𝐒𝐞𝐭𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨 𝐝𝐞 1984,
Annabel Leigh e sua família se mudam para o Vale de São Fernando no sul da Califórnia em busca de um novo recomeço após a trágica morte do pai. Esse é o lugar onde sua mãe cresceu e vivem seus pais de classe social super...
Compartilhando todos os seus segredos um com o outro
Dormindo profundamente, com o medalhão que ela te deu
Bem seguro na sua mão
Oh, quando você estiver sozinha
Eu vou encontrar você
Quando você estiver se sentindo triste
Eu vou estar lá também
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O azulamento do céu do início da manhã despertou da sonolência a jovem que em sonhos, imaginava-se em um jantar em família com Johnny Lawrence. Um oceano de incertezas e colapsos mentais, na falta do essencialmente poderoso e gentil pai que, primeiro se decepcionaria e depois lhe passaria uma dura lição de como garotos de sua laia tratavam mulheres, e que não queria de maneira alguma, uma amizade ou o que fosse nascendo do absurdo.
Os cílios grudados da maquiagem borrada abriram-se ligeiramente, o canto de alguns pássaros e a cor azul-rosácea do amanhecer, refletido da janela até os lençóis, um alaranjado formidável que, se em um dia bom, poderia ter o efeito paliativo na alma cansada.
Annabel, porém, sobressaltou.
— Ah, não! — Gemeu, olhando para o relógio despertador da cama que sinalizava cinco e meia da manhã. — NÃO!
Tropeçando em seu desespero, colheu os sapatos de salto nas mãos, pois não seria capaz de correr longas maratonas com ele.
— Que diabos é isso... — Grunhiu Johnny, respirando profundamente. O raciocínio tardou a acompanhar a agonia da criatura. Nós dormimos. Grunhiu ao mover-se, resultante de pontadas nos miolos desorientados da ressaca, sua visão tornando-se estourada na medida em que se levantava.
— São cinco horas, Johnny! Eu tenho que ir. — E pensou em correr pela escadaria, mas temeu que seus pais já tivessem retornado. Seus lumes azuis foram para a janela.
— Mas nem brincando, você tá maluca? — Pisou ruidosamente o chão com os pés cobertos da meia escura, arrastando-se com vertigem até a porta. Receando, parou estático; com a mão na maçaneta e Lane estremecendo em dúvidas.
— E então?
— É melhor pela janela. Meu padrasto vai nos encher de perguntas.
Seria muito ruim ter mais um assunto a tratar com o velho diariamente, evitá-lo era o almejado.
