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A manhã fria era acompanhada de um céu com nuvens que pareciam algodão doce com tons de laranja que não pareciam laranja e um rosa quase nulo.
As árvores altas que tinha vista da janela no comôdo da cozinha balançavam unânimes, o vento era de cortar a pele, não sairia naquele dia.

Fazia o café da manhã, Sakusa ainda dormia, ultimamente o menino tem dormido mais do que antes fazia, mas não o julgava.
Estava agora apoiada na bancada da cozinha consideralvelmente grande, esperava as torradas pularem da torradeita, feito pipoca quando deixa para trás o formato de grão.

Seus olhos pesavam ainda pelo sono que sentia, mas não conseguiria voltar a dormir, não confiara no ato do sono ultimamente, não confiava no que podia acontecer ao fechar os olhos e cair em um coma que duraria algumas horas. Recentemente pesadelos aterrorizavam suas noites, e por esse motivo o cansaço tomava conta de todo seu corpo, seus músculos doíam em reprovação às noites mal dormidas, mas o que podia fazer? Isso se tornaria algo comum com o passar do tempo, se acostumaria talvez.

O som das torradas antes amarelas claras, agora puxadas para o tom de marrom e pretos, a assustaram e arrancaram sua mente de seus desvaneios paralelos, pegou um prato e colocou os dois pães, passou um pouco de creme que ambos gostavam e que haviam comprado no dia anterior, colocou o café nas xícaras e açúcar, a de Sakusa era preta com detalhes vermelhos, a sua era o contrário. O menino comprara as duas peças de porcelana por que achava que combinavam com as duas silhuetas, e a partir desse momento apenas usavam esse conjunto.

Pegou uma bandeja que achou no fundo dos diversos armários da cozinha e colocou a louça que segurava a pequena refeição de começo de dia. Pegou o objeto de madeira e foi devagar, tomando os devidos cuidados para não se desequilibrar e derrubar o que continha em cima da bandeja no chão, subiu os degraus que atrasaram sua chegada até o quarto em que um menino de cabelos pretos dormia.

Após os diversos passos lentos, chegou no quarto, empurrou a porta entre aberta com um dos pés e a fechou com o cotovelo, andou até a cama e colocou a bandeja que carregava na mesa pequena ao lado da cama.
Se sentou devagar no colchão e acordou o menino lentamente.

- Acorde meu bem. - Falou dando uma pequena balançada no corpo adormecido do menino.

Sakusa reclamou com um gemido e se virou, dando as costas para você, suspirou e repetiu o que fizera, sem respostas, tentou de novo e o menino tomava consciência.

- Bom dia. - Falou vendo o menino virar com a barriga para cima e esfregar os olhos em uma tentativa de espantar o sono insistente. O menino não respondeu, apenas mudou de posição, agora estava sentado, ainda raciocinando que um novo dia começara. - Fiz café, pegue. - Falou se virando e alcançando a bandeja, colocou com cuidado em seu colo, para o caso de qualquer movimento indesejado que resultasse em um lençol e cobertas manchadas pelo líquido marrom.

- Bom dia. - O menino falou após um tempo e alcançou a xícara de café, sorriu e fez a mesma coisa.

Silêncio. Era satisfatório e confortável para ambos, era assim que aproveitavam seus momentos, a presença e compainha falavam por si só tudo que não colocavam em palavras.
Comeram com calma, observavam pela cortina fina e meio aberta a paisagem do vasto céu azul que já perdia suas cores secundárias.

Após a demorada refeição, Sakusa foi para o banho, saíria naquele dia, por mais que não pudesse. Levou a louça para o lugar de onde saíram, colocou tudo na lava louças e voltou para o quarto.
Tentou convencer Sakusa a não sair e ficar em casa, trabalhando de longe como estava fazendo.

- Eu preciso ver os problemas pessoalmente S/n. - Uma desculpa que não a convencia.

- Os meninos podem dar um jeito por lá e você ficando por aqui, ainda não está recuperado totalmente. - Falou num tom de repreenção.

- Não teime S/n. Eu irei. - Falou num tom ainda mais firme que o seu. Você suspirou em derrota, não daria uma de teimosa, não estava com cabeça para isso.

- Certo. Volte inteiro. - Falou num tom desanimado e com desdém, saiu do quarto em seguida.

O moreno bufou, mas sabia que era a coisa certa a se fazer, ele era o chefe de tudo e todos, precisava agir como um. Não queria ficar parado em casa na frente da tela de um computador digitando números, planejando descargas, entregas, vendas e planos, ele não queria isso.
Mas também sabia que estava errado, estava machucado, estava com um machucado que ainda não se curou por completo, foi frio e insensível sem razão alguma, sabia que a única coisa que você queria era o bem dele. Se sentiu culpado.

O moreno não mudaria de ideia, você poderia ser teimosa, mas ele podia ser mais. Colocou o resto da roupa, um dos ternos que antes usava frequentemente, alinhou bem a gravata e arrumou seu cabelo já seco, se sentiu renovado e por um mili segundo, feliz.
Pegou a chave do carro e saiu do quarto, desceu as escadarias devagar e a encontrou na sala, sentada no sofá vendo algum canal irrelevante na TV.

- Estou indo. - O menino falou de longe, não recebeu uma resposta. Sakusa suspirou e foi em sua direção, parou na sua frente e se abaixou na sua altura, o olhou confusa. - Eu amo você. - As orbes pretas do menino a consumiram, mas por teimosia não queria ceder ao encanto que presenciava. - Eu amo muito você. - O menino falou arrancando um beijo seu, sorriu com o ato, se deu por vencida.

- Idiota. - Reclamou, arrancando uma risada fraca de Sakusa, abraçou o menino rápido. - Não estou brincando, volte inteiro. - Falou num tom divertido, porém firme.

- Certo. - O menino suspirou, não tinha intenções de não voltar para seus braços. - Já vou, me aguarde. - Falou se levantando da posição baixa em que estava. - Trarei a janta. - Com um impulso ele alcançou seus lábios novamente.

- Sakusa! - O chamou.

- Sim?

- Posso chamar Kiyoko? Não quero ficar sozinha.

- Não precisa perguntar, a casa é sua. - Falou antes de sair porta a fora.

O carro que usaria já estava estacionado na frente da porta, era acompanhado de outro automóvel preto, junto de dois de seus homens. Colocou alguns homens pela casa também, como uma forma de trazer segurança, talvez não adiantasse muito após os ocorridos, mas era bom tentar novamente.
O moreno cumprimentou todos e entrou no carro, poderia trabalhar mais tranquilo sabendo que você teria compainha.

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Ontem cap longo, hoje cap curto, amanhã quem sabe.

Yey mini briga pq sim, vamo piorar um pouco mais as coisas nessa bagaça.

Autora teve um surto ontem à noite e cortou o cabelo sozinha, bom não deu. Contei pra minha mãe e ela reagiu bem¿ Não seria a primeira vez que eu faço cagada no cabelo também, ela vai mandar arrumar minha cagada e vai fazer o cabelo junto comigo.
Eu tava cagando nas calças por uma reação ruim? Sim! Mas não tivemos, venci a vida fml.

Ignora esse textinho☝🏽, só quis compartilhar mais uma das merdas que fiz.

Enfim foi isso, baibai.


MISOFHOBIC | Sakusa KiyoomiWhere stories live. Discover now