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Eu sempre sonhei com o meu primeiro beijo, eu me imaginava em um lugar super romântico, criava cenários na minha cabeça, beijava o Edmundo do post das Crônicas de Nárnia que eu tinha no meu quarto, lembro até hoje a cara confusa da minha mãe quando me viu fazendo aquilo, aí meu Deus aquilo foi tão desconfortável.
Mas todo meu planejamento foi jogado em uma tarde ensolarada no fundo da minha escola, detalhe: O garoto era mais novo do que eu.
O beijo não foi nada como eu imaginei é claro, e eu jurei que nunca mais iria beijar alguém na minha vida, afinal aquilo era nojento, mas é claro que minha promessa foi por água abaixo assim que aquele aluno novo chegou na minha sala.
Peter.
Minha primeira paixão, meu primeiro segundo beijo e minha primeira decepção.
Eu realmente não tinha sorte com garotos.
( E eu só tinha beijado dois em toda minha vida de pré-adolescente patética)
Eu chorei por semanas, dizia que os homens era um monte de merda e não prestavam para nada.
Minha vó disse que conheceu alguém na época em que ela estudava, e dizia que aquela raiva era algo normal pra minha idade, e que o amor não tinha pressa, as vezes ele era ligeiro outras vezes demorado e que agia de forma desconhecida.
É claro que eu achei aquilo tudo uma bobeira, mas eu nunca esqueci aquelas palavras, de alguma forma aquilo me dava esperança de conhecer alguém.
Mas aquele beijo, ele foi diferente, foi calmo mas quente, eu não tinha tanta experiência com beijos, tinha beijado apenas 3 garotos em toda a minha vida, era como se eu estivesse esperando por aquilo por toda a minha vida.
Meu coração saltava tanto que até fiquei com medo de acordar os outros que estavam no dormitório.
Minhas pernas tremiam e a minha barriga estava com se eu tivesse engolido o polo norte inteiro.
Eu ainda não tinha acreditado, tentei respirar fundo, e só consegui sair dalí quando vi que as minhas pernas não iriam me trair.
Quem sabe amanhã eu não acorde e percebo que tudo isso era um sonho, me preocuparia depois em tentar saber o porquê ele estava no meu sonho, e porquê ele me beijou.
[...]
- Sn? Você está viva?
Uma voz que parecia distante me arrancava do meu "coma" abri os olhos com dificuldade, me arrependendo de abri-los assim que os raios do sol me atingiu.
- Pansy ainda é cedo.
Reclamo chorosa.
- Sn são duas da tarde, tentei te acordar mais cedo só que você parecia uma pedra.
