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O final das aulas passaram rápido.

Tive que me despedir de Elisa e fui para casa.

Na saída da escola ficava um monte de gente conversando e coisas do tipo. Pareciam bem felizes para estarem em um colégio militar.

No caminho para casa, há menos de um quarteirão da escola, vi um grupo de meninos mais velhos, deviam estar no último ano.

Isso significa que eu deveria ir por outro caminho, mas não tem outro.

Respirei fundo e fui passar por lá.

Eu não estava levando nada, deixei tudo no meu armário e isso foi péssimo.

Enquanto passava, a atenção deles foram pra mim. Mas não olhei, fingi que não estavam ali.

— Onde você vai S/n? Está com medo de alguma coisa? — perguntou um deles. Eu nem os conhecia, não sei como sabem meu nome.

— Eu com medo? Isso seria uma novidade. — respondi morrendo de medo. Quanta hipocrisia.

— Mas parece que a gatinha está assustada. — disse um outro.

— Eu preciso ir pra casa, com licença. — falei mas foi pior, três deles fizeram uma barreira na minha frente. Não adiantava correr, me alcançariam fácil.

— Licença não dada.

— Por favor, eu nem conheço vocês, só quero ir pra casa.

— Vamos para a minha então. — disse um rindo com os outros.

Aquilo já estava desesperador, alguém me ajuda. Cadê aquele Leão nessas horas?

— Saiam daqui agora! — gritou alguém atrás de nós. Parecia uma voz familiar.

— Chegaram os irmãozinhos. Somos seis e vocês dois.

Era Edmundo e Pedro.

— Eu chamo a segurança da escola e denuncio vocês. Temos três testemunhas aqui. — disse Pedro. — Sabem que basta Lúcia chorar só um pouquinho para vocês se darem muito mal.

— Vão embora! Estão surdos? — disse Edmundo e finalmente aquela tropa foi embora.

— Eles fizeram alguma coisa? Pode falar pra eu poder quebrar a cara daqueles palhaços. — disse Pedro.

— Obrigada. — falei — Agora me provaram que são reis.

— Edmundo, você contou pra ela? — perguntou Pedro.

— Algum problema Grande Rei Pedro, o Magnífico? — perguntou Edmundo.

— Podia ter ocultado a última parte. — disse uma moça atrás de nós com Lúcia. — O que aconteceu aqui?

— S/n, essas são minhas irmãs Susana e Lúcia. — disse Edmundo.

— É bom conhecer vocês. Bom revê-la Lúcia. — falei e sorri.

— É bom conhecer a nova popular, mal chegou e já está arrasando. — disse Susana.

— Virei quem eu mais temia. Enfim, obrigada por tudo meninos, agora eu preciso ir. Até amanhã ou até mais tarde se forem para o jogo. — falei e me virei pra ir embora.

Mas antes que eu pudesse andar, alguém segurou minha mão.

Me virei rápido e fiquei mais perto do que o normal de Pedro. Pude ver bem os seus olhos azuis e suas sardinhas quase transparentes.

— Acho melhor não ir sozinha pra casa. Se não for muito longe eu posso levar você.

— É pertinho, mais um quarteirão e chegamos lá. Eu agradeço sua generosidade Pedro.

— Ed, vai com as meninas até o metrô enquanto eu levo ela.

Edmundo sorriu juntamente das duas e foram em direção ao metrô.

Pedro pegou na minha mão e aquilo foi bem estranho, eu conheci ele hoje.

— Se for desconfortável eu solto sua mão, estou fazendo isso para espantar qualquer idiota que encontrarmos no caminho. — sussurrou em meu ouvido.

— Tá tudo bem, não ligo pra isso.

— Tá.

Continuamos o caminho um pouco calados, mas quebrei o gelo para não parecer suspeita.

— Pedro, onde você mora?

— É um pouco longe daqui, acho que não saberia onde fica.

— Claro.

— Tá. Me conta uma coisa, você e Nathan eram amigos ou algo assim? Perguntei a Elisa mas ela não soube dizer o que aconteceu entre vocês.

— Éramos bons amigos quando crianças, mas depois que fui para o intercâmbio, por algum motivo Nathan passou a me odiar, mas sinceramente eu não ligo.

— Eu não sei o que dizer, acho que isso foi muito chato da parte dele.

— Com certeza, mas ele está tendo a chance de mudar enquanto sento ao lado dele na escola.

— Eu duvido que ele mude, mas não custa tentar.

— Eu não costumo perder a esperança quando se trata de uma pessoa que um dia foi alguém importante.

— Eu desejo boa sorte.

— Ele vai mudar, eu conheço Nathan. Aquela cara de valentão é um disfarce.

— Assim como essas roupas horríveis que uso. Não imagina o que é usar peças de ouro e roupas do melhor tecido de toda a Calormânia.

— Calormânia? Fica em Nárnia?

— É perto de Nárnia.

— Como é viver em um lugar mágico? Eu pensei que isso não fosse possível mas acho que me enganei.

— Passamos muitos anos em Nárnia, aqui passaram apenas algumas horas. Nárnia é incrível. Lutamos com arcos e espadas. Pudemos ver dríades, faunos, centauros, animais falantes, árvores que dançam, anões, gigantes e tudo o que você pode imaginar.

— Quando você for pra lá de novo espero que eu vá junto.

— Estaria disposta mesmo a lutar com espadas e correr todo o tipo de perigo?

— Sinceramente sim, o Leão nos ajudaria não é?

— Com certeza. Me lembro de quando Aslan transformou Rabadash em burro, foi muito engraçado. Rabadash, o ridículo. Bons tempos.

— Transformado em burro? Essa eu gostaria de ter visto.

— Foi muito engraçado, imagine a cena.

— E por que isso aconteceu?

— Ele declarou guerra contra a Arquelândia, país vizinho de Nárnia. Éramos amigos na época então fomos lutar juntos. Rabadash perdeu e após ter sido um grande idiota na nossa presença, Aslan o fez burro.

— Já gostei do Aslan. Pedro, eu agradeço por tudo que fez por mim hoje, inclusive pela conversa, mas já chegamos na minha casa. Mais tarde podemos conversar mais sobre Nárnia, eu gostaria muito de escutar suas aventuras mágicas.

— Tudo bem, até mais tarde então.

— Até. — falei e abri o portão de casa.

Entrei e subi para o meu quarto.

Abri um dos meus cadernos e anotei tudo que os meninos haviam me contado sobre Nárnia. Quem sabe isso não seja útil algum dia.

Também anotei algumas coisas no meu diário. Eu costumo fazer isso e ler depois de alguns anos, é bem engraçado.

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Nossa, eu amo essa fanfic clichê.
Eu queria fazer um enemies to lovers com Pedro no começo, mas ele é fofinho demais para ficar brigando com uma menina.

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Plágio é CRIME

𝑴𝒆𝒖 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒊𝒅𝒐 𝒂𝒎𝒊𝒈𝒐 𝑷𝒆𝒗𝒆𝒏𝒔𝒊𝒆 | 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒐 𝑷𝒆𝒗𝒆𝒏𝒔𝒊𝒆Where stories live. Discover now