capítulo 22.

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        Não tinha idéia do tempo que ficaram ali, o céu estrelado e a brisa gelada te hipnotizaram por completo. Diria que tudo ali estava do jeito que você gostava. Suna sentia-se relaxado sempre que tinha você como companhia, e isso era um alívio constante para ele, os dias não tinham sido tão estressantes como de costume por que ele tinha você, que tornava-se aos poucos o mais novo vício dele. Ainda sentados naquele banco, você permanecia deitada no ombro do maior, observando o balançar das folhas devida a brisa ainda presente. Sentiu Suna se mexer, e aos poucos se levantar, o que te fez erguer a cabeça e olhar na direção do mesmo.

        — Por quê levantou? Estava tão confortável. - Resmungou

        — Vem cá. - Suna te puxou em um movimento rápido, não te dando tempo para repreendê-lo.

        — Mas que merda, eu estava tão quentinha. - Resmungou mais uma vez, observando Suna sorrir fraco. O mesmo foi em sua direção, tirando um segundo cobertor de você.

        — Como eu não percebi que eram dois? - Arqueou as sobrancelhas em confusão.

        — Talvez porque ambos são pretos e aqui ainda é um pouco escuro.

        — É, talvez. - Sorriu fraco. Pensou em perguntar o porquê estavam agora no meio daquele campo, mas decidiu apenas observar o que Suna fazia. O mesmo andou um pouco mais, logo esticando o cobertor que tinha em mãos. O vento não estava forte, então você não se importou tanto. Logo pôde ver o maior fixar os olhos em você.

        — Vem cá. - Escutou Rintarou dizer antes de deitar-se no cobertor esticado. Não ponderou, seguindo em direção ao lugar onde agora ele encontrava-se. Deitou ao lado dele, um pouco encolhida por causa do frio, Suna notou, e rapidamente você sentiu as mãos do maior segurarem firmemente sua cintura, te puxando para mais perto. Não questionou, e logo em seguida, aconchegou-se um pouco mais, deitando a cabeça no peito do maior.

        — Daqui é mais bonito observar o céu - Suna afirmou, pousando uma das mãos na sua cabeça, depositando ali, alguns cafunés. - Eu sei que você ama observar como ele fica de noite.

        — Anda me observando?. - Respondeu, logo escutando a risada nasalada de Suna, o que te fez sorrir fraco.

        — É impossível não te observar, principalmente quando você fica toda boba por causa do céu.

        — Ei, cala a boca, eu não fico bobona.

        — Fica sim, e muito. - Suna afirmou, o que te fez revirar os olhos antes de desferir um tapa no peito do mesmo.

        Observou o maior tirar o celular do bolso do moletom que usava, e não demorou muito para a escutar heavenly - cigarettes after sex tocando baixinho, mas ainda sim num volume em que conseguiam escutar perfeitamente. Você não fazia idéia de que horas eram, mas também não fez questão de saber, por você, aquele momento poderia durar para sempre.

         Aos poucos, você acabou rendendo-se ao sono. Seus olhos começaram a pesar, e sem perceber, acabou dormindo ali. Suna te observava com um sorriso no rosto, e mais uma vez te puxou cuidadosamente para mais perto. Por ele, passaria horas ali apenas te admirando. Ele te achava incrível, por completo.

        Permaneceram ali por mais alguns minutos, já que Suna não queria te acordar. Você dormia tão tranquilamente que ele não teve coragem de te chamar. Cerca de uma hora depois, Rintarou deu uma rápida olhada no celular, que marcava 5h da manhã. Ele permaneceu ali. Tinha decidido te esperar acordar sozinha, o que não demorou, já que no mesmo instante você abriu os olhos lentamente, esticando-se.

ɪ ʟɪᴋᴇ ʏᴏᴜ | sᴜɴᴀ ʀɪɴᴛᴀʀᴏᴜOnde histórias criam vida. Descubra agora