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Era mais um dia em que Alec deixava seu filho com Jocelyn e ia em busca de um emprego, não sabia mais aonde arranjar trabalho, pelo menos um que fosse digno. Claro que em sua cabeça, já havia pensado em trabalhar em boates (qualquer trabalho que recebesse bem), mas era só pensar em seu filho que logo desistia da deia. Não achava que seu filho se orgulharia de ter que olhar para seu pai, e ver ele chegar em casa todo sujo.

Seu filho era seu maior tesouro, sua joia rara, sua preciosidade, sua maior alegria. E nunca, nunca decepcionaria ele. Mas as opções estavam se esgotando e estava quase sem saída de onde trabalhar. Não queria ir para sua última opção.

Algo que ele abominava completamente, mas nunca julgaria quem fazia. Era mais um dia, em que seu desespero era tão grande, que qualquer coisa, qualquer coisa estava bom para ele.

A comida estava acabando, os remédios que comprava para seu filho já tinham acabado, as roupas desgastadas já estavam quase na boca do lixo, o aluguel estava atrasado e nada disso, ele tinha como pagar.

O último dinheiro que tinha, tinha usada para comprar remédios para seu filho, onde o mesmo estava com dor, por causa de um inchaço, pela falta de ar onde fora necessária uma intubação, e por seu sistema imunitário estar baixo, onde era propício a pegar doenças facilmente.

Estava andando pelas ruas frias de Nova York sem saber por onde andar exatamente, já tinha procurado em todos os lugares da cidade, mas não tinha achado um emprego. E foi então que decidiu, fazer uma coisa que nunca faria na vida:

Pedir ajuda a primeira pessoa que esbarrar.

Então começou a andar olhando para todas as pessoas ali, mas não achou ninguém que estivesse disposto a ajuda-lo. Disposto a ajudar o seu filho. Estava fraco, não comia direito a dias, mas era persistente e não iria embora, até ter pelo menos um prato de comida nas mãos.

Distraído, não percebeu que um homem alto vinha em sua direção, então sentiu o impacto quando este homem se chocou contra seu corpo, fazendo os dois irem ao chão. Caiu no chão pensando que sua ação impensada deu certo, se aquele homem iria ao menos se importar com o fato dele ter caído no chão. E na hora em que o viu, desistiu de se mostrar tão desesperado para pedir ajuda.

- Oh, me desculpe, mesmo. Tudo bem? – Ouve o tal homem perguntar já em pé.

- Tudo sim, estava distraído, que eu tenho que me desculpar. – Alec fala se levantando.

- Que nada, bom, meu nome é Magnus, e o seu? – O homem pergunta tendo os olhos de Alec em si.

- Alexander. – Fala.

  - Tudo bem mesmo?

 

  - Não, eu preciso de ajuda, você pode me ajudar? Eu juro que eu faço qualquer coisa. - Disse desesperado.

 

  - Ok, ok, calma, respira. - Fala Magnus.

 

  - Eu... Preciso de ajuda, me ajuda. - Fala.

 

  - Porque eu te ajudaria? Como sei se você não quer se aproveitar disso? Como eu posso confiar em você? - Pergunta desconfiado.

 

  - Eu... Eu faço o que você quiser, mas me ajuda. - Fala chorando e Magnus vê sinceridade em seus olhos.

 

Ele observa melhor Alexander, e seus olhos vão de cima para baixo, vendo o quanto o mesmo estava magro e suas roupas desgastadas pelo tempo seu rosto magro e seus olhos de cansaço. Sentiu uma pena do jovem, que por sinal, não deveria ter mais que 25 anos e já está nesta situação.

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