Capítulo 18

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Droga, droga, droga! Por que eu fui fazer isso? Não era para ter acontecido, foi um erro, um grande erro, ela me vê apenas como o irmão do ex namorado dela, quem Lorayne ama é o Phelipe, como eu deixei isso acontecer? Ficar nu com ela em um riacho estava bem longe dos meus planos, está certo que faria de novo, espera, talvez não, Phelipe viu e agora me sinto tão envergonhado, talvez talarico, não, eles não tem nada e meu irmão é casado, talarico não.

- Está tudo bem? Você parece inquieto. – Diz Lorayne, ótimo ela percebeu.

- Eu... Esto... Ou... Ó... Ti... Mo. – Não consigo nem falar direito, como vou olhar para cara de Phelipe agora?

- Nós... Droga não era para nada disso ter acontecido. – Desabafo.

- Eu sei, também não sei como reagir a isso, mas nós não fizemos nada de errado.

- Mas eu acho isso bem errado, Phelipe é meu irmão e ele te ama, então ele me vê nu com você no riacho! Isso parece bem errado para mim.

- Pensando por esse lado sim, mas... Ele é meu ex namorado e não meu namorado ok?

- Ok. – Dou um leve sorriso e meu coração acelera ainda mais quando chegamos a gruta.

- Preparado? – Pergunta ela.

- Não. – E nós dois rimos, mas é de nervoso, então entramos.

- Meu Deus filho! O que aconteceu com você? – Pergunta minha mãe preocupada.

- Desculpa Mariana, a culpa foi minha. – Digo abaixando a cabeça.

- Mais o que aconteceu afinal? – Pergunta Phelipe e meu coração gela.

- O Jonathan apareceu do nada atrás de mim, não tenho controle sobre a minha magia e com o susto acabei colocando fogo nele. – Diz ela tímida e envergonhada.

- Mas por que estão molhados? – Pergunta meu irmão.

- É... – Gaguejo.

- Ele estava pegando fogo, obviamente pulou na água.

- Mas e você Lorayne?

- Para que tantas perguntas? – Diz Larissa que pela primeira vez nos salva.

- Terei que concordar com Larissa, já está anoitecendo e se vocês não forem se banhar agora não poderão ir mais. Então meus pais saem da gruta, Lorayne vai ajudar a mãe a terminar de preparar a janta, Larissa e Phelipe estão brincando com Nando e eu, bom, resolvo ajudar na janta também.

- Você sabe cozinhar? – Pergunta Lorayne fazendo cara feia.

- Acho que agora é um ótimo momento para aprender.

- Ótimo momento? Você é procurado pela polícia e quer aprender a cozinhar? – Diz ela rindo debochada.

- Não isso, não tem nada para fazer aqui.

- Tudo bem, a carne está na fogueira, tome conta para que ela não queime. – Diz Dona Carla.

- Está bem chefe. – Digo colocando minha mão sobre a testa, como um soldado, que nesse caso, sua missão é aprender a não deixar a carne queimar na fogueira. Meus pais chegam e então Carla vai, mais não acho seguro ela ir sozinha, no entanto não posso fazer nada a respeito.

- Não acham melhor alguém ir atrás dela? Já está literalmente quase noite.

- Melhor não, ela irá tomar banho. – Diz Lorayne.

- É, se não alguém vai lá e acaba vendo ela pelada sem querer. – Diz Phelipe e contraio meus lábios, fecho meus olhos e respiro.

- É, acho melhor ninguém ir. – Digo sem demonstrar meu nervosismo, não sei como minha voz saiu tão firme e sem gaguejo, volto a prestar atenção na carne e assim segue os próximos minutos.

- AAAAA. – Ouço Lorayne gritar.


Flashback on
- Aí que susto que você me deu pai

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Flashback on

- Aí que susto que você me deu pai. – Digo colocando minha mão sobre o peito e guardo minha faca rapidamente em minha bota.

- Você precisa fugir e tem que ser agora. – Diz ele eufórico, deve ser pelo fato dele ter vindo correndo até aqui.

- Mas por que? – Pergunto confusa e assustada.

- Eles estão vindo atrás de você, querem mata-la, fuja antes que eles te achem, corra e não olhe para trás.

- Eles quem?

- Correeeeee. – Então sem pensar duas vezes eu corro com todas as minhas forças, o máximo que consigo e não olho para trás, sentia que seria a última vez que o veria e lágrimas começam a escorrer sem parar pelo meu rosto, então chego ao fim da linha e ouço um alto barulho de pessoas gritando e eu sei, são eles.

- Vem comigo. – Diz alguém perto de mim, é um belo rapaz de cabelos tão escuros quanto a noite e olhos tão claros como o azul do céu em um dia de Sol. Não consigo sequer perguntar o seu nome, ele me pega em seus braços e em uma velocidade anormal me leva para algum lugar.

- Quem é você? Não me lembro de nada, como eu vim parar aqui?

- Você passou por uma barreira de segurança, ninguém entra aqui com as memórias e ninguém sai com elas, digamos que enquanto estiver aqui não lembrará de nada que aconteceu antes e quando sair daqui, não lembrará de nada do que aconteceu dentro da barreira, sequer lembrará que ela existe.

- Mais como...

- Eu te ajudei lá fora da barreira, você precisa de ajuda, tem pessoas perigosas atrás e você e eu mais do que ninguém quero saber o por que.

- Mas se você me resgatou, como se lembra? – Então ele faz um sorriso maroto e sai me deixando sem resposta.

Flashback off

- O que aconteceu? – Pergunta Jonathan ao me ver acordar.

- Eu tive um flashback do que aconteceu no dia que eu desapareci, me lembrava que ele estava lá mas agora sei o por que, quer dizer... Não exatamente.

- E o que aconteceu no seu flashback? – Pergunta Larissa interessada.

- Acho que nunca vou saber, mas pera aí, como eu me lembro?

A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)Where stories live. Discover now