IV. ruína

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Era 1977. Garotos não deveriam beijar garotos. Remus sabia disso. Não concordava com os motivos para tal proibição, mas isso não importava. Lupin não queria mais nada que o fizesse destoar. Que o destacasse como uma marca-texto. Que fizesse dele alguém fora da norma. A licantropia era suficiente. Mas não era só isso. Seria fácil se fosse. O problema era que Sirius era uma droga. Intoxicação. Overdose. Ainda assim, Remus nunca conseguia se manter distante. Mesmo que sua mente gritasse em protesto, sempre acabava voltando para mais.

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Sirius jamais se importara com pecado. Com tradições, regras, o destino de sua alma. Não se importava com o que falavam sobre homens que amavam homens. Não se importava em ser um desviante.

Como um Black, conseguia lidar com desejo e atração. Tudo o que sua família lhe ensinara, afinal, fora ambição. A querer o que não poderia ter. Cobiçar o que era precioso. Flertar com o perigoso. O problema era justamente o que sua família nunca lhe ensinara: amor. Amar apavorava Sirius. Amar era destruição. Era por isso que ele sempre abandonava Remus após um enlace, deixando o amigo adormecido, enquanto fugia como um covarde. Ficar seria sua ruína

You Left Me (No Choice)Where stories live. Discover now