Sempre fugindo.

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Juliette acordou e teve a certeza de que nunca na vida havia acordado tão esgotada. A sala estava clara demais o que fez seus olhos automaticamente se fecharem, buscando um pouco de conforto.

A dor de cabeça estava insuportável! Maldita tequila... 'Nunca mais eu bebo!' pensou com raiva. Assim que seus olhos se acostumaram com a claridade ela levantou, procurando algo que amenizasse um pouco a dor. Café.

Olhou seu reflexo no vidro do armário da cozinha e se assustou da própria imagem, rindo logo em seguida. Precisava urgentemente de um banho. Passou as mãos nos cabelos deixando-os mais baixos.

Pegando o controle da tv e deitando-se no sofá novamente, ela ligou a televisão e baixou o volume até que somente ela pudesse ouvir. Quanto menos barulho, melhor. Procurou por alguma coisa interessante e começou a prestar atenção, até que a suas pálpebras pareceram pesar uma tonelada, e ela jogou a cabeça para trás respirando fundo e fechando um pouco os olhos... só mais um pouquinho.

Porém foi somente isso que precisou para que ela dormisse profundamente, ali, com a tv ainda ligada.

Ela estava com a cabeça jogada pra trás, e com a boca aberta, numa postura nada confortável e foi exatamente assim que Sarah a encontrou pela quando desceu as escadas atrasada para ir para a empresa.

– Juliette? - Sarah disse para se certificar que ela dormia. Ela nem se mexeu e a loira foi obrigada a rir.

Como alguém conseguia dormir naquela posição? Alguém conseguiria ficar tão adorável dormindo de boca aberta e cheirando a tequila? Ela definitivamente sim!

Sarah olhou o relógio já devia ter saído de casa, mas como sairia e a deixaria ali? Tão mal acomodada? Se aproximou e chamou duas, três quatro vezes e nada.

– Ju, acorda! - ela disse cutucando o braço dela..- Acorda, Juliette! - ficou repetindo até que ela fechou a boca, engoliu a saliva e abriu os olhos.

Juliette piscou duas vezes e conseguiu distinguir a teto da sala de estar... Ela havia dormido no sofá. Estava tão bêbada que nem lembrava como tinha chegado em casa. Porém estava aliviada por ter acordado ali.

– Acordou? - a voz de Sarah invadiu seus ouvidos.

'Baixo, por favor. Baixo'. A cara de sofrimento de Freire estava causando ataques de riso em Sarah. Nunca tinha visto a mulher daquela forma. Apressada ela tentou olhá-la mas soltou um grito quando tentou mexer o pescoço.

– O que foi? - ela quis saber já com olhos arregalados.

– Meu pescoço. - ela disse com calma – Acho que tive torcicolo. - ela disse massageando o próprio pescoço.

Meu Deus, que azar era aquele? Maldita tequila!

– Não me admira. Veja a posição que dormiu. - Sarah disse a repreendendo.

– Eu só bebi um pouco. - se defendeu.

– Oh sim, só um pouco. Quantas garrafas de tequila? Aposto que foram muitas, já que não conseguiu nem subir para seu próprio quarto. - ela disse séria.

Não querendo outra discussão, Juliette apenas revirou os olhos e se levantou do sofá continuando a olhar para cima, para que o pescoço não doesse.

– O que vai fazer? - ela quis saber

– Eu vou subir até o meu quarto e pegar uma pomada que está em cima da penteadeira pra ajudar com a dor. - ela disse ainda andando e olhando pra cima.

– Nada disso... - Sarah agarrou a cintura dela fazendo com que se sentasse novamente no sofá – Eu mesma subo e pego a tal pomada.

Entrou no quarto e sentiu o cheiro de Juliette queimando suas narinas. A cama estava desarrumada e um roupão também estava jogado ao chão. Foi até a penteadeira e encontrou a tal pomada que tinha no rótulo o enunciado "dores musculares/alívio imediato".

Amor Por Contrato | Sariette Where stories live. Discover now