01 | dinner

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GEORGE RUSSELL 📍Monte Carlo, Monaco

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GEORGE RUSSELL
📍Monte Carlo, Monaco

— Você tá me escutando ou eu estou falando sozinho?

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— Você tá me escutando ou eu estou falando sozinho?

A voz de Alex entrou pelos meus ouvidos, me fazendo acordar do pequeno transe que eu acabara de passar. Me endireitei não cadeira, recostando as costas no acento acolchoado de onde eu estava sentado.

— Foi mal. — suspirei, voltando minha atenção para meu melhor amigo. — Do que você estava falando?

— Do baile de inverno. — ele diz, com um pequeno sorriso saindo dos lábios. — Eu queria que você levasse Eliza.

Quase cuspo o suco de laranja que estava tomando. Olhei espantado para Alex, que não entendia todo o meu desespero. Bom, ele não entendia porque não sabia como era estar na minha pele.

— Você quer que eu leve a Eliza? — Pergunto, desacreditado.

— Sim. — Ele diz como se fosse a situação mais simples do mundo.

— O que você tomou cara? — Pergunto mais uma vez. — Eu não vou levar Eliza para o baile de inverno.

— Por favor, cara. — Ele praticante implora. — Ela me falou que já cansou de ir comigo ao baile, e ainda por cima tem aquele ex-namorado tosco dela.

Ah. O ex-namorado. Mais um motivo por eu odiar Eliza Albert. Ela inventou de namorar um repórter a alguns meses. Deu que ele era um total maluco, e ela aproveitou e deu um pé na bunda logo quando pode. Mas não quer dizer que ele não tenha ido procurar ela em alguns lugares.

Inclusive comigo.

Ele achava que eu tinha algo com Eliza e que tinha sido eu a razão do término dos dois. E meu Deus, eu odeio a ex-namorada dela tanto quanto ele! Esse cara não me deixou por meses, e finalmente sumiu depois de um tempo.

Mas o difícil é que os jornalistas esportistas são bem difíceis de lerem. Esse cara pode aparecer aqui na sexta-feira à noite como se já me conhecesse a anos. E eu odiava isso.

— Me diz um motivo para eu levar ela ao baile, e se você encontrar algum, eu levo.

— Porque ela é a minha melhor amiga. E você é meu melhor amigo. — Completou.

— Mas eu não sou melhor amigo dela.

— Você quer parar de agir que nem jma criança de oito anos? — Ele resmunga. Solto uma risada nasalada e Albon me olha feio.

— Eu levo ela. — Respondo. — Mas não prometo trazê-la para casa.

[...]

Quinta feira. Um dia antes do baile de inverno da FIA. E nesse momento, eu estava separando meu Armani que acabara de chegar da lavanderia.

Deixei o pacote de plástico em cima dos lençóis brancos da minha cama. Meu celular vibrou no bolso, e em seguida apalpei o jeans de lavagem clara afim de saber em qual compartimento ele estava.

— Oi, é o George. — Atendi assim que o tirei do bolso traseiro da calça.

— Eu sei que é seu idiota, eu que liguei pra você. — Alex diz entre risadas do outro lado da linha. — Tenho uma coisa pra te falar.

— Tem a ver com a bruxa?

— Você é tão estraga prazeres, George Russell. — O meu melhor amigo suspira do outro lado da linha. — Liz quer que vocês dois estejam combinando amanhã à noite.

— Que milagre, eu achava que ela me
odiava. — Digo.

— Você não faz ideia do que ela fez comigo depois que descobriu que o acompanhante que eu tinha achado era você. — Alex suspira, e instantes depois volta a falar. — Azul marinho, vocês vão de azul marinho.

— Azul marinho!? — Indago.

Tiro de forma rápida o terno de dentro da sacola, dando de cara com um conjunto bege mais puxado pro marrom. Olhei direto para o armário, e não encontrei nenhum Armani azul marinho ali.

— Eu odeio essa garota. — Digo — Eu comprei um bege, e não tem como devolver.

— George, você é rico. — Ele diz — Comprar um terno azul marinho é quase nada comparado ao valor da sua Mercedes.

Grunhi, me despedindo dele logo em seguida. Desliguei a ligação e coloquei me celular novamente no bolso traseiro do jeans. Peguei as chaves do carro e sai do apartamento, indo em direção ao estacionamento do lugar.

Não demorou muito para eu chegar ao centro de lojas. Meu terno era sob-medida, então eu compraria um para sexta feira.

— E aí, Russell, o que vai querer hoje? — Jeff, atendente da loja e meu amigo de longa data pergunta.

— Um terno azul marinho. — Digo. — Mesmo número de sempre, 42.

Jeff mergulha por entre as pilhas de ternos e calças, demorando alguns minutos para sair de lá de dentro. Tentei olhar pela porta que nós separava, e quando percebi, ele já estava de volta.

— Está lavado e passado. — Ele diz — Mas se eu fosse você, faria mais uma lavagem por precaução.

— Pode passar. — Digo, e entreguei o cartão de débito na mão de Jeff. Ele me olhou espantado e eu ri.

— E quem é a sortuda?

— Uma garota que meu melhor amigo precise que eu saia. — Digo. — Ela não tem par, mas tem um namorado psicótico. Segurança eu acho.

Segurança dela, porque em nenhum momento o idiota do Alex pensou na minha.

— Bom, espero que se divirta George.

— Também espero Jeff.

Rimos, e eu sai da loja com o terno novo em mãos. Agora quero ver essa garota reclamar de alguma coisa. Se for pra passar a noite sem falar com ela, até 1000 rosas eu compro.

Dirigi de volta pra casa e joguei o terno em algum canto do armário.

GOOD IN BED | GEORGE RUSSELL.Onde histórias criam vida. Descubra agora