Capítulo 1

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𝐎𝐍𝐄

"Convoquei você. Por favor, venha até mim. Não esconda os pensamentos que você realmente quer. Eu te encho. Bebo do seu corpo. Dentro de mim está o que você realmente deseja. Venha, me deite. Porque você sabe disso. Porque você conhece esse amor. No meio da noite apenas chame meu nome, eu sou seu para ser domado" – Elley Duhé.

{...}

Narrado por Harry Potter

– Harry... – eu ouvi como sussurro, bem baixo e próximo dos meus ouvidos.

Por um momento eu sorri de canto, afagando-me mais no colchão macio e afundando meu rosto no travesseiro de pluma de ganso, satisfeito pela forma que fui acordado e pelas lembranças que me invadiam da noite passada.

Tentei abrir os olhos, mas os fechei de imediato, arfando com os fracos raios de sol que atravessavam a vidraça fosca da janela e fazia minhas pupilas arderem – estas que já são sensíveis pela ausência de melanina. Mas isso não me impediu de reconhecer aquela voz, aquele cheiro e os toques suaves que passei a sentir nas minhas costas. Seus dedos, tão delicados e suaves, brincavam trilhando um caminho imaginário pela extensão dos meus músculos expostos; traçando símbolos e desenhos que fui incapaz de distinguir graças à forte sonolência.

E isso só alargou meu sorriso, mordisquei o lábio inferior ao sentir minha excitação querer subir, ficando de bruços para facilitar o seu acesso completo ao meu dorso que agora parecia ansiar por seus toques pertinentes. Suas carícias iam desde a minha sensível nuca, onde fazia questão lamber, até a vulnerável lombar, eriçando todo meu corpo com cada ato angelical que só aumentava minha libido. Aquilo estava bom. Não, estava muito melhor. E que se dane as fisgadas de dor na cabeça pela ressaca da noite passada – já me sentia querer endurecer.

Seus lábios gélidos e molhados vieram novamente de encontro com minha pele quente, distribuindo beijos e mordidas num pequeno e deleitante choque térmico, intensificando os arrepios.

Suspirei de prazer. Continua, era tudo que eu pensava.

– Pensei que já tinha ido – sussurrei com a voz rouca e embriagada de sono e deleite, degustando dos toques. – Ouvi o barulho do chuveiro mais cedo e ontem você disse que sairia de manhã, soubesse tinha feito um feitiço despertador.

– Eu sei, mas não quis te incomodar, já estou de saída – ouvi atrás de mim entre um beijo e outro. Sua respiração estava tórrida e um tanto descompassada, batendo contra meu pescoço e causando um pouco de cócegas. – Só estou me despedindo... – tremi de repente, um chupão na nuca. – Até porque vamos ficar um tempinho sem se ver. Volto pra casa hoje.

– Tinha me esquecido desse detalhe – falei baixo, deixando escapar um grunhido rouco ao sentir sua mão boba brincar com o cós da minha samba-canção, ameaçando descê-la para tocar no meu pau. – Hm... você tem certeza que tem que ir agora?

– Eu tenho certeza que você vai acabar se atrasando se eu ficar.

Dei os ombros. – Idai? Já estou praticamente de férias mesmo. A única certeza que eu quero agora é que você vai terminar o que está começando.

– Mas eu não estou fazendo nada... – sussurrou de novo, de um jeito malicioso, abaixando de vez o elástico irritante que atrapalhava sua mobilidade e agarrando toda a extensão do meu falo, iniciando movimentos lentos de vai e vem com plena e total maestria nas mãos.

𝟑𝟓 𝐝𝐚𝐲𝐬 | 𝐃𝐫𝐚𝐫𝐫𝐲Where stories live. Discover now