Cʜᴀᴘᴛᴇʀ 30

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Sina Deinert pov's

— Amor, vamos logo. — A voz da minha esposa se fez presente no quarto.

— Eu já vou, vida. — Peguei meu celular colocando no bolso e descendo. — Tô aqui, vamos.

Peguei a chave do carro e saímos do apartamento indo direto para o estacionamento. Estamos indo para a escola do meu filho resolver sobre a briga dele.

— Você tá calma, nem parece que se a diretora for preconceituosa você vai estourar. — Acabei rindo da fala irônica da minha mulher.

— Nem tenta impedir, eu não sou de ferro, e sim, vou estourar se ela for preconceituosa.

— Você é insuportável às vezes.

— Eu sei. — Levei minha mão até sua coxa apoiando na mesma e iniciando um carinho.

O caminho todo foi Heyoon tentando me convencer de não surtar, mas eu deixei bem claro, se me desrespeitar ou desrespeitar ela e meu filho vão ouvir. Eu não sou obrigada a ver pessoas preconceituosas praticando o preconceito deles e ficar quieta, eu não sou assim, sempre estourei quando acontecia isso, e não vai ser hoje que vai ser diferente. Eu só não mudo o Louis de escola porque não tem outra melhor que essa.

Assim que chegamos eu tranquei o carro e estendi a mão para minha mulher, Heyoon segurou entrelaçando nossos dedos. Beijei as costas de sua mão e guardei a chave no meu bolso. Entramos na escola e andamos pelo corretor até chegar na secretaria.

— Boa tarde! Em que posso ajudá-las? — Uma mulher apareceu com um caderno em mãos.

— Oi, temos uma reunião com a diretora.

— Vocês são...?

— Mães do Louis.

— Ah sim. — Ela fez uma cara de que era óbvio, me fazendo dar uma risada baixa. — A diretora Ruth está esperando vocês, eu levo vocês até lá. — Assenti seguindo ela.

Chegamos em uma porta que tinha escrito "Diretoria", ela bateu na porta e abriu.

— Diretora, as mães do Louis chegaram... Entrem. — Acenei como um agradecimento e entrei.

— Bom dia. — Ela encarou nossas mãos. — Ela é sua esposa, certo? — Assenti. — Sentem-se!

— Bom dia. — Respondi me sentando, Heyoon fez o mesmo sentando ao meu lado – sem soltar minha mão.

— Bom dia.

— Creio que sabem o porquê eu pedi para conversar com você, Sina. Seu filho entrou em uma briga, bateu em dois garotos. — Ela falou sem ao menos me deixar responder.

— E a senhora sabe o motivo disso?

— Não interessa o motivo, nada justifica bater. — Levantei as sobrancelhas. — Eu dei uma advertência para não suspendê-lo, ele nunca havia entrado em uma briga assim, fiquei até impressionada quando me contaram.

— Ele não entraria se os dois garotos não provocassem. A senhora sabe o motivo dele ter batido? — Perguntei novamente.

— Sim, eu sei. Mas como eu disse, nada justifica bater. Eu espero que isso não se repita, converse com ele sobr... — A cortei.

— Pode ficar tranquila que da educação do meu filho eu cuido. — Senti um aperto em minha mão e sabia que Heyoon queria que eu não falasse nada demais, mas era inevitável. — Os garotos estavam praticando preconceito, estavam xingando o Louis e a mim e a minha esposa, sem motivo algum, aliás, o motivo é: Eu estar casada com uma mulher. Não queria que o menino ficasse quieto, queria? Acha que se você xingar a mãe de uma criança ela vai ficar quieta? Ainda mais se for preconceito?

Namoro Secreto - Siyoon |Segunda Temporada|Onde histórias criam vida. Descubra agora