Capítulo sete - distração.

303 31 71
                                    

4 de julho, Vancouver - Canadá.
Terça-feira, 13:40 da tarde.

Pov.Millie

Eu já havia acordado faziam alguns minutos, e eu tinha total certeza de que era tardíssimo, principalmente pelo horário que chegamos.

Eu encarava o teto tentando raciocinar se o que aconteceu ontem havia mesmo acontecido, ou não havia passado de apenas um simples pesadelo.

Lilia estava num sono pesado ao meu lado. Além de beber muito ela ainda havia passado mal, e tenho certeza absoluta que ela irá acordar acabada. Não espero menos que uma grande dor de cabeça.

De qualquer maneira, decido levantar. Eu não havia a mínima ideia de que horas eram, mas eu sabia que não era bom eu ficar na cama por muito tempo.

Desci as escadas com cuidado com uma grande cara de sono ainda.

-- bom dia. — falei com a minha mãe, enquanto abria a geladeira.

-- são quase duas horas. — minha mãe me fala olhando por cima de seus óculos.

-- DUAS HORAS? — falo depois de quase engasgar com a água. 

-- Como foi ontem? Que horas vocês chegaram? — minha mãe pergunta e tudo que havia acontecido passa pela minha cabeça.

-- ai mãe... — faço uma cara de desespero e me sento no balcão da cozinha. -- você não vai acreditar. — a encaro com uma feição péssima.



-- e então eu dei de cara com ele! — chego finalmente na parte de Finn, depois de já ter contado metade do que havia acontecido.

-- eu perdi a paciência e talvez tenha descontado um pouco nele... ou talvez eu realmente queria ter feito aquilo. Ou talvez eu tenha exagerado. Ou talvez... — minha mãe me interrompe.

-- Millie para. — ela me encara.

-- O que você acha? — a encarei esperando um conselho, e percebi que havia muito tempo em que não pedia isso para ela.

-- pelo o que você me contou... talvez você tenha exagerado, acho que ele só queria conversar. — ela fala.

-- vocês são adultos agora, e não se veem há anos. Vocês tiveram sentimentos muito fortes um pelo outro, mas isso já acabou. Por que não conversar amigavelmente? Perguntar sobre como está a vida um do outro e tudo mais? — ela completa.

-- então realmente acha que eu exagerei? — pergunto, só para ter certeza.

-- eu... como sua amiga, diria que sim,  também. — ouço a voz da Lilia das escadas. 

-- está melhor Lilia? — minha mãe pergunta sorrindo assim que ela chega na cozinha.

-- na verdade minha cabeça está explodindo! — ela fala com a cabeça baixa e a mão sobre a testa. Enxaqueca como eu havia previsto.

-- eu devo ter algo por aqui... talvez aqui e... ah, sabia! — ela fala assim que acha uma caixa de remédio da gaveta. -- Jhon sempre tem enxaqueca. — ela diz e entrega a cartela a Lilia.

-- eu agi por impulso talvez. Eu não queria isso, eu acho... talvez eu tenha ficado brava na hora e sei lá... — falo como se eu estivesse brigando comigo mesma.

-- Millie, você já me contou toda a história de vocês. Eu sei que ele, lá atrás, não quis acreditar em você, o que também não foi muito legal, principalmente porquê depois ele descobriu tudo, mas... o sentimento já acabou, não precisa ter medo. — Lilia fala e eu me assusto.

The Bitch 2 - fillieWhere stories live. Discover now