VINTE E CINCO

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Pov's Percy

Fico muito nervoso depois de ver a Annabeth, eu sempre a amei tanto e agora ela está aqui ao meu lado e é como se não tivesse se passado nem um ano. 
Só que se passaram quatro anos e nesse tempo eu tinha feito tudo o que estava ao meu alcance para amar a minha mulher e ser e um bom pai, e esquecer aquela garota loira que atormentava os meus sonhos e que fazia parte dos meus pensamentos durante todo o dia. 
Às vezes não consigo entender por que ela não quis lutar pelo o nosso amor, justamente quando eu estava disposto a enfrentar tudo e todos para poder ficar com ela. 
Só que ela desistiu de ficar ao meu lado e foi embora e nunca mais deu notícias e por mais que eu insistisse a sua tia não me falava aonde ela estava e me proibiu de tentar ir atrás dela, pois a garota já tinha refeito a sua vida e que eu também tinha que tentar ser feliz com a minha esposa ou com outra pessoa. 
Eu até que estava conseguindo ser forte e ir vivendo sem ela. Só que tudo mudou quando o Nico me disse que ela estava voltando. Essas simples palavras me deram tantas esperanças de que as coisas pudessem ser como antes e que poderíamos seguir com o nosso amor de onde tínhamos parados e finalmente ser felizes juntos. 
Sim eu estava com essa esperança boba no coração. 
A cada minuto eu ficava mais nervoso ainda para a ver. A expectativa estava aumentando e eu não via a hora da noite chegar para poder a abraçar e a beijar como se o tempo não tivesse passado e ainda fossemos os mesmos. 
Só que o tempo tinha passado e não éramos os mesmo. 
Não mais. 
E tudo mudou quando a vi bem na minha frente e com a respiração forte como se ela estivesse nervosa e com medo de algo. 
Também ela tinha voltado para o lugar aonde os seus próprios pais ignoravam a sua existência. 
Trocamos poucas palavras e ela não demonstrou interesse algum por me ver ou ter voltado. 
Ela estava tão linda, porém ignorava o fato de que ainda me deixava sem ar. 
A trato indiferente, pois assim seria o melhor para todos. 
Ela revela algo que eu nunca poderia imaginar. 
Ela era mãe. E mãe daquela criança linda que eu estava segurando nos meus braços, aquela que tinha caído na minha frente e tinha chorado tão triste que me fez quase chorar junto com ela. Eu tinha um sentimento estranho por essa menina que no fundo se parecia com a minha Júlia. 
Fico mais nervoso ainda em saber que agora ela já é mãe. Ou seja ela já seguiu a vida dela e eu estou aqui parado e sem saber o que vou fazer para esquecer o passado de vez. 
Por incrível que pareça eu nunca poderia imaginar que ela fosse ter uma filha. 
E aposto que o Nico sabia disso, e não posso o culpar por não ter me falado nada. 
A vida da Annabeth não me dizia respeito. 
Ela sumiu tão depressa quanto apareceu. Era como se ela não esperasse me ver. 
O que era muito estranho pois por mais que eu quisesse negar a verdade era que somos uma família. Eu ainda sou o seu cunhado e pai da sua sobrinha e esse fato não vai mudar nunca. Talvez apenas o fato de ser o seu cunhado pois isso mudará muito em breve. 
Ela está tão linda, tão diferente do que era antes, esta mais madura, mais mulher. 
Eu não pensava que isso fosse possível, porém ela ficou mais bela do que antes e mesmo por trás de toda essa camada de mulher crescida eu vejo uma menina que lutou muito para ser aceita pelos pais. 
Ela sofreu tanto que acabou deixando o seu lado de menina para se tornar uma mulher e isso era o que eu mais admirava. Durante todos esses anos ela nunca apareceu ou escreveu uma carta pedindo ajuda para sobreviver ou dizendo que estava passando por necessidades. Ela se virou muito bem sozinha e hoje eu vejo que ela se saiu muito bem. 
Ela está usando aquelas roupas que me deixam louco e posso dizer que os meus sentimentos por ela Não mudaram nem um pouco, e posso afirmar que eles aumentaram com o tempo. 
Só que se antes esse amor era proibido agora ele é mais proibido ainda 
A trato friamente para não poder ficar alimentando falsas esperanças e no fim sair com o coração despedaçado. 
Eu fui muito covarde em deixar que aquela doença da Reyna me abalasse tanto que não consegui pensar direito. Se ela tiver que morrer não serei eu que vou impedir. 
Só que agora eu percebo que a Annabeth não foi a única a sofrer mudanças. Eu também mudei e muito e agora estou decidido a deixar a Reyna com ou sem a Annie. 
Não posso deixar que o meu coração tome conta da minha vida e me faça ter esperanças de uma coisa que não vai acontecer jamais e depois sofrer no final. 
E sozinho. 
Bom se ela tem uma filha é sinal de que também tem o pai dessa filha. Se uma garota como ela decidiu ser mãe é por que está muito apaixonada por esse homem. E não vou atrapalhar a sua felicidade, o melhor é tentar a esquecer de vez e sofrer em silêncio. 
Eu a amo tanto e por isso não tenho o direito de estragar sua vida e a impedir de ser FELIZ. 
E ela merece e muito ser feliz e mesmo que seja longe ficarei torcendo para que ela consiga tudo o que eu não podia dar. 
No amor devemos fazer certos sacrifícios. 
Durante o jantar todos conhecem o tal Apolo, que era o noivo da Annabeth. Outra surpresa. 
No fundo eu ainda tinha esperanças dela ainda estar solteira e com o coração disponível para um grande amor. 
Só que ela chegou com uma filha e com um noivo. 
A pequena Emily era tão linda e tranquila, ela deveria ter quase uns três anos mais ou menos. Ela tem cabelos bem claros e um rosto angelical e olhos verde mar profundo. 
A Julia se deu muito bem com ela e isso não me espanta já que a garota ama a tia como se ela fosse a sua mãe. 
O Apolo era um cara muito legal e era impossível não gostar dele. Era sincero e não demonstrava que estava se incomodando com todo aquele grande interrogatório, ele era descente e um bom pai. Tudo o que a Annie merecia. 
E ela parecia muito contente com a filha e apaixonada por esse homem. Ela sorria para todos e ignorava as alfinetadas da Reyna e respondia a tudo o que lhe perguntavam sem perder a compostura uma única vez. 
A Atena e o Frederick não paravam de fazer todas as perguntas possíveis e a Annie respondia a todas. Ela tinha terminado a faculdade e agora tinha um trabalho e um apartamento em Londres. Ela dá uma vida muito tranquila para a filha e digna. Pelo menos isso não mudou muito. Ela nunca aceitaria viver dependendo apenas de homem e sempre falava da Reyna que vivia apenas do meu dinheiro e do pai. 
As vezes a encaro e desvio o olhar quando ela percebe. Também percebo que a garota não para de me lançar olhares curiosos e tenho que me segurar para não encarar no fundo dos seus olhos. Pelo canto do olho a observo e ela está sorrindo e dando comida a filha e conversando com a tia. 
Novamente desvio o olhar quando ela percebe e olha na minha direção. 

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