𝐟𝐢𝐯𝐞: painful waterfall

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» PAYTON MOORMEIER «

O coração humano é uma das coisa que mais me surpreende nesse mundo. Ele é capaz de tantas coisas. E apesar de tudo, eu acho incrível a forma que ele acelera apenas quando olhamos, ouvimos ou tocamos em quem amamos. É espetacular. Nós podemos sentir claramente as borboletas no estômago, não conseguimos ver, porém sabemos que nossos olhos estão brilhando como uma estrela.

Isso é que o amor faz.

Mas apesar das coisas boas, eu não sabia que poderia sentir isso de novo depois de um ano. Eu não tenho muitas certezas nessa vida, mas das que eu tinha, era que Hazel Willow nunca mais voltaria após nosso trágico término. Foi um choque vê-la de novo. Ver aqueles olhos azuis intensos, sua boca, seu rosto. Eu não poderia pensar nela, eu tenho namorada! Tenho consciência disso, mas, estava sendo impossível.

Ignorar a Hazel estava sendo difícil. Não conseguia estar no mesmo cômodo que ela e evitar contato visual. Não conseguia por conta de Cierra. Ela se sentia tão...insegura em relação á Hazel que pensa que apenas dela me olhar, poderia me perder. Então, quando ela sabe que Hazel estará no mesmo ambiente que nós, ou ela pede para ficarmos em casa e inventa uma desculpa, ou apenas pede pra ir embora. Isso estava enchendo o meu saco.

Mas, ao mesmo tempo, eu queria apenas ficar parado no tempo olhando a Hazel. Entretanto, eu acabo lembrando de como nossa história chegou ao fim. Lembro de como fiquei me sentindo mal e culpado por um ano. E agora que eu finalmente tinha aceitado o fato que era para eu esquecê-la, Hazel Willow retornou.

O universo sempre me ajudando.

E aqui estou eu, sentado em uma das cadeiras enquanto observo meus amigos se divertindo na piscina. O que era pra eu estar fazendo, mas, estou aqui pensando em como Hazel Willow desgraçou o meu coração.

— Aqui trouxe suco pra você. — Cierra me entregou o copo com suco de morango dentro, sorri em forma de agradecimento. — Não vai entrar também?

— Não, estou bem aqui fora. — respondi e logo em seguida bebi um pouco da bebida.

— O que quer fazer depois daqui? — Cierra perguntou enquanto tirava seu vestido, ficando apenas de maiô.

— Nada em mente. Por que? Você quer fazer algo? — perguntei, tirando os olhos da mesma.

— Bom...eu lembro que você me falou sobre uma cachoeira que você iria com a Hazel, que tal?

Meu estômago embrulhou. Por sorte eu estava com óculos de sol porque com certeza ela iria decifrar o meu olhar.

Eu a amo. Eu amo Cierra, ela me ajudou de diversas formas, me faz feliz. Ela me ajudou com tudo que passei com a Hazel. Ela sabe de tudo. Mas eu não consigo fazer isso ainda. Não consigo fingir que aquela cachoeira seja indiferente pra mim, porque não é. Ela era nosso lugar, meu e da Hazel. Foi o lugar que a levei para fugir da palestra do colégio, foi o lugar do primeiro encontro, foi o lugar que a pedi em namoro e o lugar da nossa primeira vez. Aquela cachoeira tem lembranças boas.

Eu não poderia fingir que isso não era "nada" pra mim, porque é. É muita coisa.

— Ahn, prefiro assistir um filme em casa mesmo, sabe? Daqui a pouco anoitece, vai fazer frio.

Ficou claro que dei uma desculpa esfarrapada, mas eu realmente não me importei.

— Aí, vocês dois são muito morgados! Qual é! — disse Bryce que em seguida bufou irritado.

𝐆𝐄𝐍𝐈𝐔𝐒²  ⟫ PAYTON MOORMEIER (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora