Capítulo dois - estou de volta.

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Quinta-feira 29 de Junho, 17:30.

Ainda estava de dia, e estávamos muito perto de Vancouver. Já iria começar o por do sol, e eu estava ansiosa para ver a paisagem dali de cima.

Foi lindo. Eu e Lilia tiramos diversas fotos, foi com certeza um dos por dos sóis mais lindo que já vi.

Sai do transe daquela paisagem toda ao ouvir a aeromoça dizer que havíamos acabado de chegar em Vancouver. As nuvens foram desaparecendo e aos poucos eu conseguia ver a grande cidade lá do alto.

Olhei para Lilia insegura ao lembrar de tudo que passei ali. Vancouver havia crescido muito nesses últimos sete anos. Tenho certeza que havia muitas coisas novas e eu gostaria de ir rever alguns lugares nesse tempo que vamos passar aqui.

Alguns minutos se passaram e finalmente estávamos prestes a aterrissar. Meu coração acelerou ao olhar aquele aeroporto, que o reconheci na hora. Foi o mesmo de que eu saí.

Haviam mais de dois aeroportos aqui. Tínhamos mesmo que aterrissar justo nesse?

Milhares de lembranças tomaram conta da minha cabeça. Me lembrei de algumas vezes que havia viajado com Sadie. Me lembrei da viagem que fizemos a Toronto com todos eles. Todos os meus amigos.

Essa foi uma viagem fantástica. Eu nunca esqueci. Lembro de quando brincamos na piscina na casa dos avós de Caleb. Fomos ao mercado e eu tive uma crise de ciúmes. Depois fomos a praia e fizemos guerra d'água. Bons tempos. Essas memórias ficaram, e me assombram até hoje. Foi uma época muito boa, que infelizmente eu não posso voltar no tempo para revive-lá novamente.

Eram 18:20 quando aterrissamos e Lilia estava incrivelmente empolgada. Enquanto eu estava extremamente séria. Com uma angústia e estava apreensiva, com flashbacks que viam na minha cabeça toda hora.

"Você está aqui para ver sua mãe Millie. Relaxa, é sua mãe. Você consegue, eu sei que consegue" — repeti isso mentalmente.

– Wow. — foi literalmente a primeira palavra que Lilia disse ao darmos nossos primeiros passos assim que pisamos naquele aeroporto.

Eu estava angustiada.

Pode parecer drama, eu sei que pode, mas pode se apostar que não. Só eu sei o que eu passei aqui, e ser deixada por tudo e por todos não foi fácil. O que mais marcaram foram as últimas lembranças que eu tive antes de sair. Do baile e de todos. Que eu havia sido drogada e... esquece, não quero lembrar desse assunto de novo.

– pousamos bem no aeroporto no qual eu fui embora. — eu disse séria.

– o que? Sério? Foi esse aqui? Que falta de sorte! — Lilia afirma. – nem me fale. — concordo.

Coincidência horrível.

– Vamos sair daqui logo e ir para casa. Estou ansiosa para ver minha mãe. — tento melhorar minha feição abrindo um sorriso.

Chamamos um táxi e estávamos indo em direção ao endereço. O endereço da mesma casa na qual eu saí. Eu lembrava de tudo, de cada rua, cada detalhe. Lembrei o nome da minha rua direitinho, e assim, dei a informação para o motorista.

Era claro que havia muitas coisas diferentes. Algumas ruas com coisas novas. Lojas que eu nunca havia visto na vida, casas novas e etc. O clima estava ótimo. Já estava anoitecendo, e o tempo estava bem fresco, com certeza não iria chover, ainda mais porquê estávamos no verão.

E dona Kelly estava pensando que eu chegaria as 20:00. Quando na verdade eu já estava a quase três ruas de casa.

– Pode parar aqui moço. — pedi para o motorista do táxi parar pelo menos duas casas antes para não fazermos barulho por causa do carro. Paguei o táxi e pegamos nossas milhões de malas que trouxemos conosco.

The Bitch 2 - fillieWhere stories live. Discover now