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A noite anterior, Alexander nem conseguiu dormir, seu filho havia passado mal durante a noite pela falta de ar. No momento em que acordou, às três da manhã ouvindo seu filho ofegar bastante buscando ar, se levantou depressa indo até o quarto do mesmo e por um momento ficou desesperado sem saber o que fazer. Então parou um pouco e respirou fundo, tentando se manter calma, para não alarmar seu filho. Com pressa organizou tudo na cama: respirador, cilindro de oxigênio, almofadas, se sentou na cama ao lado e começou o procedimento, o qual fazia desde que seu filho começou a sentir falta de ar.

Na primeira vez que aconteceu, ficou desesperado sem saber o que fazer, ainda não tinha lidado com isso, então sem experiência, correu para o hospital com o filho pequeno em seus braços tentando respirar. As lágrimas insistiam em cair, mas não podia, não queria se mostrar fraco diante do filho, queria se mostrar seu forte, seu ponto seguro. Depois que chegara ao hospital, foi atendido rapidamente diante da gravidade da situação, a médica explicou tudo a ele, como fazer em casa, já que poderia ocorrer mais vezes. Agradeceu e foi embora, já com seu filho melhor. Aquela foi a primeira de muitas vezes acordado em claro sozinho, em sua pequena casa desgastada, com medo de seu filho precisar do mesmo e ele não estar lá.

Tinha pensado em ligar para Magnus, o mesmo tinha dado seu número a ele para que ligasse se acontecesse qualquer coisa, mas não queria ser inconveniente, não queria ter a ideia de que estava abusando da boa vontade do conhecido. Tinha pensado em ligar para Magnus, somente para ouvir sua voz e tirar toda aquela tensão e angustia que reinava em seu peito, mas logo mudou de ideia e passou o resto a noite pensando em seu filho.

Se levantou com seus olhos cansados e com olheiras e começou a fazer o café da manhã para os dois, depois viu que seu filho ainda não estava acordado então começou a arrumar a casa, e vu que o mesmo não tinha quase nada para levar consigo. Limpou a casa com a vassoura velha que tinha arrumado pela rua, depois recolheu o lixo, organizou a cozinha e a sala pegando tudo o que tinha de velho ou om mofo jogando no lixo, e então, a casa estava limpa.

Viu que o café ainda estava quente e levou para o quarto de seu filho, colocou os pratos na mesa que havia ao lado da cama de Max e o acordou.

- Bom dia meu amor. – Fala vendo o mesmo se remexer.

- Bom dia papai, tudo bem? – Pergunta.

- Tudo sim, conseguiu dormir bem? – Pergunta pela situação de poucas horas atrás.

- Sim, obrigado por cuidar de mim, eu te amo papai. – Fala o abraçando, Alec ficou em choque sentindo vontade de chorar pelo que o filho falou e correspondeu o abraço.

- Eu te amo filho, mais do que tudo. – Fala emocionado. – Agora vamos comer, preparei seu favorito hoje.

- Panquecas? Ebaaaa! Você é o melhor. – Fala pegando o prato e Alec sorri.

Os dois comeram em silencio, uma vez ou outra com Alec fazendo uma gracinha para Max rir, o que arrancava um sorriso de ambos os lados, e Alexander amava o sorriso do filho, fazia qualquer coisa para o ver feliz. Depois que terminaram de comer, Alec se levantou para lavar a louça e em seguida voltou para o quarto do filho, começando a organizar tudo dentro do quarto, tendo Max o observando.

- O que está fazendo papai? – Pergunta.

- Nós vamos nos mudar filho, lembra aquele amigo do papai ontem? Ele vai nos ajudar e você vai ficar bom logo, logo. – Fala arrumando ainda.

- Tudo bem, eu confio em você, te amo. – Fala.

- Também te amo. – Responde sorrindo.

Alec arrumou tudo o que tinha, os brinquedos, as roupas, os equipamentos médicos, os remédios, tudo. Quando tudo estava arrumado, varreu e limpou o quarto e depois trouxe tudo para a sala colocando tudo em cima do colchão. Depois voltou para o quarto e pegou seu filho no colo, o colocando sentando no colchão. Se levantou se verificando se não havia mais alguma coisa faltando, mas viu que não, então voltou para ficar com o filho.

Linia Où les histoires vivent. Découvrez maintenant