por eles não você.

- A senhora não errou mamãe.

- Errei meu amor, acreditei cegamente no que minha família, no que Lucius me contou, queria me sentir especial, precisava ser especial, e eles me deram isso, estava errada, perdi minhas duas irmãs para essa guerra, e não vou perder meu filho.

Fim. || Drarry (hiatus) Onde histórias criam vida. Descubra agora