Capítulo 46

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Tento pegar meu anel a todo custo, mas não consigo, então, de repente uma agulha é enfiada em mim, sou solta e uma jaula sai do teto me prendendo aqui, percebo que aquela agulha cortava o efeito de paralização e agora consigo me mexer.

- Está aqui a pedra. – Diz o homem colocando delicadamente dentro de minha jaula. Eu olho e bufo, ele sabe que não farei isso se não tiver um bom motivo.

- Aí. – Grito após meu corpo ser atingido por um potente choque.

- Isso só vai me fazer ficar irritada, não vou ressuscitar ninguém a não ser que eu saiba o que acontece depois disso e dependendo do que é, não irei fazer. – O homem ri alto, fico confusa, não achei graça em nada do que eu disse.

- Poderá ressuscitar seus pais, quer mesmo perder essa chance? – Minha feição muda, não terei força suficiente para isso, não irei conseguir, mas e se der certo? Os terei de volta, terei uma família novamente.

- O que acontece quando eu ressuscito alguém? Me mostra o vídeo. – Falo autoritária, mas como o previsto, ele não se dá ao trabalho de fazer isso.

Então me lembro do anel, se ele não falar o que acontece, irei descobrir por si própria. Então eu o pego e sem que ninguém veja o enfio em meu dedo.

Passamos a barreira e corremos durante algum tempo, estou com Jonathan em meus braços, ele está pesado e preciso parar para descansar

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Passamos a barreira e corremos durante algum tempo, estou com Jonathan em meus braços, ele está pesado e preciso parar para descansar.

- Acho que estamos à uma distância segura.

- O que iremos fazer agora? – Pergunta minha esposa e meu mundo desmorona sob meus pés, por que eu não sei o que fazer, não sei como protege-los, eu escolhi fugir com a Lorayne e é por isso que estamos nessa situação agora, ela não tem culpa, mas eu tenho por não conseguir ficar longe dela, coloquei minha família em perigo para estar com ela.

- Lipe? Ainda está me ouvido? – Pergunta novamente, ela está segurando a mão de nosso filho, Nando está assustado, preciso tira-los daqui, longe de tudo isso.

- O que foi isso? – Pergunta minha mãe após ouvir um barulho de galhos quebrando. Saco a arma em direção ao barulho, pronto para atirar no que quer que esteja lá.

- Mamãe, estou com medo. – Ouço Nando dizer e meu coração acelera, crianças não sabem o que realmente é perigoso e nesse momento, falar é um dos maiores perigos.

Faço um sinal para que elas se escondam atrás das árvores e sigo cautelosamente em direção ao que quer que seja. Pode parecer burrice, mas eu falo:

- Quem está aí? Apareça agora mesmo. – Então vejo um galho quebrar no chão, bem a minha frente e pulo para trás.

- Somos nós. – Diz um homem aparecendo do nada, ele devia estar invisível. Então vejo Jake, ele está muito ferido.

- O efeito passará daqui algumas horas. – Diz antes que eu possa falar qualquer coisa.

- Venha, irei te ajudar. – Digo e ajudo o homem desconhecido a carregar Jake. Levo ele até onde elas estão e o sento no chão, ele se apoia em uma árvore.

- Podem sair. – Digo e elas saem devagar, estão com medo.

- Quem é você? – Pergunto ao homem que trouxe Jake, acho que era dele que Lorayne estava falando, mas não sei se posso confiar.

- Criei Jake, sou como um pai para ele. – Ainda desconfio e não abaixo a arma que está apontada para ele nesse momento.

- Não precisa confiar em mim, mas posso ver o passado e ver onde Lorayne está agora, acho que querem encontra – lá. – Gesticulo se solto a arma ou não.

- Ela ia buscar o antídoto para o Jake, deve estar voltando.

- Ela já deveria te voltado e você sabe disso. – Me rebate e tenho que concordar com ele, ela já deveria ter voltado, ela é muito mais rápida e não estava com uma criança ou carregando alguém, Lorayne já deveria ter nos alcançando.

- Podem confiar nele. – Jake diz baixinho e me convenço que abaixar a arma é seguro, se ele quisesse nos matar já teria matado.

- Então veja o passado. – O homem senta no chão em perna de índio, fecha os olhos e se concentra, as folhas começam a se mexer com o forte vento que se formou ao redor do homem sem nome, não digo nada, apenas troco olhares com Larissa e minha mãe. Se passam alguns minutos com o sujeito assim e começo a me preocupar, talvez devêssemos sair daqui, fugir enquanto ainda dá tempo.

- Marley realmente está morto? – Jake pergunta, a sua voz ainda é baixa. Faço que sim com a cabeça, todos nós ouvimos nas caixas de som, não há como ser mentira.

- Ele era o último membro da família dela que estava vivo, agora ela não tem ninguém. – Diz e meu coração se parte, ela perdeu o pai hoje, eu também perdi o meu, não quero culpa-la, os soldados receberiam ordens para nos matar e todos morreríamos, Lorayne sacrificou  a vida de alguém para salvar a todos nós, meu pai morreu para que vivêssemos. O homem abre os olhos.

- Eles pegaram ela. – Meu coração acelera, minha respiração fica irregular, eles vão mata-la.

- Temos que voltar. – Jake diz tossindo.

- Não podemos, se voltarmos, morreremos. – Nunca disse palavras tão difíceis em minha vida, ela não me deixaria para trás, mas tenho que deixa – lá, minha família é mais importante.

- Ela voltaria até pela Larissa. – Diz tentando me fazer mudar de ideia.

- Ela tem poderes, eu não sei nem manusear uma arma direito. – Replico, se ela voltasse poderia sobreviver, nós não e sei que ela entenderia isso.

- Não vou voltar por ela. – Diz minha mãe cruzando os braços, entendo sua raiva.

- Nem eu. – Diz Larissa, sei que mesmo que ela tivesse poderes não voltaria, Lorayne e ela são muito diferentes mesmo.

- Por favor, não podemos deixar ela com eles, quando conseguirem o que querem não terão Motivos para deixar ela viver, irão mata-la. – Diz Jake suplicando para voltarmos, mas minha resposta ainda será não.

- Jake, não podemos. – Diz seu pai se aproximando dele. Sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto e também as vejo em Jake.

- Consegue nos guiar até onde estão escondidos? – Pergunto tentando não pensar na decisão que acabei de tomar. Enxugo minhas lágrimas antes que alguém perceba, Jake não faz questão de esconde-la.

- Não consigo nem me mexer. – Ele tenta rir mas é tomado pela dor.

- Quanto tempo será necessário para isso passar? – Pergunto, meu irmão irá morrer no estado que está sem cuidados.

- Umas 7:00 horas. – Diz tão baixo que mal escuto.

- Jonathan estará morto até lá! -Digo e começo a andar desesperadamente de um lado para o outro.

- Eu posso ajudar. – Uma voz desconhecida diz atrás de mim.

A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)Where stories live. Discover now