• 𝑇𝑊𝑂 •

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Kaisuke dirigia em alta velocidade, não se importando com quantos carros de polícia estavam atrás dele, logo logo esses carros seriam despistados. Ele era louco, um maldito viciado em adrenalina e dinheiro.
O sorriso satisfeito que tinha no rosto era de se achar sádico, o moreno estava amando tudo aquilo enquanto você só pedia para chegarem logo em casa, para poder descansar.

Estava com fones de ouvidos, a música no máximo, pois não queria ouvir os barulhos que a menina fazia ao chupar Baji, e também mantinha os olhos presos no joguinho porque não queria ver aquela cena.

— Sua puta já acabou de te chupar? - perguntou concentrada naquele joguinho, não podia perder aquela fase, já havia gastado três vidas.

A garota pegou a arma que estava na cintura se Baji, engatilhou e apontou para sua cabeça. Ela era rápida e destemida, não parecia ser a primeira vez que segurava um revólver, você a achava suspeita. Uma patricinha portando tão bem uma arma, fala sério?! No mínimo suspeito. Esses foram os seus pensamentos.

Ergueu o olhar e a cabeça, desafiadora, como sempre foi.

— Já disse para não me chamar assim, sua ratinha. - cuspiu as palavras e travou o maxilar.

— Puxa o gatilho, ou essa arminha só serve para me assustar? - não conseguiu conter o sorriso de canto, completamente debochado. — Sabe... Baji costuma sair com mulheres que não precisam de um alvoroço todo para assutar alguém.

— O que quer dizer com isso? - a prostituta perguntou, ainda cheia de raiva.

— Que você não é de nada, sua puta. - se exaltou, mais do que desejava naquele momento. — Aperta a porra do gatilho! - o moreno que dirigia, deixou a desejar no volante e não desviou do buraco no asfalto, fazendo todos os passageiros chacoalharem lá dentro, a arma ser disparada, mas não em você, no estofado do carro. — Puta merda, isso tá sendo insano.

A mulher não se deixou abalar e apontou a arma novamente em sua direção. Um

O moreno freiou o carro abruptamente no momento em que o cano da arma encostou na sua testa, ele excluiria qualquer um que colocasse sua vida em perigo, sem pensar duas vezes. O sorriso lascivo que antes se fazia presente no rosto do moreno, se desfez e deu espaço para uma feição nada convidativa, certamente, era de se dar medo. A freiada repentina fez com que a mulher que estava no banco do carona fosse jogada para frente chocando o corpo contra painel do carro.

— Desce. - ele disse sério, sem rodeio algum.

— O-o que? - confusa e perplexa, perguntou

Ela esticou o corpo até a porta do carona e a abriu, logo em seguida, chutou a mulher para fora do carro, a fazendo sentir o impacto do corpo contra o chão.

— Você é surda ou o que? - ele fechou a porta do carro, dando partida no motor e a deixando ali. Você sorriu vitoriosa, se sentindo importante, e era mesmo. — Ninguém encosta um dedo na minha princesa. - ele sorriu te olhando pelo retrovisor, e naquele momento, o joguinho do celular e nada naquele mundo, era mais importante do que Kaisuke e o sorriso que ele lançava em sua direção, e então, você sorriu de volta.

Baji e você cresceram juntos, e sempre estiveram juntos. As mães de ambos eram melhores amigas, e isso contribuiu para que vocês se tornassem amigos também. Você o viu acertando a primeira cesta no clube de basquete até o primeiro tiro disparado na direção das gangues rivais. Sempre esteve ao lado dele, e nunca quebraria nenhuma das promessas que fizeram um ao outro. Uma dessas promessas, era: jamais abandonar.

— Caralho, Baji. - como o esperado, assim que chegaram em casa, foram recebidos por Mitsuya e sua bronca. - Tinha necessidade de fazer aquele estrago todo? - perguntou indignado e furioso, virando de uma vez só o resto de Whisky que havia no copo.

𝑩𝑨𝑱𝑰 𝑲𝑬𝑰𝑺𝑼𝑲𝑬 × 𝑌𝑂𝑈 𝐴𝑅𝐸 𝑀𝐼𝑁𝐸Onde histórias criam vida. Descubra agora