|48 - Revelações|

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*Itálico - fala em português.

|[Nome] Venturini|

Depois de mais um acordo e de uma pequena mudança de datas na nossa competição, o que gerou uma grande dor de cabeça para as delegações mundiais dos times que iriam competir no sub-19, a nova data do mundial coincidiria com a data do mundial das equipes adultas de vôlei. Eu estava um pouco ansiosa, pois eu, Lena e algumas das meninas encontraremos algumas de nossas companheiras de time do Brasil e eu veria meu primo adotivo, o Bruno, levantador titular da seleção masculina adulta.

Com essa alteração de calendário, eu e as meninas pudemos terminar o ano letivo na Fukurodani. Foram três meses parecendo o céu. Nossos relacionamentos tiveram maior desenvolvimento, saímos como casais, às vezes as outras meninas e meninos do Brasil iam conosco, às vezes éramos apenas eu e Akinori.

Jantei algumas vezes com ele, seus pais e seus irmãos. Os três eram tão parecidos. Foi uma surpresa quando descobri que o garoto tinha um irmão mais velho e uma irmã mais nova. O irmão, que era dois anos mais velho que o meu namorado, jogou vôlei quando estava na escola e também frequentou a Fukurodani, ambos chegaram a fazer parte do time da escola ao mesmo tempo quando Aki entrou no primeiro ano. A garota era três anos mais nova que Aki, e assim como os dois irmãos, jogava vôlei, mas era uma levantadora, assim como eu.

Quando ela me conheceu, ficou com muita vergonha. Entendi o motivo apenas quando os pais de Konoha me contaram que ela era minha fã e assistia aos meus jogos. Sorri com a informação e usei-a para me aproximar mais da garota e agora nos tornamos boas amigas. Aki tem um pouco de ciúmes de nós duas, o que é bem fofo.

Eles conheceram meus tios, os pais de Keiji. Já tivemos um jantar em família e meus pais participaram por meio de chamada virtual, já que poderiam vir ao Japão apenas para o mundial. Meus pais eram donos de uma rede de hotéis de luxo, o que incluía o que eu e as meninas nos hospedamos para as nacionais dos meninos e os pais de Lena eram seus sócios.

Meus pais adoraram Konoha, assim como meus tios. A família do loiro me adotou. Quando seus pais não sabiam algo relacionado ao vôlei, ou tinham dúvidas, sempre me mandavam mensagens e eu explicava. Prometi conseguir alguns autógrafos para eles durante o mundial.

Mesmo em meio a tanta felicidade, havia algo que me corroía e eu sentia que o mesmo acontecia com Helena e Suelen. Ficávamos felizes quando estávamos com nossos namorados, mas quando chegávamos em casa aquela alegria se esvaía...

E assim o tempo ia passando... em um dia qualquer, depois de chegarmos da escola, do treino com a Geovanna e de tomarmos um banho, nos reunimos na sala, junto com algumas guloseimas e Fernanda soltou uma bomba.

"Essa é minha última competição. Não quero mais jogar vôlei. Conversei ontem com meus pais e minha família. É o meu último ano competindo e jogando..." falou a morena e todas a encaramos.

"Como assim, Fer? Vai simplesmente largar o esporte e o que construiu? É uma brincadeira, né?" perguntou Sophia.

Pelo visto nem a loira, que é melhor amiga de Fernanda sabia e então todas as meninas começaram a falar juntas.

"FIQUEM CALMAS. DEIXEM A FER EXPLICAR, CARAMBA!" gritou Helena, fazendo com que todas se calassem.

"Estou falando sério. Irei terminar minhas aulas no Japão. Mamãe ficará comigo aqui, já que é indiferente, pois meu pai viaja o mundo todo a trabalho. Já havíamos conversado sobre mudarmos para cá, eu ter vindo foi um teste. E quanto ao vôlei... eu não sinto mais todo aquele amor, na verdade nunca senti. Continuei, pois conheci vocês e quis ficar o máximo de tempo possível em quadra com esse time... mas como depois desse ano, cada uma irá seguir seu caminho, optei por sair e seguir o meu." a garota tinha lágrimas em seus olhos e todas demos um abraço em grupo nela. "Keiji e eu temos planos... iremos para a mesma faculdade e eu quero ficar." finalizou em um fio de voz quando a soltamos.

Vehemence (Konoha Akinori x Leitora) - Livro 1Where stories live. Discover now