𝐇𝐔𝐍𝐆𝐑𝐘 𝐄𝐘𝐄𝐒 ━━━━━ ✦ 𝘴𝘵𝘢𝘯 𝘪𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦𝘴

𝐬𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭 𝐬𝐚𝐧𝐭𝐚

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— Parece estúpido. Preciso comprar um presente para alguém que não conheço? — Carter bufou, lábios inclinados para cima em um quase sorriso malicioso enquanto ele balançava a cabeça. Você franziu a testa para ele enquanto erguia os olhos do e-mail, inclinando um pouco a cabeça para o lado.

— Talvez alguém que você não conhece. Nem todos da lista são desconhecidos, Carter. Você e eu estamos lá, minha irmã, meus irmãos, minha família inteira...

— Certo. E além de você, Mark e Jenna, eu não os conheço. — Ele apontou, encolhendo os ombros.

— É tradição, Carter. Todos colocamos nossos nomes em uma lista, mamãe manda um número aleatório para todos, compramos um presente para a pessoa que tiramos. Se você não quer fazer parte disso, é só dizer.

— Eu não disse isso, só acho uma idiotice eu ter que comprar um presente para um estranho. — Você mordeu o lábio, finalmente colocando o celular no colo.

— Eles não seriam estranhos se você tivesse ido conhecer todos eles... — Carter se virou para olhar para você, franzindo a testa, e viu quando você se levantou, se afastando da mesa.

— Querida, eu disse que estava ocupado.

— Jogar com seus amigos não é uma atividade ocupada, é uma saída. — Você rebateu. — Eu vou sair, preciso dar um presente para quem eu tirei.

— Baby. — Você não olhou para ele, calçou os sapatos e colocou o casaco antes de sair do apartamento.

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Você não tinha certeza se Carter ainda viria comemorar com você e sua família até que ele mandou uma mensagem dizendo que estava lá embaixo com o carro, esperando por você, e mesmo assim, você estava quase preocupada em descer e ele mandar uma mensagem dizendo que era só uma pegadinha e que na verdade ele não estava lá, mesmo que não fosse nada parecido com o Carter que você conhecia.

O banco de trás estava quente, o calor ondulando ao seu redor enquanto você se acomodava e fechava a porta.

— Eu sei que o Papai Noel secreto é... bem... é segredo. Mas eu não dou a mínima. Porque eu sei que você está chateada.

— Eu não l-

— Você se importa. — Ele interrompeu, balançando a cabeça, olhando pela janela enquanto o carro saía do meio-fio. — Você se importa. Então ouça... eu tirei a sua avó. — Você olhou para ele, curiosa. — Eu não conheço ela. Mas eu lembro de todas as histórias que você me contou. Eu não vou te dizer o que eu comprei para ela, mas honestamente, espero que seja bom o suficiente.

— ... você falou que era estúpido. — Carter olhou para cima, sobrancelha levantada. — Você disse... que parecia estúpido. Você chamou de estúpido e sabe como me sinto sobre isso... — Ele pareceu confuso por um momento, a testa franzida enquanto tentava descobrir o que você queria dizer, antes de se lembrar de ter dito aquilo, e se xingou, esfregando o pescoço.

— Ah, porra, sugar, não foi isso que eu quis dizer. Todo mundo tem suas tradições, eu não... isso não é... — Você riu de como ele estava nervoso, balançando a cabeça enquanto ele colocava a mão na sua. — Você sabe que te amo. Gosto do seu irmão, gosto da sua irmã. O resto da sua família parece meio assustadora, mas talvez seja porque eu não os conheço. — Você deu de ombros, mordendo o lábio. — Eu só não queria tirar alguém que não conhecia, porque não queria foder com o nosso primeiro Natal. — Você corou, torcendo a mão para unir os dedos.

— ... você sabe... eu ia te ajudar, se você me dissesse quem você tirou, eu teria ajudado você a conseguir algo para essa pessoa. — Carter suspirou, sorrindo enquanto você descansava a cabeça em seu ombro, seus lábios roçando seu cabelo.

— Bem, eu sei disso agora e saberei no próximo ano. — Você se esforçou para não se alegrar totalmente com a ideia de que ele ainda queria estar com você no ano que vem, mas apertou a mão dele.

— Mas agora eu preciso saber o que você comprou para minha avó. — Carter se mexeu um pouco antes de suspirar e soltar sua mão para pegar o celular. — ... está no seu celular?

— Eu tenho fotos. — Ele murmurou, procurando pela galeria, antes de passar o dispositivo para você. Você sabia que estava encarando a tela do celular paralisada, a respiração presa na garganta, antes de olhar cuidadosamente para o garoto, com os olhos arregalados.

— Isso… isso é uma pintura de Monet?

— Não a real, obviamente, mas... sim? Eu... consegui uma reprodução dela... principalmente para que... você sabe... você não perca totalmente a cabeça comigo pensando que eu gastei demais...

— Se eu descobrir que este é um original, Carter Baizen...

— Eu juro, baby, não é. Não quero matar sua avó. — Você riu, olhando de volta para a pintura. — Lembro que você disse... crisântemos eram os favoritos dela... e, quero dizer, sério, se você não quer que eu dê isso a ela, eu tenho um segundo plano! — Você olhou para cima, com os olhos arregalados, quando ele estendeu a mão para passar o dedo e mostrar a você a foto de um pingente de crisântemo.

— ... Jesus, Carter.

— … você não gostou?

Você coloca o aparelho sobre os joelhos, imediatamente virando e segurando sua mandíbula, antes de puxá-lo e colar seus lábios com os dele. Ele suspirou, beijando de volta, alguns segundos depois você se afastou e encostou sua testa na dele.

— É perfeito. É perfeito, baby. — Ele sorriu, aliviado, antes de guardar o celular no bolso e estender a mão para você.

— Bom... — Ele murmurou, puxando você, engolindo a risada surpresa que espaçou de seus lábios enquanto a beijava mais uma vez.

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