10.

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O carro de Joalin estacionou em frente ao bar

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O carro de Joalin estacionou em frente ao bar. Ainda eram nove horas, por isso, imaginei que não estivesse tão cheio. Passamos com facilidade pelos seguranças. Ao entrarmos, certifiquei-me de que estava errada.

A quantidade de pessoas em comparação a quando vim aqui pela primeira vez era menor, mas nem de perto aquilo estava vazio. E, provavelmente, com o passar das horas, mais clientes chegariam. Julguei que o casal ao meu lado aprovou o espaço, considerando o brilho em seus olhares.

— Como conhece esse bar? — Sabina perguntou assim que nos sentamos numa mesa com quatro lugares.

— Foi aqui que Joel me trouxe no dia que saímos. — Joalin rodeou o braço por trás da namorada.

— Escolham o que vamos beber, garotas. Vou até lá pedir. — disse a namorada de Sabina.

Hoje, resolvi beber apenas um copo de uísque, para começar a noite. Afinal, viemos para comemorar. Minha amiga pareceu indecisa, mesmo checando o cardápio da mesa. Se levantou com a namorada, ambas indo até o balcão para decidirem juntas.

Cruzei as pernas, batucando as longas unhas pretas contra a mesa. Observei ao redor, nem um pouco surpresa em ver o ambiente sendo totalmente preenchido, aos poucos.

— Está sozinha, Sina?

Pulei da cadeira ao ver Marcel próximo a mim.

— O que está fazendo aqui? — sem permissão, sentou-se na cadeira da frente – que antes era ocupada por Joalin.

— Noah é dono desse bar. Como o ótimo amigo que é, me deixa trabalhar aqui em algumas noites. — ele virou o copo de cerveja que segurava.

Ótimo! Por que sequer fico surpresa com isso? Definitivamente, não há como essa noite piorar! Estava me arrependendo de ter vindo até aqui. Fiz menção de levantar, mas Marcel foi mais rápido, colocando-se no caminho.

— Saia da minha frente, Marcel. — tentei passar por ele, mas outra vez, fui impedida. — Prometo não te importunar, ok? — levantou as mãos em rendição. — Eu te vi aqui, sozinha, então decidi vir dar oi. Só isso.

— Para sua informação, não estou sozinha. Vim com umas amigas. Elas estão no bar. Agora, dá o fora daqui e volte para o seu trabalho. — desistindo da fuga, voltei a me sentar.

Marcel debruçou-se sobre a mesa, aproximando nossos rostos perigosamente.

— Fui liberado por alguns minutos. Para ser sincero, queria conversar com você. Esse é o momento perfeito, não acha? — abri a boca a fim de mandá-lo se foder, mas uma terceira voz me manteve quieta.

— Eu não acredito que você está vivo. — Sabina berrou ao se aproximar da mesa. — E pior, em Londres!

Porra. Esqueci totalmente de contar para minha amiga sobre nosso reencontro naquela maldita festa dada por Noah.

HANDS TO MYSELF - Noart Where stories live. Discover now