Capítulo seis - festas e curtição.

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3 de julho, Vancouver - Canadá.
Segunda-feira, 21:20 da noite.

Pov.Millie

Já se faziam dois dias desde o feriado da independência e a casa de Sadie. Aquela noite terminou tranquila, apesar de termos voltado um pouco tarde para casa.

Por incrível que pareça, não foi tão ruim quanto eu imaginei, mas não planejava voltar a falar com eles "pra valer".

Ontem foi domingo, e eu e Lilia nem saímos de casa. John teve que ir ao seu trabalho ontem justo na folga dele. Ele teve que sair por um motivo na qual eu não perguntei, então ficamos apenas eu, minha mãe e Lilia em casa, e hoje ele está sendo recompensado, transferiram sua folga para hoje.

Foi demais ontem, eu e Lilia combinamos de não fazer nada e ficar fazendo companhia para minha mãe. Passamos à tarde assistindo filmes com ela e comendo pipoca, e depois de tardezinha fizemos cookies juntas na cozinha. Já pode se imaginar a bagunça que foi, mas também foi super engraçado. Minha barriga doía de tanto rir das duas atrapalhadas.

Hoje Jhon está de folga, e minha mãe está lá embaixo com ele. Eu e Lilia nos encontramos agora no quarto, eu estava deitada de barriga pra baixo na cama enquanto balançava meus pés que vestiam uma meia de caveira, que achei no meu guarda-roupa da época que morava aqui. Lilia estava sentada na cadeira de computador que havia perto da cama, e estávamos relembrando das pessoas que não gostávamos da nossa faculdade.

Lembramos de uma garota que nós e metade daquele prédio odiavamos. Ela se sentia a mais poderosa dali, e tinha boa parte da personalidade de Cheryl e Verônica. Foi ali que eu aprendi que não importa o lugar que vc for, onde vc estiver ou quando vc estiver, sempre vai ter uma Cheryl ou alguma Verônica pra te tirar do sério e querer sugar até o final de suas energias.

Ela era ridícula, e fazia questão de rir das pessoas sem motivo nenhum, e isso tirava muitos do sério.

Mudamos de assunto radicalmente para tirar aquele clima pesado, e estávamos relembrando das fases boas daquela época.

– lembra do Romeo? Do último ano? — ela pergunta com um sorriso e me faz rir.

– ah nem vem. — sorrio de canto.

– é sério, lembra como ele era "caidinho" por você? — ela ri.

– eu lembro, ele até que era bonitinho.

– bonitinho não. Ele era bonito sim, você até hoje só não quer assumir. — ela ri. – eu sei muito bem que vocês deram uns beijos. — ela completa.

– demos, demos sim, foi naquela festa da Dina, lembra como tava lotado? — sorrio.

– uhum. — ela afirma tomando água de sua garrafinha.

– foi só uns beijos, para ele finalmente parar com isso, eu nem queria beijar ele. — falo segurando a risada, contando os segundos para Lilia me repreender, e assim ela fez.

– MILLIE!!! — ela joga uma almofada em meu rosto dando risada. – você não me engana, você estava afim dele sim, mas deu só uns beijos para sair daquela "solidão" que você estava. — ela falava rindo fazendo aspas com os dedos.

– é... mas não passou de apenas beijos, ainda bem. — falo.

– nós conhecemos ele no último ano. Depois de acabarmos a faculdade nunca mais vi ele, tem notícias? — ela pergunta e eu faço um "não" com a cabeça.

– pena, quem sabe ele poderia ter se tornado meu cunhado... — ela faz uma cara de tristeza falsa.

– supera Lilia! — dou risada e jogo de volta a almofada que ela havia jogado, e ela ri, quando ouvimos batidas na porta.

The Bitch 2 - fillieWhere stories live. Discover now