CAPÍTULO 23

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Lunia

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Lunia


Celine pousou desajeitada, suas asas  sacudiram levemente e então juntaram-se em suas costas. As penas estavam mais abertas e cheias, como se precisassem voar para parecerem vivas, pensei se poderia ser magia, pois até a jovem alada parecia mais linda. 

__ Celine, meu nome --- Ela disse.

__ Isso, Celine, porque você pertence ao céu, gostou? --- Pergunto.

__ Eu amo Celine --- A jovem respondeu. 

__ Vamos voltar a andar --- Digo olhando para o horizonte montanhoso onde o Sol iria se por em algumas horas. 

Ao longo dessas duas semanas andando percebi que o território das Montanhas Escuras na verdade é muito ensolarado e arejado, a única coisa que é realmente escura são as rochas que compõem  os picos que se estendem por todo lado, o clima fica mais frio quando seguimos trilhas em que é preciso subir muito de altitude e o pouco território plano tinha uma pastagem verde e baixa e poucas árvores frondosas de todas as alturas. As trilhas eram diversas, porém era notável que não eram utilizadas em muito tempo. Pedras, árvores e troncos secos eram encontrados caídos no meio do caminho. Então com cuidado nós subíamos nos obstáculos  ou atravessávamos bem na beira da encosta que dava de cara em penhascos que faziam meu estômago esfriar só de pensar na queda. Ainda não domino muito bem o ar e retirar um pedregulho sequer poderia nos soterrar. 

Apesar de tudo que passei meu treinamento foi curto demais. 

Celine anda calmamente, as vezes passava as mãos pelas rochas, como se para dizer oi a cada montanha nova que escalávamos e descíamos. 

Passamos por cavernas e pequenas fendas, nenhuma com um fundo que iria muito longe. Em algumas delas parávamos para comer e dormir poucas horas durante a noite.

__ Droga! --- Grito, enquanto chuto uma pedrinha longe.

__ Droga! --- Celine repete 

__ Não Celine, não repete isso, se você passasse um dia com Erina... eu não quero nem pensar. --- Digo.

__ O que é... droga? --- Ela pergunta

__ É uma palavra que se diz quando algo está dando muito ruim. --- Respondo

__ Por que é tão ruim? --- Celine questiona com uma expressão preocupada.

__ Porque já fazem três semanas e não encontramos nada, nenhuma pista --- Viro para o rumo da parede de rocha escura da montanha e dou um soco nela, com minha capacidade de manipular terra, a qual tenho mais afinidade , eu devia saber que não iria ser um soco normal. 

Rachaduras ao redor do meu punho enfiado na pedra foram se espalhando por todos lados. 

Nós duas paramos de repente, sem mover nenhum músculo. Enquanto eu me xingava por dentro. Eu poderia nos salvar, mas um avalanche de toneladas de pedra iria dar trabalho, e na verdade eu não teria certeza se conseguiria segurar tudo. Então me preparei firmando os pés no chão ao mesmo tempo em que Celine posicionava as asas. 

Clã de SombrasWhere stories live. Discover now