Trabalhar Pelo Elo

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Oi, oi!
Como estão? Espero que bem. É agora que as coisas começam a mudar, gente. Leiam com atenção.
Até💌💕

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Jimin havia aceitado. Eu não parava de pensar nisso, de pensar que ele tinha dito sim, estava disposto a tentar. Isso me assustava tanto quanto… alegrava.

Eu não queria me prostituir, obviamente, e muito menos queria que o hyung fizesse isso. Contudo, se iríamos mesmo fazer, me aliviava muito que fosse juntos. Era essa minha alegria: saber que era uma jornada nossa, de certa forma. Claro que não era bom, claro que os riscos e consequências e preço a pagar eram tão altos quanto a recompensa, porém por mais que eu tentasse negar e deixar de lado era fato que eu estava com medo.

Eu não queria sair de casa para me deitar na cama gelada e bem feita de algum homem rico que me veria como alguém vazio, um corpo que apenas serve para ser usado e beijado, sendo mandado novamente para a rua fria após se vestir. Eu não queria ser tocado, beijado, eu não queria ninguém nu perto de mim. Entrando em mim. A noite com Junseo havia sido amena comparada a tudo que eu esperava encontrar e ainda assim havia sido uma experiência bem distante do agradável.

Seu corpo sobre o meu, seu cheiro… era um perfume caro e me deu enjoo. Sua respiração batendo em meu rosto, suas mãos, Deus, suas mãos… Suas duas enormes mãos vagando pelo meu quadril; fiz tanta força para não o repelir que estive prestes a chorar. Seus lábios, como esqueceria deles? Com gosto de bebida. Da bebida que eu mesmo o servi no restaurante. Seus beijos longos demais e sua língua ansiosa demais, apressada demais. Demais, demais. Tudo demais pra mim, que era habituado ao de menos.

Ele chamava por mim e era desagradável. Pensei tanto em Jimin hyung, tanto. Quis imaginar que era ele a me chamar, contudo logo me arrependi de tentar lembrar dele em um momento como aquele.

As memórias do hyung me chamando eram preciosas, sua voz dizendo meu nome jamais deveria ser associada a um evento tão asqueroso.

Havia também seu peito quente demais, seu peso fazendo pressão contra mim, suas pernas se enroscando nas minhas. Claro que o pior ficava para o fim. Havia seus genitais também.

Eu sei o quanto resisti a não olhar ㅡ e não olhei. Não avistei nem de soslaio a forma, tamanho, cor, espessura, não importava! Eu quis manter aquela imagem longe de mim, longe da minha memória que eu sabia que a guardaria até meus últimos dias. 

Não ver, porém, não me impediu de sentir. Nem todo o lubrificante do mundo, nem toda a distração do mundo, nem todo o desespero do mundo me faria não sentir aquilo e saber só pelas sensações coisas de que me esquivei.

Não era tão grande. Ele até fez um comentário sobre isso, se desculpando. O respondi com um: Sem problemas. Era até melhor pra mim, sendo sincero. Quanto menos incômodo, dor, sensação, melhor.

Ele entrou uma vez, duas vezes, três vezes… Eu mordi o lábio para não xingar e segurei o cobertor para não ter que tocá-lo.

Dizer que não senti nenhum prazer seria mentir; só não tanto quanto dizer que eu tive um orgasmo intenso e memorável. Mesmo que tivesse: não mudaria nada. Não faria diferença.

Eu suei e cheguei a gemer; ele ficou animado. Repetiu, repetiu, repetiu… Minhas emoções estavam confusas. O prazer não me aliviava, só aumentava o nó no meu peito. Era bom, somente. Prescindível. E toda vez que eu abria os olhos e lembrava que era ele em cima de mim e o porquê eu estava abaixo dele, me forçava a fechar os olhos novamente e tentar esquecer. Foi inútil, claro. Mas acredito que teria sido pior se eu tivesse aceitado sua imagem; o momento seria como a mais marcante das tatuagens.

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