💔Capítulo 3: Adaptações💖

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Ayla

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Ayla

Já fazem dois dias que minha vida mudou o rumo novamente e eu tive que me adaptar com a nova rotina que ainda nem está tão estabelecida assim. Eu nunca fui uma pessoa muito aberta para novas possibilidades, mas tudo mudou de uns tempo pra cá quando tive que aprender a conviver com as mudanças e adaptações. Nunca é fácil, já perceberam isso? Quando já estamos adaptados a uma determinada situação, vem uma tempestade e nos faz mudar o curso, tendo que começar tudo de novo.

Estou aqui no meu quarto nesse momento, deitada na cama com os fones de ouvidos tentando dormir, lembrando do meu primeiro dia aqui nesse prédio. Depois que eu me "perdi" e meu irmão me encontrou no corredor, logo que chegamos em nosso apartamento minha mãe veio correndo em minha direção com o rosto cheio de lágrimas e vermelho, me abraçando e dizendo que eu não deveria fazer isso nunca mais. Confesso que estou até agora surpresa porque minha mãe nunca foi uma mulher de demonstrar muito afeto. Meu pai também me abraçou e me perguntou como eu estava e para onde tinha ido. Eu respondi a mesma coisa que falei para o meu irmão, querendo sair dali e ir arrumar as minhas roupas e tomar um banho. Quando já estava indo em direção ao meu quarto, escutei a voz da minha mãe:

--- Ayla, eu te peço desculpas. Eu não queria falar aquelas coisas pra você, filha. Desculpe-me. --- Viro-me e olho para ela, apenas balançando a cabeça. Minha mãe estava com um olhar preocupado e isso mexeu comigo.

--- Tudo bem, mãe. Eu também errei com vocês, me desculpem. --- Giro-me novamente e sigo pelo corredor.

No resto daquele dia, nada de tão especial aconteceu. Quando deu por volta das 11:00 horas nós almoçamos em silêncio, depois meu pai e meu irmão foram lavar a louça, minha mãe foi resolver algumas questões de trabalho como sempre e eu fui me esconder no quarto.

Agora são três horas da manhã e eu aqui, sem consegui dormir me mexendo de um lado para o outro, pensando no encontro com aquele rapaz. Eu não o conheço, mas ele falou comigo de uma forma tão sincera que me fez feliz e ao mesmo me fez raiva. O olhar dele era surpreso, admirado e preocupado, como se soubesse da minha história, e eu odiei isso porque senti que tudo se repetia de novo... E isso não pode acontecer. Ele chegou em mim da mesma maneira que um dos primeiros cadeados da minha prisão aparaeceu na minha vida.

O que ele queria?

Será que antes dele se aproximar confundiu-me com outra garota e depois que me viu chorando realmente ficou preocupado?

Ele falou que meus olhos eram tristes, mentindo ele não estava. Mas como percebeu isso tão rápido? As pessoas ultimamente não procuram olhar muito nos olhos, apenas um "está tudo bem" como resposta já as sastifazem. E falou de Deus.

Deus..

Confesso que a última vez que fui em uma Igreja ou fiz uma oração foi há dois anos atrás. A minha avó ainda era viva e eu sempre ia com ela, mas com o passar do tempo fui perdendo o desejo de estar na presença de Deus. Me afastei e digo mais, eu acho que tive aquela reação com o rapaz quando ele falou que Deus poderia me ajudar porque bem lá no fundo me sinto sinto abandonada por Ele. Há quanto tempo faz que me sinto solitária e Ele não veio me abraçar? Eu sei das histórias da Bíblia, sei do poder dEle e sei que é Ele quem permite tudo, mas quando estamos feridos esquecemos de tudo e só nos concentramos em nossa própria dor. E eu me concentrei nela.

LIBERTA-ME Um Novo CoraçãoWhere stories live. Discover now