Barbara Diaz é uma jovem de 24 anos que sonha em passar em um concurso público. Entre muito estudo e trabalho intenso, ela decide ter um aniversário diferente e se presenteia com uma viagem para passar o carnaval em Salvador.
Porém, em plena folia a...
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Rodrigo coloca sua mão sobre a minha coxa e na mesma hora me levanto.
— Se já terminou senhor, preciso voltar.
Ele percebe que me assustei com o seu ato, porém concorda.
Saio da sala o mais rápido e assim que fecho a porta, coloco a mão na direção do meu peito.
— Meu Deus, o que foi aquilo? Eu sei, preciso desse emprego, mas não sei se sou capaz de suportar essas gracinhas do Sr. Rodrigo.
— Babi, agora deu para falar sozinha?
Dou um pulo quando ouço a voz de Vivian.
— Que susto!
— Vim te chamar para irmos embora e você estava aí falando sozinha. Aconteceu algo?
— Depois te conto, agora vamos!
Pego na mão da minha amiga e a levo até onde estão nossas bolsas.
— Calma Babi, para que correr?
Chegando no vestiário feminino confiro se não tem outras pessoas e então lhe conto o ocorrido.
— Como assim ele tocou em você?
— Quando ele pede para agradecê-lo sendo uma boa funcionaria já não gostei, pois na sua voz continha malícia, e ao passar a mão na minha perna ultrapassou todo o limite profissional. Por isso você me viu assustada.
— Amiga, pelo que eu saiba ele nunca chegou a fazer isso com nenhuma das outras funcionárias, nem comigo. Fique de olho e não permita, mantenha-se sempre próxima de mim, ele nunca faria isso com mais pessoas olhando.
— Tudo bem, agora vamos logo, não aguento mais ficar em pé, estou louca para chegar em casa e colocar os meus pés para cima.
Mesmo com o clima tenso, vivi começa a rir do meu cansaço e em um clima descontraído, seguimos o nosso caminho.
15 dias depois
Hoje eu acordei não me sentindo muito bem, e a primeira coisa que fiz ao me levantar foi correr para o banheiro e vomitar, infelizmente mesmo fragilizada, não posso me dar ao luxo de faltar ao serviço, pois faz apenas duas semanas desde o início.
— Bem que a Vivi me alertou para não colocar aquele leite condensado no meu omelete.
Escuto alguém bater na porta.
— Babi, está pronta? Vamos nos atrasar para pegar o ônibus.
— Só um minuto, já estou quase terminando.
Levanto-me do chão e entro no box para um banho rápido.
...
Já de banho tomado e pronta desço para tomar café, e ao chegar na cozinha encontro minha amiga já sentada se alimentando e conversando com a mãe.
— Bom dia.
Elas param de conversar e me cumprimentam.
— Nossa minha filha você está muito pálida, está se sentindo bem?
Dona Cida se levanta e vem até onde estou, coloca a mão na minha testa para conferir se estou com febre.
— Amanheci um pouco enjoada, mas estou bem. A mistura de alimentos feita ontem não foi bem aceita pelo meu estomago.
Pede para que eu me sente.
— Vou preparar um chazinho, esse é tiro e queda, já, já você estará ótima.
Deixo o peso do meu corpo cair sobre a cadeira, parece que passou um trator em cima de mim. Minutos depois dona Cida deposita sobre a mesa a xícara com um líquido fulminante. O aroma não é dos melhores.
— Obrigada, dona Cida.
Enquanto bebo todo conteúdo da xícara, percebo o olhar de interrogação que Vivian me lança, mas não entendo o porquê.
Logo depois me levanto e vou até a senhora que tenho um carinho e beijo sua bochecha agradecendo mais uma vez pelo cuidado.
Vivian também se levanta, faz o mesmo com a mãe e me chama.
Saímos de casa, e quando estamos na calçada, Vivian me interroga.
— Babi, posso te fazer uma pergunta?
Balanço a cabeça confirmando.
— Não é de hoje que você está passando mal, antes de ontem, eu estava no caixa e vi quando você quase desmaiou. Existe alguma possibilidade de você estar... Grávida?
Começo a tossir, com o que minha amiga fala.
— Absolutamente não, Vivian. Minha última relação foi lá no carnaval com aquele homem maravilhoso e nós usamos camisinha.
Só de lembrar meu corpo todo arrepia.
— Mas você sabe, pode acontecer da camisinha falhar, né?
— Eu sei, mas...
Faço umas contas na mente e de repente lembro que minha menstruação não veio esse mês, coloco a mão na boca para não gritar no meio da rua.
Vivian percebe minha cara de espanto e os seus olhos também dobram de tamanho.
— Eu estou certa?
Não é possível que isso tenha acontecido comigo.
— Eu estava tão focada em procurar trabalho, nem me liguei que esse mês minha menstruação não veio. Mas você tocando nesse assunto, fiquei preocupada, apesar que sempre fui desregulada.
Lágrimas começa escorrer dos meus olhos. Eu não posso estar grávida, não agora pois comecei a trabalhar em um novo emprego.
E pior, ainda mais de um rapaz que eu não conheço, mal sei o seu primeiro nome.
Sinto os braços me rodearem e sei que são da minha amiga.
— Vamos tirar essa dúvida hoje.
Ainda em choque pela possibilidade de estar grávida, sou guiada até o ponto de ônibus por Vivian e não demora muito, nosso transporte chega e seguimos para o trabalho.
Não consigo me concentrar no serviço, vira e mexe Sr. Rodrigo chama à minha atenção, logo hoje ele resolveu ficar no meio da loja nos observando. Essa semana fui até a sua sala para informá-lo sobre a falta de alguns pares de tênis no estoque, pois no sistema consta os tênis e no estoque não achamos. Assim que me aproximei da porta, o escutei com a voz alterada, ele pedindo um tempo para conseguir mais. Bati na porta e ele autorizou a minha entrada, quando expliquei o motivo da minha visita, ele afirmou todo nervoso que tomaria a frente da situação.
Sou tirada dos meus devaneios por Vivian.
— Vamos almoçar, Babi?
Assinto e saímos da loja.
— Preciso ir à farmácia, não consigo mais aguentar essa dúvida que você plantou na minha cabeça.
— Com certeza, vamos agora, não consegui nem trabalhar direito, pois até eu estou ansiosa para saber esse resultado.
— Eu também não consegui trabalhar direito, o Sr. Rodrigo chamou minha atenção mais de três vezes, estou apavorada, com medo de que ele me dispense.
