Vem pra minha vida.

25- socorro

Minha formatura foi incrível desde a colação até o baile, ter meus amigos e familiares incluindo a família do Breno que também é minha família.
Domingo de manhã acordo de ressaca, com uma dor de cabeça de outro mundo, do meu lado Breno continua dormindo, lindo.

- ai- digo levantando- minha cabeça vai explodir.
- também você bebeu todas - Breno ri.
- vou tomar um banho pra tirar o cheiro de álcool- brinco.
Depois de limpa e vestida, encontro um copo com água  e um remédio pra dor de cabeça, bebo tudo e vou tomar café.
- bom dia minha norinha - Vera diz.
- bom dia sogra - beijo seu rosto, eu ganhei não só uma sogra mas uma mãe.
Tomamos café quando meu irmão liga para o Breno chamando para assistir o jogo.
- cunhada vamos no shopping?- Tina diz.
- vamos!

Passamos a tarde toda no shopping, foi ótimo. Deixei a Tina na casa de uma amiga e estava voltando para a minha quando meu celular toca.
- Alô- atendo assim que parei na sinaleira.
- pronta para começar a pagar sua dívida - a voz que eu conheço de longe.
- Suelen?! O que você quer?- pergunto.
- você já vai saber - ela ri e sinto meu carro colidir, rodopio na pista e meu carro para. Meu braço e pescoço doem. - ops... acho que bateram em você - ela ri - já vamos nos encontrar querida.

Vejo um carro preto parar ao meu lado, e dois homens saírem, um deles reconheço na hora.
- Theo!- grito - me ajuda!
- olá srta Bezerra - ele ri - vamos passear - eu o olho assustada quando ele coloca um pano em meu rosto e tudo se apaga.

Acordo um tempo depois com meu corpo pesado, dormente, é uma dor no meu braço esquerdo.
- que merda - digo baixo. Olho ao redor e percebo que já estive aqui antes, só não me recordo. - que lugar é esse!
- acordou a bela adormecida?- a voz ecoa. Suelen.
- Suelen? O que você faz aqui?- digo.
- acho que você deveria baixar o tom, apesar de estarmos na sua empresa, eu estou no comando aqui - ela diz cinica.
- o que você quer comigo?- pergunto.
- quero tudo que você tirou de mim, desde a empresa, até o seu noitinha gostoso é bom de cama- ela diz rindo.- ops! Acho que não te contei que eu transei com ele né, mas você não é burra - ela ri - saímos várias vezes antes de você chanteagea-lo a ficar com você.
- você tá maluca!- digo com raiva.
Ela caminha até minha direção e me acerta um tapa.
- cala boca sua vadiazinha!- fala com ódio- Theo amarra a boca dessa cretina e espera os jornais sentirem falta dela! Depois vamos agir!
Theo se aproxima e eu o olho chocada.
- não acredito! Você tá com ela nisso Theo!- falo baixo.
- cala a boca linda - ele sorri - teremos tempo pra nós  mais tarde. - ele pisca e me amordaça.

24 horas após meu desaparecimento todos os jornais estão à procura da herdeira da empresa Bezerra, eles deixaram uma televisão pra mim acompanhar as notícias, e de vez em quando alguém aparece para trazer comida.
No jornal o apelo do Breno e meu irmão, meus amigos e minha sogra.

Eles me alimentam de pão e água, nada mais, continuo usando a mesma roupa, sem banho. Hoje já são 5 dias.

Estou no porão da empresa um lugar que poucos conhecem, mas ninguém vem.
Choro, grito e ninguém me escuta.
Estou com meu braço dolorido, meu rosto cortado, e meus cabelos cortados na altura do ombro, suelen os cortou para enviar a minha família.

- vem aqui - ela diz assim que chega - me olha sua vadiazinha, hoje você vai ligar pra sua família e nada de revelar quem está por trás, senão eu corto sua língua.
- está bem - digo. Sem forças.

Ela disca o número do meu irmão, que imediatamente atende. Ela usa um mascarados de voz.
- Thiago Bezerra que bom que foi você que atendeu- ri.
- quem fala? Minha irmã tá com você?- ele diz nervoso.
- Manu?- escuto Breno gritar - é a Manu? Fala logo Thiago!
- nossa como eles estão nervosos - ela ri. - você já sabe um pio - ela fala baixo. E aproxima o telefone.
- mano..- digo baixo sem forças - eu tô bem - respiro.
- Manu? Onde você tá? Meu Deus irmã! O que fizeram com você ?
- confia em mim, eu sempre tô certa!- digo - nunca tive dúvidas que ..- quando iria falar mais alguma dica ela arrancando telefone.
- como podem ver a vadiazinha por enquanto está viva- ela ri.
- o que você quer ?- Breno grita.
- eu quero um milhão e meio, será que ela vale tudo isso?- gargalha.
- quando?- meu irmão pergunta.
- dentro de dois dias. E quero 60% das ações é claro!- fala seria.
- você é louco! -escuto Pedro gritar.
- calma cara! -Lucas diz
- eu entrego, só quero a minha irmã viva e vem! Quero uma foto dela!- Thiago diz com a voz embargada.
- Naaaaao faz isso! Não dá a nossa empresa pra ela - eu grito com o restante de força que me resta, mas logo apago, sinto uma pressão na minha nuca.

Acordo um tempo depois com a boca coberta de sangue, e dificuldade pra respirar.
- isso é pra você aprender a não se meter onde é chamado sua vadia!- ela cospe em mim.
- eles vão me achar antes disso sua imunda - eu falo.
- isso se você não morrer primeiro - ela ri. E sai.

Theo chega depois me pedindo pra ficar calma que logo ele iria embora comigo.
- Theo! Eu tô grávida do Breno, por favor me ajuda - digo baixinho só pra ele ouvir, é mentira mas não custa tentar.
- você o que?- ele pergunta assustado.
- eu tô grávida, vocês querem ser culpados pela perda do meu bebê também?
- claro que não Manu!- ele diz nervoso - eu crio essa criança.
- Theo se eu não ficar com Breno, eu não vou ficar com você e nem ninguém, eu amo o Breno! Sem ele prefiro morrer!
- não diz isso...- ele fala.
- meus pais ajudaram tanto você quando começou na empresa e você os retribui assim? Sequestrando a filha e o neto deles?- digo com desprezo.
- não é assim Manu...- ele tenta argumentar.
- como não? Você tá ajudando essa cobra a roubar minha família que te amparou, e tá ajudando que ela me mate, eu tô fraca, não vou aguentar muito tempo, serão duas mortes nas suas costas!- eu digo.
- eu quero seu bem Manu, você vai ser feliz comigo.- fala nervoso.
- só vou ficar bem com a minha família Theo! Eu não o amo como homem e agora o desprezo, eu considerava você um amigo mas agora? Tenho nojo de você e prefiro a morte!- cuspo as palavras e viro meu rosto.
- desculpa Manu - ele sussura.
- só vou desculpar se você me ajudar a sair daqui e levar essa louca daqui.
- não posso Manu desculpa - ele se afasta.