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Ruggero

Nunca passei tanto medo em minha vida, como passei essas últimas 24 horas com o sumiço de minha pequena. Estava tão angustiado, me sentido tão culpado por ela ter fugindo. Para muitos eu sou um mostro. E eu sou mesmo, mas em relação a minha filha, tento ser o melhor pai do mundo para ela. Minha docinho é tudo na minha vida, e graças a Deus ela chegou em segurança em casa, e agora está tudo bem.

Percebi o quando Karol ama minha filha de verdade. Ninguém fingiria tão bem se importar com alguém assim.

Vi o quanto ela ficou desesperada e se culpando, mas na realidade o culpado fui eu. Se eu não tivesse cego pela minha arrogância, tudo isso teria sido evitado.

Eu devo um pedido de desculpas à ela, pelas minhas atitudes, e por julgá-la tão mal.

Um peso enorme foi tirado de meu coração, quando Angel adentrou pela porta da frente. Me senti o homem mais feliz desse mundo.

Meu bebê vai receber um belo de um castigo, para que o ocorrido não se repita novamente. Karol estava certa em colocá-la de castigo, dei meu total apoio.

Deixei Karol e Angel no quarto, e desco para o meu escritório. Minha mãe vem ao meu encontro sorridente.

— Como estão as meninas? — Me pergunta.

— Estão bem, Karol foi dar um banho em Angel.

Entramos em meu escritório. Sento em um estofado que está no canto da sala, minha mãe fecha a porta e senta ao meu lado.

— Gostei da Karol. Parece ser uma boa moça. — Fala.

— Sim, ela é.

— Bonita não é? — Pergunta.

— Sim, ela é. — Digo.

Já percebi qual é a de dona Antonella, ela sempre deu uma de casamenteira.

— Ela daria uma boa esposa. — Finge inocência. — E uma excelente mãe, percebi como ela trata minha neta. Elas se amam.

— Ela daria uma boa esposa, mas não para mim. — Digo já me irritando.

Dá última vez que amei e confiei em uma mulher, fui traído dá pior forma possível. Sei que Karol não é minha falecida esposa, nem se comparam. Mas Karol precisa de um homem que vá dar valor a ela, e não um homem quebrado, egoísta e sem coração.

-— Você achou uma mulher de verdade meu filho. Dê muito valor a ela.

— Mãe pode parar. Da última vez que você me arrumou uma mulher, deu uma merda das grandes, se lembra muito bem o inferno que vivi. A única coisa boa daquela farsa foi Sophia.

— Vai passar a vida toda me jogando isso na cara? — Pergunta.

— Mãe por favor. Não é nada disso. Só não estou procurando relacionamento agora, quando eu estiver preparado vai acontecer, sem a interferência de ninguém.

— Filho ingrato. — Diz minha mãe triste. — Você é quem sabe. Está perdendo uma mulher e tanto.

Se levanta e vai rumo a porta sem olhar para trás. Mamãe abre a porta, e alguém cai para dentro do escritório.

Sorrio malicioso com a cena a minha frente. Karol está caída no chão, está corando envergonhada. Fico a encarando, ela fica toda sem jeito.

— Levante-se querida.

Minha mãe pega suas mãos e a ajuda a se levantar. Fico me perguntando o que ela chegou a escutar da conversa. Sei que ela não é boba, já deve ter percebido que meu casamento era uma farsa, não existe fotos de Giovanna em minha casa. Em uma crise de raiva queimei tudo.

"Uma Babá Irresistível"Onde histórias criam vida. Descubra agora