06 | surprise!

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GEORGE RUSSELL📍Monte Carlo, Mônaco

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GEORGE RUSSELL
📍Monte Carlo, Mônaco

Quatorze de dezembro, três e quarenta da manhã, Paris de Monte-Carlo

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Quatorze de dezembro, três e quarenta da manhã, Paris de Monte-Carlo. Esses eram os dados da foto que eu estava vendo em meu celular. Eliza deitada em meus braços, com os lábios inchados e o cabelo amassado. Eu, com um sorriso e os lábios manchados com o batom dela. Sem falar nas marcas em meu pescoço, que se duvidarem, estão aqui até hoje, dois dias depois do acontecimento do hotel.

Suspirei, e fechei a tela do celular. Minha campainha tocou, e eu me levantei do sofá para abri-la. Alex passou pela mesma, com um sorriso no rosto. Viajaríamos os três (Eu, ele e Eliza) para passarmos o natal com a nossa família.

— Já está com as malas prontas? — Ele perguntou, se sentando no sofá. A televisão já estava ligada.

— Terminando de arrumá-las. — Digo — Falta o que, cinco dias?

— Isso. — Por alguns segundos, ele fica calado. Mas pigarreia instantes depois. — Voce sabe o que a Liz tem?

— Não. — Digo nervoso, tentando esconder ao máximo o sentimento. — Aconteceu alguma coisa?

— Que estranho. — Ele responde, me olhando de relance. — Voce tá se importando.

— Para com isso. Eu ia dizer que se fosse por causa de mim não teria motivo, fiz tudo o que você mandou. — Respondo apressado, e vejo Alex soltar uma pequena risada.

— Ela anda meio tensa desde o baile. — Alex responde, mas não parece desconfiar de nada.

Levanto do sofá, indo em direção a cozinha. Abro a geladeira e pego um refrigerante, jogando outro para Alex, que o pega no ar. Teríamos alguns compromissos depois do almoço, e enquanto não chegava a hora de sairmos para comer, ficamos no sofá, botando conversa fora.

Não sei se Eliza contou pra ele sobre nós. Muito provavelmente não. Também não iria contar, até porque não foi algo muito importante.

E espero  que continuasse assim.

[...]

No banco do carona, eu via Alex dirigir pelas ruelas de Monte Carlo. Iríamos buscar ELiza em sua casa, para podermos ir almoçar e começarmos a treinar logo depois. Mesmo em férias, os treinos continuavam, tudo para não perder a forma e esquecer como se dirigia um carro.

— Ok, então o horário do Alex está marcado para a sete. — Albert diz, entrando no banco de trás do carro. — Boa tarde Albon, e ah... boa tarde George.

— Boa tarde, Albert. — Digo sem animação alguma. Ela solta um sorriso sarcástico e volta sua atenção para o melhor amigo.

O almoço foi tranquilo. Comemos salmão em um restaurante a beira do mar, e seguimos para pista de kart. Graças a Deus, não estava muito lotado e não tinha muita fila para começar os treinos.

— Eu vou cronometrar seu tempo, tente fazer a volta toda em um minuto e meio. — Eliza diz para Albon, enquanto ele colocava o capacete. Ele se retirou minutos depois, e depois, ela voltou sua atenção a mim. — Contou pra ele?

— O que? — Eu digo. — Você me mataria. Não sou doido.

— Que bom que sabe. — Ela diz. Uma pequena risada sai dos meus lábios e ela me lança um olhar interrogativo. — O que foi?

— Para quem me odeia você parece ser muito interessada no assunto. — Eu digo, meus lábios formando um sorriso pequeno. Ela parece ficar mais brava. Como se eu fosse adivinhar que ela ficaria com mais raiva do que já estava, pego meu celular, abrindo na foto. — Viu? isso tudo é amor encubado, mon chérie.

— Porque você tem isso? — Ela pega o celular da minha mão. — Olha, não importa se fizemos mil e uma coisas naquela noite. Isso não muda o fato de que eu ainda não gosto de você.

— Esse é seu medo? — Permaneço sério. — Fique tranquila, eu sinto o mesmo.

Saio da sala indo em direção ao meu kart. Albon largaria em segundo e eu em terceiro. Conseguimos fazer a volta em um minuto e meio, assim como Eliza disse que faríamos. Ultrapassei Albon e terminei o treino em primeiro lugar.

Eliza me olhava com os olhos flamejante de raiva. Devolvo o mesmo olhar para ela, entrando na salinha. Não voltei a ve-la até o natal.

[...]

TRÊS SEMANAS DEPOIS...

Eu amarrava a minha gravata na frente do espelho. Olhei o horário no meu relógio, eram oito e meia da noite. As nove, deveria estar na casa de Albon.

Entrei na minha mercedes cinco minutos depois. Os pais dele moravam relativamente perto da minha casa em Londres, então não foi preciso muito tempo para entrar pela porta da casa dos pais dele.

A casa estava relativamente cheia, com todas as trezentas irmãs de Albon, e claro, Eliza. Ela foi a primeira pessoa que eu vi, mas não porque a procurei, e sim porque ela estava literalmente em pé na frente da porta.

— Uh, minha primeira lembrança do natal é você? — Eu pergunto, provocativo. Ela parece não entrar na brincadeira, e eu começo a ficar confuso. — O que foi?

— A mãe do Alex desconfia de nós dois. — Ela
diz em um sussurro. — Não estrague tudo.

"Para quem me odeia tanto, você está falando muito caso." Pensei em falar isso, mas Eliza Albert já estava longe o suficiente. Caminhei calmamente até a mesa de jantar, onde toda a família de George me recebeu com um grande sorriso no rosto.

— Boa noite, George! — A mãe de Alex exclamou, me puxando para um abraço caloroso. O devolvi na mesma intensidade. — Se importa em sentar ao lado de Liz?

— Não. — Respondi com naturalidade, fingindo que eu não iria explodir - não literalmente - se eu sentasse ao lado da mulher. Caminhei até o lado oposto e puxei a cadeira ao lado de Eliza.

— Viu, ela desconfia um pouco. — Ela sussurra para mim, enquanto os outros estavam ocupados se servindo ou conversando com alguém.

— Sem problemas. — Respondo no mesmo tom. — Ela não vai descobrir de nada.

Sirvo meu prato de ceia e espero todos começarem a comer. O jantar foi caloroso, e isso me fez lembrar o porque de amar passar as festas de finais de ano com a família de Alex. Tiramos fotos na árvore de natal, os familiares trocaram presentes, e quando deu uma da manhã, eu dirigi para a minha casa. Sozinho.

GOOD IN BED | GEORGE RUSSELL.Onde histórias criam vida. Descubra agora