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Joshua Beauchamp

Quando eu penso que Aurora não pode me surpreender mais ela chama a Any de mãe pela primeira vez e eu nem fiquei com ciúmes nem nada, acho que ela precisava ouvir isso da boca da nossa bebê.

— Aurora, você viu como você deixou a sua mãe? Tadinha ficou toda desorientada... Isso era hora pra soltar uma bomba dessas? – faço cosquinha na barriga dela e ela gargalha

— Papai achou lindo esse momento mãe e filha, mas o que acha de aprender outras palavrinhas em, amor?

— Repete comigo: Pa-pai

Ma-ma – diz sorrindo

— Não, princesa, papai!

Ma!

— Filha! Eu pensei que eu era o favorito! – faço um bico enorme

—Tudo bem... pelo menos sua primeira palavra não foi tio Noah

Ti Noa!

— Ah, mas só pode ser brincadeira! Aurora isso fica só entre nós, entendido, mocinha?

Eu me recuso a falar sobre essa falta de consideração da minha própria filha.

[...]

A tarde foi bem tranquila, fiz a massagem na gengiva de Aurora, coloquei o leite em forminhas no freezer e um tempinho depois a bebê caiu no sono e fui arrumar as nossas coisas para amanhã.

Algumas horas se passaram e minha filha acordou cheia de fome, dei o picolé dela e uma frutinha e fiquei pensando em Any voltando morta de cansada pra cá. Decidi então ir até o hospital de surpresa, aí, quando ela sair, podemos sair para comer alguma coisa e, em seguida, voltarmos para casa.

Aurora acabou se lambuzando toda então dei um banho nela, preparei a mochila com tudo que ela possa precisar e pedi um uber para o hospital.

Ela sempre fala de uma brinquedoteca no hospital para os filhos dos funcionários então vou ficar um pouco lá com Aurora enquanto esperamos.

[...]

Fui até a recepção e perguntei em quanto tempo Any sairia, fui avisado que ela estava quase terminando e em cerca de 40 minutos apareceria.

Peguei Aurora e fiquei sentado perto da saída brincando com a mãozinha pequena dela e seu coelhinho de pelúcia favorito.

— O que vocês estão fazendo aqui? – Any surge depois de um tempo e pergunta com um sorriso

— Viemos te buscar

— Ah, meu bem, você é demais – me dá um selinho

— Me dá minha filha – estende os braços

— Nossa filha, Any – a corrijo e ela dá um sorriso

— Ela falou mais alguma coisa?

— Não – minto

— Poxa, Rora, você ainda não falou papai?

Mama – a pequena diz e ela dá um beijinho na bochecha dela

— Eu não vou reclamar não... problema é seu, Joshua, vamos – ri da fala dela, uni as nossas mãos e fomos em direção ao estacionamento

[...]

Fomos num restaurante escolhido por Any e fizemos os nossos pedidos.

Era um restaurante fino? Sim. Estávamos com roupas casuais? Com toda certeza, mas Any não se importou nem um pouco com isso, ela disse que a fome dela era mais importante.

HOW TO SAVE A HEART | BEAUANY STORYWhere stories live. Discover now