Paris II.

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Saindo da parte coberta do aeroporto elas finalmente se dirigiram ao carro que as esperava no estacionamento, já com as malas.

Com um sorriso gentil o motorista se apresentou brevemente e se prontificou em guardar as malas enquanto elas entravam no carro.

Assim que o motorista ligou o motor e arrancou o olhar de Juliette ficou hipnotizado e maravilhado quando ao passar pelas ruas parisienses, notou como tudo era bonito e sofisticado.

Por fim, alguns minutos depois o tour terminou, e eles estacionaram em frente ao hotel luxuoso que estampava cinco estrelas ao lado do sofisticado nome.

– Nossa, que coisa linda. - ela disse ao descer do carro.

Sarah apertou sua mão e a puxou gentilmente pela cintura fazendo seus lábios se encostarem brevemente.

O beijo roubado deixara Juliette em alerta, e foi quando ela pensou em xingá-la que Sarah disse olhando em seus olhos:

– Bem vinda a Paris, Juliette Freire, minha linda esposa. - disse com um sorriso sincero que fez Freire estremecer.

Todo o corpo de Juliette mandava avisos de perigo, mas ela decidiu ignorá-los, caminhando de mãos dadas com Sarah até a recepção do hotel.

– Boa noite. - o recepcionista foi logo falando atencioso – No que posso ajudá-las?

– Temos uma reserva no nome de Sarah Andrade.

O recepcionista sorriu e verificou no computador.

– Oh, sim, aqui está um quarto em seu nome Sra. Andrade. - disse quando o nome dela apareceu na tela, conferindo os documentos que Sarah lhe entregou. – Aqui está sua chave - disse alcançando-a – Espero que aproveitem a nossa suíte. - ele disse com um sorriso maroto.

Um quarto? Juliette arregalou os olhos, como assim somente um quarto no nome de Sarah? Estava preocupada, seu autocontrole não suportaria tanto!

Sarah agradeceu e esperou até que o carregador começasse a andar.

Assim que ficaram a uma distância considerável tanto do carregador quanto do recepcionista, Juliette agarrou o braço de Sarah e a puxou para baixo para poder sussurrar no seu ouvido.

– Como assim um quarto, Sarah? - ela cochichou.

– O que esperava? Quartos separados? - ela perguntou rindo – Por Deus, Juliette! - Esqueceu que todos pensam que estamos loucamente apaixonadas? O que você acha que os franceses pensariam ao saber que minha mulher não divide o quarto comigo?

– Eles nem saberiam... - ela retrucou parando de andar e cruzando os braços.

– É claro que saberiam. As revistas estão loucas por um furo meu e acho que "Sarah Andrade e a esposa dormem em quartos separados" seria uma ótima matéria para a primeira capa, não? - perguntou agora séria.

– Você é muito dramática! - ela rebateu.

– Você é que é muito dramática. O que acha que eu vou fazer? Não sou o lobo mal, Freire.

– Não me chame assim! E é claro que não é o lobo mal, o lobo mal comia vovózinhas. - ela disse irônica, mas logo se arrependeu.

– Então, o que você acha que eu como? - Sarah perguntou com a voz carregada de malícia.

Juliette sentiu um arrepio percorrer seu corpo e antes que pudesse responder uma voz aguda as interrompeu.

– Oh, Sarah!

Ambas viraram ao mesmo tempo para ver quem era. A morena sorridente vinha animada na direção das duas.

Vestia um vestido azul marinho curto, cabelo solto e maquiagem fraca.

Amor Por Contrato | Sariette Where stories live. Discover now