Ruas quentes de verão
E as calçadas estão queimando
Eu me sento
Tentando sorrir, mas
O ar está tão pesado e seco
Vozes estranhas estão dizendo
Coisas que eu não consigo entender
Está perto demais pra eu me sentir confortável
Este calor
Saiu do controleÉ um verão cruel, cruel
Me largando aqui por conta própria
•
Às vezes, não faz o menor sentido.
Eu não posso entender como alguns não compreendem a injustiça.
É uma mentira que contam para si mesmos até que se torne verdade.
A ética é relativa.
No pico do dia solar, sento-me na calçada. O ônibus partiu, amarelo e vazio e virou na esquina. Os corredores se enchiam, o piso principal era manchado com os seus sapatos e correrias. Cinturas altas, cores festivas, cabelos de gel, penteados femininos volumosos e cachos.
Estou só novamente.
Me levanto e olho o painel de boas vindas da escola:
"Este edifício é dedicado à VERDADE ~ LIBERDADE e TOLERÂNCIA pelos filhos nativos do oeste dourado; Andrew M. Stodel, grande presidente, Abril 18 1969."
Era o seu primeiro dia, assim como o do garoto que conheceu ontem à noite na praia, o gentil Daniel sem sobrenome. Não era como se esperasse que se tornassem melhores amigos simples e puramente por uma conversa curta em um momento de tensão, mas não conseguia entrar mais na escola, seus pés e olhos estavam fincados no corredor, um mantendo-a ereta e paralisada e o outro procurando pela pele naturalmente bronzeada do jovem humilde.
Estar só, em lugar novo... a lebre na selva. Precisava de alguém tão perdido quanto ela para se vincular.
Haviam aqueles garotos presunçosos de novo de fios grossos e loiros, ao redor de uma moto, dando risada e conversando sobre a antiga degeneração de quem parecia se chamar Johnny, apelido para John.
Por que de todos os lugares, tinha que ser a mesma escola? ansiou por esconder-se dentro de um armário à medida que alunos passavam pela sua figura estagnada que fixava-se no atleta. Ele seria mesmo um atleta? Seus movimentos quando agrediu Daniel assimilaram-se dolorosamente precisos e estudados. Não foram dois garotos esmurrando as faces um do outro e se esfregando na areia.
E se fosse um atleta, era um covarde com muito mais massa muscular.
Na metade de waiting room de fugazi, em seu walkman, o sujeito pareceu notá-la. Os lumes azuis encararam-na de volta, não havia expressão na face polida de queixo angular, parecia estar processando a curiosidade daquela estranha. Então, sorriu muito ligeiramente e semicerrou os cílios, ele não a conhecia.
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𝙄𝙣 𝙍𝙚𝙘𝙤𝙫𝙚𝙧𝙮 | Johnny Lawrence
Fanfiction𝐒𝐞𝐭𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨 𝐝𝐞 1984, Annabel Leigh e sua família se mudam para o Vale de São Fernando no sul da Califórnia em busca de um novo recomeço após a trágica morte do pai. Esse é o lugar onde sua mãe cresceu e vivem seus pais de classe social super...