SOLARIUM • jjk + pjm

3 • Prima die

Meia hora antes

ㅡ Jungkook.

ㅡ Mmm... 

ㅡ Vista isso que já estamos saindo dentro de trinta minutos. ㅡ Deixando um terno ao lado na cama, o segurança fechou a porta para deixá-lo se arrumar. 

ㅡ Porra.. Mas eu não dormi nada…ㅡ Remexeu-se na cama ainda sonolento, e forçou-se a levantar. 

Tomou um rápido banho, deu mordidas em uma fruta qualquer e pegou o elevador. No espelho dele viu a própria imagem linda, porém ranzinza, enquanto Namjoon o olhava de canto de olho. 

ㅡ Desembucha. ㅡ O mar de Jeon não parecia estar para peixe logo cedo, irritando-se até com o silêncio. 

ㅡ Você deveria arrumar o cabelo. Tá parecendo doido, caramba... Já bastam esses cortes. 

Jeon virou-se e olhou de baixo para cima. 

ㅡ Doido? Acho que não sou eu que derruba tudo o que toca. ㅡ Implicou, e reparou na mania dele de falar "caramba" quase todas as frases. ㅡ Acha que não sei, né, "caramba"? Que você já quebrou um monte de coisa lá em casa? 

O segurança não se deixou afetar pelo comentário. Já tinha consciência de ser desastrado era uma de suas características. Teve a sorte grande de ter conseguido manter aquele emprego por tanto tempo, já que nos anteriores, fora despedido em menos de duas semanas. 

ㅡ Só queria falar que o cara pra quem você vai trabalhar, não é nem um pouco amigável. ㅡ Mudou o assunto, tentando ser profissional. 

ㅡ E eu muito menos. ㅡ Já saindo do elevador, logo adentraram o carro para seguir para a advocacia. 

Minutos depois

ㅡ Você?!!

Jimin parecia mais com tédio do que confuso com a pergunta do mais novo funcionário. O fitou por cima dos óculos, apenas por dois segundos e voltou a atenção para os papéis em suas mãos. 

ㅡ Está atrasado. 

Um riso seco e desacreditado foi tudo o que Jeon conseguiu soltar como reação. Mal dormiu à noite, por estar ocupado em uma missão de espiar o vizinho e apostar para si mesmo que aquele relacionamento não iria durar. E por quê? Porque supostamente para ele aquilo não era certo. 

E pela maldita coincidência do destino ou um simples azar, o loiro pra quem iria trabalhar, em sua frente, era o maldito vizinho sorridente, em carne e osso. 

Só que agora, não tinha aquele sorriso insuportável do dia anterior. Estava mais para um poço de indiferença. 

Jeon não queria ficar ali no mesmo ambiente que "aquele ser". E não ficou. Em sua cabeça, o pensamento era de que nunca trabalharia para alguém como ele, e até se perguntou o porquê de seu pai ter aquela pessoa como um dos melhores advogados da empresa. Já bastava ter sido obrigado a sair de sua casa, agora estar no mesmo ambiente que aquele tipo de gente? 

Em passos apressados, cruzou os corredores em direção à saída, enquanto ouvia cochichos de alguns funcionários dizendo coisas como "não é aquele o filho problemático do chefe" "Você perdeu, apostou uma hora que ele se mandava", "Sabia que ele não duraria nem um minuto com o Park" .