Capítulo 2

3.8K 500 138
                                    


Halina

- Halina! - Minha irmã gritou.

- Se agarre a mim, Skadi. Só fique perto de mim! - Apertei a garotinha loira em meus braços.

- Eu estou com medo. Hali, para onde estão nos levando ?- ela estava chorando.

- Não sei. Ainda não sei. - Murmurei em resposta.

Nossos pais nos entregaram a dois estranhos e agora estamos na parte de trás de uma vã. Skadi está agarrada a mim e eu apenas observo ao redor. Skadi tem apenas um ano e poucos meses, já fala melhor do que muitos adultos. Eu tenho quatro anos.

- Hali. - Eu a apertei mais a mim quando a vã balançou.

- Eu vou estar sempre ao seu lado, sabe que é a única pessoa com a qual eu me importo. - Confessei.

A vã parou e fomos agarradas por dois homens. Não tentei resistir, apenas segurei na mão da minha irmã. O prédio a frente era cinza e desprovido de vida, a neve branca ao redor dava destaque a escuridão que cercava o lugar. Um homem e uma mulher apareceram a nossa frente.

- Olha só, Mercadorias novas. Falcão, essas vão pra a sua escola. - A mulher falou.

- Vamos separa-las. - O homem ordenou.

- Não! Halina! Por favor! - Skadi estava com o rosto vermelho, seus olhos azuis estavam apavorados e tinham alguns flocos de neve no seu cabelo. - Hali!

- Cala boca! - Um dos homens deu um tapa no rosto da minha irmã ela passou a chorar em silêncio.

- Vai se arrepender disso. - Declarei, observando o capanga.

- Veremos, garotinha tola. - Me atentei ao seu rosto e então encarei o tal de falcão.

Eu fui levada para um lugar diferente do que a minha irmã estava. Sabia que a partir dali nosso futuro estava em jogo.

°°°

- Para! - O homem berrou quando eu arranquei seu dedo com um alicate.

- Nem nos seus sonhos. Eu disse que você iria parar.

- Vai ser punida por isso! - Ele declarou e eu revirei os olhos.

- Punida ? Por colocar em prática o que aprendi aqui ? Não queriam me tornar uma assassina ? Parabéns, sou a melhor dessa escola. - Peguei uma tesoura especial e comecei a cortar sua orelha.

Eu tinha doze anos, consegui burlar os vigias e dei uma dose de sonífero para esse homem. O trouxe para um dos quartos de tortura que temos na escola.

- Isso foi por um dia ter encostado na minha irmã caçula. - sorri diante dos diversos instrumentos de tortura. - A nossa noite vai ser longa.

- Eu tenho filhos! - Ele grita, tentando me convencer a parar.

- Não me importo, vão ficar bem melhor sem você. - Respondi.

- Você é criança! Não quer que eles cresçam sem o pai, quer ? - Eu sorri diante da frase. - Pense nos seus pais.

- Errou em algo. Eu nunca tive pais. Minha única família é a minha irmã caçula, aquela mesma menininha que você bateu há oito anos.

- Faz oito anos! Como consegue guardar o rancor ?- Ele estava chocado que eu me lembrasse.

- Ninguém toca no meu é meu e sai em pune. - O lancei um olhar sombrio. - Ninguém.

- Você é um demônio! - Ele exclamou assustado, ele já tinha várias partes do corpo faltando, mas nada que fosse vital.

Our Pretty Killer (Em Pausa)Where stories live. Discover now