Capítulo 21

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Anahí: Prove. –ofereceu a Alfonso a uva que acabara de pegar do cacho, em seguida pegando outra para ela-

Anahí finalmente mostrava a ele as uvas que se transformavam no delicioso vinho que eles tomavam. A plantação ficava um pouco mais afastada da mansão, e por isso ela quase não ia ali. As uvas eram muito doces, frescas e apesar de quase nunca fazer, ela adorava pegá-las diretamente do pé e prova-las. Achava o sabor diferente de quando o cacho não estava mais em sua raiz.

Alfonso: É deliciosa. –falou após provar a uva que ela lhe deu, vendo o seu sorriso orgulhoso- Explica por que o vinho é tão bom.

Anahí: É um campo pequeno. –ela olhou pelo horizonte, vendo toda a plantação- A fabricação é pouca.

Alfonso: É uma pena. –constatou- O mundo está perdendo essa preciosidade. –disse com um riso- Mas conversei com Josh, ele disse que ainda dá para comercializar pela região.

Após o episódio com a tia de Alfonso há dois dias, os dois seguiam vivendo aquilo que não conseguiam mais disfarçar. Depois que Alfonso explicou tudo o que estava acontecendo, sentiu-se mais leve. Não sabia que deveria ter contado sobre aquilo a ela, até contar. Agora os dois não tinham mais segredos, mas Alfonso ainda tinha uma bomba relógio em suas mãos que não sabia o que fazer com ela.

Mas Anahí o entendeu, ficou furiosa em imaginar que ele estaria atrás de uma mulher para se casar, e sentiu essa fúria ir embora quando o ouviu dizer que não estava atrás de noiva alguma. Ela não sabia o que estava acontecendo com ela, a fúria não era somente por ele ter lhe escondido sobre isso, e sim sobre o fato dele ter que estar com outra mulher. Era algo que fazia seu corpo esquentar só de imaginar, e ela nunca havia sentido isso antes.

Era domingo, e estava um dia ensolarado. Nos domingos geralmente a fazenda era mais silenciosa, não havia tantos empregados circulando pelos campos e era tudo mais deserto. Na plantação de uvas onde eles estavam, não havia ninguém. Pela distancia, tiveram que ir a cavalo, no qual Anahí ainda havia relutado muito antes de montar, mas acabou cedendo, Alfonso foi cavalgando ao seu lado, guiando o cavalo dela, os dois indo bem devagar.

Alfonso: Deixe-me provar mais uma. –ele pegou outra uva no cacho, enquanto ela colocava na boca uma atrás da outra-

Ele a admirou comer aquelas uvas tão prazerosamente, via o rosto dela corado pelo calor e seus lábios tão chamativos agora manchados de uva. E ele a beijou ali mesmo, no meio daquela plantação, não dando espaço para mais nada entre eles.

Anahí arregalou os olhos com o susto quando ele a tomou no beijo, mas logo só o que sentia era a boca dele junto com o delicioso sabor das uvas em uma combinação perfeita. O beijou sem se preocupar se alguém os veria, somente sentindo o corpo dele junto ao seu e toda aquela sensação que o beijo dele lhe causava, deixando seu corpo todo aceso.

Anahí: Hum, assim elas parecem ser ainda melhores. –falou após o beijo, com ele ainda a segurando em seus braços, fazendo-o sorrir e beijando-a novamente-

Após o beijo, não se tardaram mais ali e resolveram voltar. Anahí não quis subir de imediato ao cavalo, e Alfonso ofereceu para que fossem caminhando até que ela se sentisse a vontade, e foi o que fizeram. Mas no meio do caminho, passaram pela correnteza que havia na fazenda e pararam, porque era um lugar que eles gostavam de ficar.

Anahí sentou-se na grama perto do rio, vendo a água cair sobre pedras, esperou que Alfonso sentasse ao seu lado, como sempre fazia, mas desta vez, ele não o fez.

Alfonso: Desta vez você não terá desculpas. –ele tirou seu terno, e começou a abrir a camisa branca que usava por dentro- Está calor, e não há ninguém por aqui hoje. –nunca havia ninguém por ali, mas aquela era sempre a desculpa que ela usava para não entrar no rio-

Além do TempoWhere stories live. Discover now