07 | we can do this.

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ELIZA ALBERT 📍King's Lynn, England

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ELIZA ALBERT
📍King's Lynn, England

Parei o carro na mesma vaga onde Alex costumava parar. Peguei meus saltos em mãos, e comecei a andar descalça até a porta. Bati três vezes, com rapidez por conta do frio. E esperei para que ele pudesse atender.

Assim que George abriu a porta, entrei na sua casa. Ele ainda estava com o terno, sem o blaser, mas a camisa social branca estava desabotoada até a altura do peito. Russell não entendeu primeiramente o que eu estava fazendo ali, mas mesmo assim, não me expulsou da casa dele.

— Podemos fazer isso. — Eu começo a dizer. — Sabe, você é um adulto e eu sou uma adulta e nós dois temos necessidades, e somos solteiros. O importante é não contar nada para ninguém e-

Fui cortada rapidamente pelos lábios quentes de George. Ele me segurou com os dois braços pela minha cintura, trazendo o meu corpo para mais perto do seu. Não tinha percebido nossa diferença de altura praticamente grotesca.

— Porque você não me falou que queria? — Paro o beijo e comento com ele.

— E se você não quisesse? — Ele diz, se afastando um pouco. — Seria a minha sentença de morte.

Não respondi, porque voltei a beija-lo. Tirei a sua camiseta social ali mesmo, a jogando em algum canto aleatório da sala enorme de George. Amanhã eu lutaria para achar minhas roupas por aqui.

Subi as escadas no colo de George, comigo envolvendo seu quadril com as pernas. Meu vestido saiu do meu corpo assim que eu cheguei na suíte de Russell.

E depois disso, botamos fogo no quarto.

[...]

— Meu Deus, seus travesseiros são tão macios. — Comentei, ainda suada por conta do que fizemos. O peito de George ainda subia e descia. — Onde você comprou?

— Eu mandei fazer. — Ele responde. — Sabe, essas situações de coluna de piloto.

— Os treinos do Alex estão me matando. — Eu reclamei. — Daqui a pouco a temporada começa e eu vou ter pelo menos alguns dias de descanso.

Me viro na direção de George, e o vejo olhando direto para o teto. Ele tinha o maxilar cerrado, e eu não poderia negar que: Meu Deus, esse cara é muito gostoso. Muito gostoso mesmo.

— Não quer tirar uma foto? — Ele me pergunta.

— De você? Eu passo.

— Incrível como você consegue ser tão desagradável. — Ele diz.

— Desagradável? Eu? — Me sento na cama, e o vejo levar o olhar direto para os meus seios. — Viu? E eu que sou a desagradável aqui.

— Você me odeia por nada!

— George, seu orgulho é do tamanho do Burji Khalifa! Então sim, eu tenho um motivo bem aparente para não gostar de você.

— Ótimo, porque eu também tenho. — Ele responde, sentando na cama novamente. — Você é muito mandona com o Alex e nunca deixa ele em paz.

— Talvez porque eu seja agente dele?

— Mas isso não te dá o direito de sempre tudo ser do seu jeito. — Ele exclama.

E foi assim o resto da noite toda.

[...]

As nove da manhã, levantei do sofá onde eu dormi na noite anterior. Um lençol fino estava envolto no meu corpo, o qual eu mesma peguei no armário de George.

Andei por aquela casa gigante e fui em direção a sala, catando minhas peças de roupa do chão. Escutei passos atrás de mim, e vi George com cara de sono, usando uma samba-canção azul.

— Jura que você dormiu na sala? — Ele pergunta, e eu só faço olhá-lo. — Socorro, você é tão orgulhosa.

— E isso te faz menos orgulhoso, não é? — Pergunto retoricamente, começando a andar pelo corredor esguio da mansão de George. Ele seguia atrás de mim, até chegarmos ao seu quarto.

Peguei meu vestido do chão, junto com a meia calça. Me tranquei no banheiro por cinco minutos seguidos, me vestindo com as roupas da noite anterior. Ao sair, vejo que Russell não estava no quarto.

O encontrei na sala de jantar, comendo um iogurte grego com algumas frutas dentro. Ele não fez questão de me olhar quando eu entrei na cozinha, abrindo a geladeira e pegando o suco de laranja.

Eu conhecia bem a casa dele. Sempre fomos nós três: Eu, Alex e George. Também tinham os outros pilotos, mas todos eram coadjuvantes na nossa história. Conhece-lo desde a infância quer dizer conhecer ele muito bem, e odiá-lo também.

Lembro que, a mãe de Alex, tinha uma foto de nós três juntos. Alex sorrindo para mesma e eu e Russell aos tapas no fundo. Minha mãe tem uma cópia dela na geladeira.

— O Alex tem treino às dez. — Digo, olhando o horário no meu relógio. — Você pode ir se quiser também. Lando vai estar lá.

George apenas me olha, o que me dá a deixa de sair dali. Fui até a pia da cozinha e lavei o copo. Ele estava plantado ao meu lado, e a proximidade com ele me dava um pouco de ansiedade e angústia, mas eu não sabia identificar se aquilo era bom ou não.

Andei novamente até a sala, terminando de calçar meus saltos. Quando eu estava prestes a sair pela porta da frente, escutei a voz de George.

— Vejo você no treino.

Fechei a porta atrás de mim e segui para o meu carro. Entrei no mesmo, já ligando o aquecedor e esfregando minhas mãos uma nas outras.

Suspirei pesado, e pensei que, se eu queria que aquilo desse certo, ele deveria querer também. E não faço questão nenhuma de continuar dormindo com ele às escondidas se isso nos for levar a mais uma briga.

Talvez a nossa vida seja assim. Talvez eu esteja destinada a odiar George Russell o tanto quanto ele me odeia.

GOOD IN BED | GEORGE RUSSELL.Onde histórias criam vida. Descubra agora