Cap 55

4.7K 231 50
                                    


•Lennon•

- Lennon! - ouço me chamarem e levanto a cabeça vendo tia Amélia - tá tudo bem? -pergunta me abraçando.

- eu to, só to preocupado

- e a minha menina?

- ela tá lá dentro há uma hora, tia. Não me deixaram entrar, não sei oque tá acontecendo, sei nem se ela tá bem - falo chorando em seu ombro.

- se acalma, elas vão ficar bem - fala fazendo carinho nas minhas costas.

De repente ela me larga e lha pra trás de mim. Me viro e a vejo encara mal a mulher que estava lá em casa. Ela ficou preocupada e decidiu vir comigo.

- o-oque você tá fazendo aqui? - pergunta num fio de voz.

- eu vim ver a Maya - fala.

Ela tenta se aproximar e abraçar tia Amélia mas a mesma se afasta.

- ela viu você? - pergunta preocupada.

- viu, estávamos conversando quando isso aconteceu - fala e tia Amélia começa a chorar.

- então foi por isso - sussurra - se ela tá lá dentro é culpa sua, ela não tava pronta pra ver você - acusa gritando - vai embora daqui. Você só trás problema - ponho a mão em seu ombro dizendo pra ela se acalmar.

- eu vou, mas volto quando ela acordar - avisa pegando a bolsa da cadeira.

- você nunca mais ouse chegar perto dela, Maya já sofreu demais por sua culpa. Agora também pode perder as filhas por sua causa - fala.

- eu sou mãe dela quer você queira ou não, e eu vou voltar - eu a encaro confusa.

- essa é a Nádia? - pergunto quando ela sai.

- é, você sabe? - pergunta com os olhos arregalados.

- sei, a Maya me contou - respondo e ela sorri - acha que a Maya teve um início de aborto por ver ela?

- provavelmente, a Maya nunca a viu pessoalmente antes, só em foto - chora mais - Lennon a minha menina.

- foi culpa minha, eu abri a porta. Eu a deixei entrar - me sento passando a mão na cabeça.

- não tinha como você saber, não a conhecia - fala a se senta me abraçando.

- eu sei mais, eu podia ter ficado na sala. Talvez tivesse impedido as duas de discutirem.

- Lennon, para. Não foi culpa sua - acaricia meu rosto - faz o seguinte. - a encaro - ora comigo? - pede e eu assinto.

(...)

Depois de mais uma hora esperando vimos o doutor que estava cuidando dela se aproximando.

Nos levantamos depressa e o encaramos esperando notícias. Ele nos olha analisando nossas expressões como se precisasse saber se estávamos bem.

- e então...

- houveram algumas complicações, a Maya perdeu muito sangue no caminho... - enrola.

- só me diz se elas estão bem - interrompo.

- como a gravidez era de risco infelizmente tivemos que forçar um parto, caso contrário morreriam sufocadas. Mas...respondendo a sua pergunta, sim, elas estão bem  - diz com um sorriso mínimo.

Abre a porta - L7nnonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora