Adotada Por Um Vampiro

Capítulo 87

Larah

Estou me sentindo em guerra comigo mesma, eu quero ver o Derick, quero abraçar meus bebês, mas algo em mim me impede disso, minhas decisões não parecem minhas, eu não pareço eu mesma, mas não me sinto mal por isso.

Fico olhando a lua, está tão grande e brilhante, quero voar pelo céu, abro minhas asas e vôo para longe, eu sei que preciso resolver isso, eu preciso.

Vou em direção ao reino do meu pai, pouso no terraço do castelo e procuro ele, acho que estou a meia hora procurando e estou completamente perdida, desisto e sento no chão, maldito labirinto, acho que eu deveria desistir e voltar para minha casa, estou melhor assim.

Nicolai —senhorita Larah, precisa de ajuda? / Vejo ele aparecer em minha frente, não sei o que dizer depois de nocautear ele.

—desculpa, sabe onde meu pai está? / Falo e ele me ajuda a levantar.

Nicolai —irei te levar. / Sigo ele pelos corredores até entrarmos no que parece ser uma academia, vejo Darlan sem camisa batendo em um saco de areia, vejo Nicolai ir embora e me deixar ali.

Acho que não devia interromper o treinamento dele, provavelmente vai ficar mais bravo comigo, me sento em uma cadeira e fico esperando ele terminar, é impressionante como Darlan parece perfeito de qualquer forma, o corpo dele está sempre na medida certa, não é igual aos lobisomens que sempre tem muito músculo, as vezes parece que eles tem mais músculo do que cérebro, tirando alguns é claro, Killian parece pensar bem antes de agir ao contrário do Klaus que age por impulso e raiva, mas ele está mudando.

Não posso culpar minha mãe por ter traído o marido, acho que Darlan consegue qualquer mulher que quiser.

Darlan —estou ouvindo seus pensamentos. / Diz enquanto continua a treinar.

—se você fosse um bom pai não faria isso. / Falo notando que a cada soco e chute o saco de arreia parece rascar.

Darlan tá um soco e o saco fura fazendo areia cair no chão, vejo ele pegar uma toalha para tirar o suor, me pergunto por que meu pai tinha que ser um Deus grego de tão bonito.

Darlan —sempre que olho seus pensamentos minha autoestima sobe apesar de eu saber que sou perfeito. / Filho da puta narcisista.

—nem nos pensamentos tenho privacidade, é foda. / Falo por falar.

Darlan —irei tomar um banho, a gente conversa na sala de reunião. / Vejo ele passar por mim sem nem olhar direito para minha cara, provavelmente ainda está bravo.

(...)

Fico longos minutos esperando até ver ele entrar na sala, seu cabelo loiro está molhado e bagunçado, deixa ele com um ar mais irresponsável.

—pensando bem, acho que só vim dar um oi. / Falo me levantando para ir embora.

Darlan —se você ir não venha me pedir ajuda de novo. / Seu olhar sério me faz parar e sentar na poltrona novamente.

—como vai me ajudar? / Pergunto curiosa.

Darlan —esta decidida a desbloquear seus sentimentos não é? / Ele está me olhando.

—eu quero voltar a sentir. / Falo ainda não decidida.

Darlan —amanhã irei desbloquear, não poderá voltar atrás amanhã então se decida hoje, além disso, sinto que aconteceu mais alguma coisa com você durante a lua vermelha. / Ele parece se preocupar um pouco comigo.

—esta bem.

(...)

Deito na cama e fico a pensar bastante, acho que voltar a sentir seja a melhor escolha, preciso aprender a viver com meus sentimentos. Desligo a luz do abajur e me cubro com a coberta, fecho meus olhos e adormeço.

(...)

Acordo com a sensação de alguém no pé da cama, abro meus olhos e vejo que é meu pai me observando, isso é muito estranho.

—o que você.....

Darlan —Larah, você estava pedindo ajuda enquanto dormia, dizendo que ela queria decidir por você. / Eu não sei do que ele está falando, eu não consigo sonhar mais.

—deve ter sido impressão sua, eu não quero mais desbloquear meus sentimentos, estou bem assim. / Tento me levantar mais ele me prende na cama.

Darlan —não. / Chuto a barriga dele e corro do quarto, não entendo porque estou tão aflita.

Vou para o jardim, quando estou prestes a voar Darlan aparece em minha frente e me segura, ele pronúncia algo em meu ouvido que faz meu corpo doer inteiro, sinto como se toda minha insegurança voltasse, caio no chão de joelhos até a dor passar.

Darlan —foi para o seu bem. / Eu não....

Me levanto, abro minhas asas e vôo para longe, eu não queria que tudo voltasse dessa forma.

(...)

Vôo até uma alcatéia pois sei que ninguém irá me procurar, pouso lá e decido pedir permissão do alfa da alcatéia para ficar um pouco.

Caminho pela alcatéia enquanto todos olham para mim.

Killian —Larah? O que faz aqui? / Me viro e vejo o supremo no meu lado.

—longa história, posso ficar? / Pergunto insegura com tudo que aconteceu.

Killian —pode sim, vem comigo. / Ele me leva até uma mansão enorme, entramos, sigo ele pela casa até um quarto.

—irei ficar aqui? / Pergunto curiosa.

Killian —pode ficar com esse quarto, sei que não é igual ao luxo que os vampiros tem, mas acho que vai gostar, pode ficar quanto tempo quiser, quando quiser conversar estarei aqui para ouvir. / Tão atencioso.